sábado, 30 de abril de 2011

A Justa Justiça do STF


   O Supremo Tribunal Federal devia ser o âmbito pleno da Justiça no Brasil. Se é Supremo, está acima de alguma coisa. Deveria ser imune a influências políticas, e tomar decisões verdadeiramente concisas. Ele deveria ser o centro, o exemplo daquilo que é justo e correto, mas não é isso que vemos.

   Inúmeras controvérsias envolvendo ministros do Supremo. Leis absurdas, leis corretas e leis que poderiam mudar o país. E chegando no  STF a coisa muda de face. Ao invés de ser o centro da promoção da justiça no solo brasileiro, esse local se tornou o centro de controvérsias, polêmicas e vergonhas. Brigas entre ministros, bate bocas sem sentido e a pior das insanidades: a defensoria de grandes e poderosos. O STF só serve para isso.

   Raras vezes vamos ver os nossos ministros defender um pequenino. Agora Habeas Corpus para banqueiros, promotores corruptos, senadores mensaleiros, governadores que passaram a perna no Estado. Uma triste conclusão, mas na realidade no Brasil só há justiça para pobres e pessoas que não têm como pagar um advogado para se livrar de acusações. A Lei só é aplicada com rigor quando aquele que está sob o seu peso, não tem condições financeiras. As provas estão na cara. De onde veio a soltura de Deborah Guerner? O que essa promotora de justiça fez? Quem foi o ministro que assinou a libertação dessa digna senhora? 

   Infelizmente, somos forçados a constatar essa triste realidade. Não convém mostrar mais erros; pois escremento é assim, quanto mais se mexe,mais a coisa fede. A Justiça no Brasil só legisla a favor de poderosos e corruptos criminosos, e o nosso Supremo Tribunal está aí para provar que não estou mentindo. E não é de nos admirar, pois foram eles que os colocaram lá, no poder. Logo, se os nobres ministros chegaram a esse cargo por meio de políticos, o que nos garante que nõ deviam favores? E nesse país, a gente já sabe com a coisa funciona. Teve uns bons maços de notas de R$ 100.00 no bolso, e uma maletinha cheia, o Habeas Corpus tá garantido.

   Essa é a Justiça Brasileira, e esse é o modo como os nossos juízes tratam os brasileiros. Se você é "peixe grande", tem influência em Brasília ou apenas conhece alguém que é conhecido de outro alguém, e esse outro alguém tem bolsos cheios, então você tá garantido. Não se preocupe. A Justiça continuará cega e com certeza em breve você estará livre para continuar perpetrando seus crimes. Garantia do Supremo Tribunal Federal. Falou, tá falado. Com nossos ministros, é prego batido, ponta virada!

Frank Castle

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Palhaçada do Preço da Gasolina


   Ainda estou até  vendo aquela propaganda enganosa da Petrobrás. Aquela mesmo, que dizia que o Brasil era autosuficiente na produção de petróleo e seus derivados. Mas quando vejo o preço de um litro de gasolina, me convenço mais uma vez que fui passado pra trás. E toda vez que paro em um posto de abastecimento com a bandeira BR me sinto um verdadeiro palhaço.

   Os nossos políticos nos tratam dessa maneira singela e carinhosa. Reuniões e mais reuniões para decidir coisas importantes como a inflação e os impostos e nada resolvido. Alguns argumentam que o preço alto nas bombas se deve a falta do alcóol anídrico, ou coisa assim. Mas tudo isso não passa de uma mentira bem maquiada para furar o bolso do brasileiro. E encher os bolsos de alguém.

   Se o Brasil não fosse produtor de petróleo, e dependesse de outras potências, talvez essa crise se justificasse. Todavia, o país produz. E não em pequenas quantidades. O problema está mais uma vez na carga tributária dessa República. Taxas e mais taxas sobre isso e aquilo, impostos que são arrecadados aos montes e vão parar em paraísos fiscais lá não sei onde. E enquanto isso aumentam o preço da gasolina, do alcóol, da cesta básica e de tudo o que é essencial em termos de consumo.

   Que os impostos existem, todos sabemos, e o nosso bolso os compreende bem. E os investimentos? E a saúde? Nada disso é modificado, mas em cada compra eles vêm embutidos. Mas por que não refletimos as suas interferências no preço dos combustíveis e nas atitudes de nossos representantes nesse quesito?

   Pois é, o preço dos combustíveis estão lá em cima. Há uma promessa de nesse mês de maio ele cair. Mas cair para quanto? Centavos, com certeza. Talvez dois ou três centavinhos furados. E ninguém faz nada. Será que o nobre ministro de Minas e Energias, o senhor Edson Lobão irá sair de seu trono para deliberar algo? Se é que não faz parte do cartel, ele nada fará. E sabe por quê? Ele e nenhum político está dando a mínima porque senadores, deputados, e toda a corja política não paga gasolina nem alcóol. Pronto, é isso!

   Eles nada fazem para defender o consumidor refém dos abusos, simplesmente porque seus carrinhos e os dos seus parentes, são abastecidos com o nosso dinheiro. O dinheirinho dos nossos impostos, que deveriam ir para a saúde e outras aréas importantes. Ele vai para a gasolina e outros custos dos nobres senhores e senhoras do Planalto Nacional e por isso ninguém dá uma só palavra a favor do contribuinte e contra os donos de postos ou a própria Petrobrás.

   E enquanto isso, somos feitos de palhaços e continuamos a pagar os altos impostos. Sem contar que além de pagar nossa gasolina, no preço em que está, ainda somos obrigados a pagar também a desses engraçadinhos e engraçadinhas que não estão nem aí para a situação do país. Não é a toa que é dito em todos os lugares que o Brasil é um grande circo, e nós brasileirinhos somos os palhaços. Lamentavelmente, a pura verdade.

O Sentinela   

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Psiquiatria a Serviço da Injustiça


   A Psiquiatria é um "ramo da medicina que trata das doenças mentais". Deveria ser utilizada para fins benéficos, mas está sendo usada por pessoas de má fé para ludibriar a Justiça. Escândalo recente denunciado por telejornais de todo Brasil apontam para essa prática. Porém o que mais suja a imagem de nossa Pátria, é que uma promotora de justiça, que é investigada por fraudes e interferências nas investigações, para se livrar das acusações, contrata um psiquiatra para ensiná-la a se fazer de bipolar.

   Foi o que fez a digníssima Deborah Guerner para passar a perna na Justiça Brasileira, da qual é promotora. Como se não bastasse ter tomado parte no mensalão de um dos partidos políticos mais sérios e corretos da Nação (que o diga seus integrantes) essa promotorazinha de araque, não tendo o que fazer - ou já conhecendo como as coisas funcionam nas esferas do Poder Público - contratou um doutor. Isso mesmo, mas não foi um doutor qualquer, foi um "doutor de cabeça". Um psiquiatra. E não pensem que ela estava preocupada com a integridade mental. Ela queria mesmo era se livrar da condenação. E o bom doutor ensinou direitinho, uma pena que a casa caiu, meretíssima.

   Casos como esses me fazem refletir. Se ela fosse mesmo bipolar, estaria livre? Talvez sim, pois quem disse que louco pode fazer alguma coisa errada? Ah, louco não trama fraudes, louco ou bipolar não rouba dinheiro público. Bipolares são presas fáceis de estelionatários, e caem com facilidade na lábia de homens de colarinho branco. Em suma, se porventura, cairem nas malhas da Justiça, são inimputáveis. Como nossos jovens infratores, que roubam, matam e juízes e promotores passam a mão em suas cabeças. No pensamento astuto da investigada, aqueles que sofrem de doenças mentais não são capazes de atrapalhar investigações, muito menos beneficiar corruptos.

   Foi o que pensou, a senhora Guerner, que estava atrapalhando as investigações. Foi afastada do cargo, mas continuou a receber seus proventos, e ainda quis ludibriar sua corja. Um belo papel para um promotor público da República Federativa do Brasil. Um exemplo de como nosso Poder Público é incorruptível, e do modo como a Psiquiatria vem sendo aplicada nessas terras.

   Não viessem essas provas a público, e a coisa mais uma vez terminariam em pizza. Assim como inúmeras investigações que foram pelo ralo por causa de interferências dos próprios responsáveis por elas. Vamos ficar de olho. Só esperamos que o Conselho Regional de Psiquiatria puna esse profissional, e que o Ministério Público dê a essa promotora o que ela merece. Que ela pague por seus erros, assim como todos os "ladrões de galinha" estão pagando, ou seremos obrigados a constatar que essa Justiça só vale pra quem é peixe pequeno.

 Frank Castle

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Maldade no Coração do Homem

"Um gesto desses se prepara no silêncio do coração, da mesma maneira que uma grande obra."
 Albert Camus
  
   Os noticiários são um banho de sangue. As autoridades tentam solucionar a questão de todas as formas possíveis. Obviamente as rédeas para o controle do caos da violência foram perdidas, mas toda essa maldade e esse desejo de sangue está no interior do coração do homem. É lá que o mal está instalado.

   O ser humano tem se distanciando substancialmente da finalidade de sua criação. Não que antigamente as coisas fossem diferentes, mas com o passar das eras o Homem deixou o mal enraizar-se profundamente em seu interior. É sabido de todos a existência de uma dualidade humana, porém os sentimentos negativos tem se apoderado com mais forças do ser humano. Assaltos, seqüestros, execuções sumárias, explosões de fúria e uma série de outras ações maléficas tem se alastrado pelo globo de uma maneira incontrolável. E  assim o ser humano chega "a esta última curva em que o pensamento vacila." Entrega-se de corpo e alma à prática do mal.

   Não há mais a visão da sacralidade da vida, e além de levarem os bens que em parte dão sentido a ela, agora levam-na também como prêmio. O assaltante não se conforma com os anéis, deseja também levar os dedos. E isso não tem nenhum significado para ele. É só mais um cadáver a tombar no asfalto frio. Ele vira as costas e segue em sua trilha de crimes e maldades. O vazio preencheu por completo esse ser, e no pensamento de que "nada tem a perder" arrebata a vida. Não é somente mais uma vítima a morrer, mas Deus que morre no coração desse indivíduo que julgou e definiu a sentença de seu semelhante.

   Embora ainda crendo numa mudança, somos forçados a compreender - pelos piores meios - que "quando a fé se extingue, é Deus que morre, tornando-se doravante inútil." E nessa inutilidade os homens permitem-se os piores e mais detestáveis costumes e malícias. Simplesmente porque deixaram-se minar pelo mal da cobiça e perderam o elo com tudo o que significava vida. Não julguemos, pois ninguém pode sondar o coração de ninguém, e o único que o pode fazê-lo parece ter morrido nesses corações. Essa talvez seja a única explicação para toda essa carnificina hodierna.

   A resposta para toda essa onda de maldade ainda não foi respondida, entretanto o caminho para sua compreensão talvez passe por esse princípio motriz: a falta de Deus ou de algo que possa significar um rumo certo na vida desses carrascos. Estamos esquecendo-nos de princípios simples e valores básicos. A responsabilidade pelo outro, a mística do Homem. E nesse esquecimento cada vez mais nos distanciando do porto seguro. Enquanto não pudermos olhar para o outro como nosso semelhante, e encontrar nele uma face em comum, coisas ruins continuarão e acontecer. E a Humanidade se dissolverá envolta em sua própria maldade.

Dafoe

terça-feira, 26 de abril de 2011

Mega Sena: as Verdades por trás da Dinheirama


   Quem nunca desejou ganhar na Mega Sena? Esse talvez seja o sonho de milhões de brasileiros, principalmente quando a mesma está acumulada. É um fenômeno extremamente impressionante, as casas lotéricas ficam abarrotadas de gente toda vez que isso ocorre.

   Não é de se admirar, pois o brasileiro está acostumado à moleza e à facilidade. Um terreno fértil para a enganação e os estelionatários. Não é a toa que o nosso país está cheio de golpistas, todavia, só existem porque tem muita gente que gosta de ganhar dinheiro fácil e esses "artistas" são especialistas no assunto. O conto do vigário é somente uma mostra do "olho grande" dos brazucas, e do modo como agem os estelionatários.

   Mas o forte do brasileiro mesmo é a aposta. A "fézinha" todos os dias na loteria. Quem não quer ser passado pra trás pelos vigaristas aposta na loteria, mau sabendo que também está sendo "engabelado". Para começar, esse dinheiro traz a esperança de milhões de pessoas. É na maioria das vezes fruto de estelionato, roubo e outras ações ilícitas. Tem o dinheiro honesto, mas também o dinheiro do pão dos filhos, do suor derramado; enfim, todo esse dinheiro, acumulado do modo como fica, pouco ou nenhum bem trará àquele que o ganhar. Sem contar que há fraudes da própria loteria. Fraudes comprovadas, que fazem o acúmulo acontecer e outras coisas mais.

   Ao ganhador de uma "bolada da sorte", todas essas coisas, e um triste fim na menor das hipóteses. Basta verificar o que aconteceu aos últimos ganhadores. E ainda vem a falta de segurança e a perda da paz. Ou seja, para quem quiser "subir na vida", o melhor é trabalhar muito e pedir a Deus para nunca cair na desgraça, pois esperar a vida inteira pelo "milagre" e quando ele chegar, perdê-la por causa do "bem adquirido" não é um bom negócio. Isso se o camarada conseguir se livrar das falcatruas e das fraudes que envolvem esse tipo de cartada.

   Esse dinheiro pode até trazer a felicidade para o ganhador, mas com o passar do tempo ele  irá perceber que ela é efêmera, e vai desejar nunca tê-lo ganhado. O que vem fácil, meus amigos, vai fácil e sempre leva consigo algo que desejaríamos nunca perder. A quem ganhar, meus parabéns. Mas pode também se preparar para a desgraça. Ela mais cedo ou mais tarde virá bater a sua porta. Esteja preparado. É só esperar.

Saulo de Tarso

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Brasileiro e o Hábito da Leitura

"Quem lê viaja."

   Essa era o famoso bordão do Ministério da Educação e Cultura, quando a alguns anos atrás incentivava a população brasileira ao hábito da leitura. E parece que a onda não pegou, pois raramente se vê um brazuca impunhar um livro.

   Em parte, a falta de prática da leitura hoje se deve ao avanço da Internet. Nossos jovens não têm a mínima preocupação em abrir um livro e embarcar no maravilhoso mundo do saber e do encantamento, querem saber apenas dos jogos, redes sociais e outras curisiodades que só encontram na rede. Mas nem tudo está perdido, pois apesar disso, ainda constatamos um vago interesse de poucos. Embora as literaturas  lidas atualmente não sejam tão edificantes, podem ser a porta para leituras verdadeiramente significativas.

   Outro problema também se interpõe entre o leitor e o desejo de boas leituras. A aquisição de livros no país. Infelizmente, o preço das literaturas não é algo que anime os nossos leitores. E o culpado disso, em primeiro plano é o nosso Governo. É isso mesmo. As cargas tributárias que incidem sobre o preço dos livros é um atrativo a menos para os consumidores, e adquirir novas obras para o acervo é mais uma luta para economizar do que propriamente o desejo de devorar o conhecimento. Basta entrar numa livraria para se decepcionar com os preços. E o culpado não é o dono, ele apenas revende e tem que ter seu lucro assegurado.

   Por mais que a Internet e a tecnologia ganhem espaço, o livro jamais perderá seu atrativo e seu encanto. Agora se o brasileiro vai continuar lendo, ou despertar para esse hábito saudável, isso é incerto e só ele mesmo sabe. Mas que os nossos governantes poderiam contribuir, isso sim é certo. Basta aumentar o incentivo, baixar os impostos e fazer com que o acesso a esse bem se torne menos difícil. Talvez assim o Brasil leia mais, e lendo mais pare para pensar sobre a realidade, vindo dessa maneira a contibuir com a sua transformação.

   O caminho está apontado. Mas será que os homens de colarinho querem isso? Fica a dúvida no ar...

 Dafoe

domingo, 24 de abril de 2011

Violência Doméstica, Covardia e Conivência



   Tida como sexo frágil, e mais ainda, vista como mero objeto de satisfação sexual, em inúmeras culturas e povos ao redor do mundo a mulher tem sendo vítima de abusos e discriminações. A violência doméstica é apenas um dos focos desses absurdo contra aquelas que na maioria das vezes sofrem caladas e completamente no anonimato.

   Os países onde os direitos da mulher simplesmente são ignorados, em sua maioria o faz por cultura ou com base em critérios religiosos, e por trás de toda perseguição há uma espécie de fanatismo e completo sentimento de superioridade. Nesse contexto, o ser feminino é visto meramente como um objeto cujo valor se traduz somente na cama. E isso, de um modo exclusivamente machista, onde usa-se seu corpo e descarta-se toda sua interioridade.

   Mas não é isso que focamos aqui. Nosso objetivo é mostrar que a violência contra a mulher tem duas faces. Uma de covardia da parte de quem promove; outra de conivência, por parte de quem sofre a agressão. É típico focar a questão do ponto de vista particular, todavia temos que analisar os aspectos sociais e culturais que levam a mulher a submeter-se a esse tipo de tratamento. Alguns aspectos podemos apresentar, tais como: a dependência financeira, os filhos, as ameaças de morte e a própria condição a que está submetida.

   Um outro aspecto que faz com que a violência doméstica continue a assolar, é a total falta de políticas públicas de combate a esta prática. As leis brasileiras ainda são muito deficientes com relação a esse assunto, e dá pra ver o descompromisso por parte do judiciário do país. Para se ter idéia, a Lei Maria da Penha só foi elaborada depois que a vítima - homenageada com o nome da lei - foi aleijada. É certo que em parte a mulher não denuncia, e em último caso volta atrás quando decide denunciar, mas talvez isso ocorre porque o Estado não dá a ela a mínima certeza de que seu problema será solucionado.

   A mulher pode ter parte na situação que passa, mas o homem que a agride, em sua total covardia, só o faz e continua fazendo porque sabe que não existem leis severas para puni-lo. Os reais motivos para deflagrar um ato de agressão, só o agressor e a vítima sabem, entretanto o maior motivo para que isso continue acontecendo só tem um: a falta de compromisso do poder judiciário e total inexistência de ações concretas do Estado e da União para combater esse mal. De resto, falta apenas às mulheres a coragem para agir, e aos homens a vergonha por se prestar a tais papéis.

 Dafoe

sábado, 23 de abril de 2011

A Páscoa Verdadeira

   

   Chega de sentimentalismo barato, falsidade, hipocrisia e interesses comerciais. A Páscoa é muito mais que apelação para a venda de ovos, que por sinal nada tem a ver com o real significado dessa data. A venda e o consumo desenfreado de chocolate, não passam de pura ignorância e falta de informação. Na Páscoa celebramos a Ressurreição de Cristo, e para quem acredita no Nazareno, é mais um motivo para rever a vida e a caminhada.

   Um momento de reflexão e um tempo propício a graça e a bênção. Pena que nada disso é visto. Só se vê a "troca de ovos" e votos vazios de feliz páscoa. No seu interior, o Catolicismo torna-se vago e hipócrita. Incapaz de gestos concretos e autênticos. Um reflexo da Cristandade de hoje, totalmente imersa no consumismo e na incredulidade, mas acima de tudo no apego aos bens materiais e ao dinheiro. Que o diga os empresários que faturam rios de dinheiro nessa e noutras datas ditas religiosas.
   
   Se para a Igreja esse é o ponto alto de sua fé, para grande parte de seus fiéis, não passa de um mero feriado onde se livram dos pesares do dia-a-dia e nada mais. Não é a toa que as Igrejas cristãs andam do jeito que andam. Vazias e completamente distantes dos ensinamentos do Mestre. Inteiramente esquecidas do significado mais profundo do mistério de Cristo. Só podia, os seus prelados estão deveras preocupados apenas com o lado material e esquecem de dar o testemunho autêntico da fé que professam. E assim as palavras do Senhor ecoam vazias no interior de cada cristão.

   Não sejamos surdos aos apelos de conversão e de compromisso com os nossos semelhantes. Vivamos o verdadeiro significado da Morte e da Ressurreição do Senhor, e que na nossa vida transpareçam os traços vivos daquele que dá a vida por aqueles que ama. A Associação Críticos Intelectuais Reunidos mais uma vez convida a todos os homens de boa vontade a repensar seus atos e a viver a conversão pessoal, pautada pelos verdadeiros ensinamentos de Cristo e pelo seguimento através do Santo Evangelho.

   A todos os leitores e amigos colaboradores, nossos sinceros votos de Feliz Páscoa. Que o Cristo Ressuscitado traga-nos luz e ilumine todas as trevas, trazendo-nos assim para a luz e para a verdade.

   Verdade e Honra

Maximus Decimus Meridius 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O Brasil e as Armas de Fogo


"Armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas."

   O Massacre de Realengo reacendeu uma antiga polêmica: o desarmamento. Um assunto que traz a tona questionamentos infindavéis sobre a utilidade e a letalidade das armas de fogo, mas também sobre o modo como o Governo Brasileiro vem tratando os seus cidadãos.

   Temos que pensar inicialmente, que por trás do primeiro plebiscito, haviam não interesses humanísticos, mas financeiros. Fábricas de produção de armamento estavam envolvidas em todo o processo visando assim interesses meramente particulares, pois ninguém dá a mínima às estatísticas referentes a morte por armas de fogo no Brasil. Quem disser que se importa - e principalmente se for político - está mentido. Agora com a repercussão da tragédia, voltaram a falar em desarmar a população, mas o que não se mostra, é que na realidade quem tá com armas não é a "gente de bem", e sim a marginalidade. Aquelas armas que porventura o cidadão tinha em casa, ele já entregou ao Governo na "primeira leva" do desarmamento.

   Ao invés de promover uma nova campanha, nossos parlamentares não estão visado o bem do povo, mas seu enriquecimento ilícito. Parem para pensar. Uma campanha como essa precisa de divulgação, de marketing. E esse tipo de coisa custa muito dinheiro, principalmente se conta com o apoio da mídia. Isso mesmo caro leitor, você acha que essas campanhas são veiculadas na grande mídia de graça? Pensando nisso é que os nossos gênios do Planalto estão com essa idéia. Simplesmente desviar dinheiro com o pretexto de ajudar a população, quando deviam estar equipando e dando condições a Polícia Federal para fiscalizar as fronteiras.

   É nas fronteiras que está o problema das armas, é por elas que todo o armamaneto entra e vai parar nas mãos de traficantes e contrabandistas e não nas dos cidadãos. Mesmo assim, o Governo quer tirar mais uma vez o direito do cidadão possuir uma arma. Insistindo nessa postura, os políticos que estão por trás dessa idéia,  querem que somente bandidos tenham armas. Tirar as armas das mãos do povo, se é que ele ainda tem alguma, e não fazer nada para conter o contrabando das fronteiras, é o mesmo que pôr a corda no pescoço do inocente.

   Infelizmente, nesse país não podemos esperar nada de futuro que venha dos nossos políticos. E seremos eternos reféns da bandidagem e do descaso do poder público, que espera que um maníaco mate criancinhas inocentes para se mobilizar, mas quando se mobiliza, não faz nada que se preste. Esses são os nossos políticos, essas são as idéias dos nossos dirigentes.

Fox Sierra Commando

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pérolas da Lei Brasileira


   Com base no Código de Processo Penal Brasileiro,  a prisão em flagrante "é uma prisão que consiste na restrição da liberdade de alguém, independente de ordem judicial, possuindo natureza cautelar, desde que esse alguém esteja cometendo ou tenha acabado de cometer uma infração penal ou esteja em situação semelhante prevista nos incisos III e IV, do Art. 302, do CPP. É uma forma de autodefesa da Sociedade." (cf. http://www.algosobre.com.br/nocoes-basicas-pm/prisao-em-flagrante.html)

   Isso é o que está escrito na Lei, e ela traz ainda mais coisas que na sua maioria, são para o benefício não do cidadão de bem, mas do criminoso que está atento aos artigos e incisos que o acoberta. Por isso o grande "calcanhar de Aquiles" da Lei é a a questão da PRISÃO EM FLAGRANTE. Amparados na Lei grande parte dos bandidos têm feito muitos estragos na Sociedade que criou esse mecanismo. É injusto pôr atrás das grades uma pessoa inocente, mas injustiça maior é deixar livre aquele que tirou a vida de seu semelhante. Aí está o pecado da Lei. Prestem atenção no caso que se segue.

  O indivíduo, por um motivo fútil ou coisa ainda pior, tira a vida de outra pessoa. O homicídio no Brasil tornou-se praticamente uma praga, e a Lei Brasileira continua acobertando essa situação. Prossigamos com o caso: após a prática delituosa, o homicida se evade do local na tentativa de "livrar o flagrante"; e passada as 24 horas, apresenta-se com um advogado na Delegacia mais próxima e tudo certo. Se for réu primário, com certeza vai responder em liberdade, e se o advogado for bom, aí é que não pega nada. E a família da vítima? E o sentimento de justiça?

   É dessa maneira que a malandragem age. Não vale a pena apresentar casos em que as coisas ocorrem nesse mesmo padrão. E a justiça? Só aquela feita com as próprias mãos, pois a verdadeira justiça não existe e é melhor esperar pela Divina ou mesmo por aquela  que podemos fazer nós mesmos. Aí, é só agir nos mesmos padrões em que o "elemento" agiu. E dá tudo certo. Lógico que não sou jurista, e que posso estar cometendo um grave erro ao escrever essas coisas, mas só um cego não vê que nosso sistema penal não dá a mínima para uma reforma nos Códigos Penais do País. Agora, fazer Reformas nas Normas Ortográficas todos querem e fazem, quando o que deveria ser reformado continua pior do que estava outrora.

   Leis como essas atestam mais uma vez o modo como a elite no poder trata os seus subordinados. Se não houverem mudanças verdadeiramente significativas, para sempre teremos o sentimento de insatisfação e de impunidade. A criminalidade continuará a perpetrar seus desmandos, e continuaremos a acreditar que só existe Justiça nessa Nação para punir pobres e desvalidos. Nada a mais, nada a menos; simplesmente, um descaso. Uma vergonha para o nosso judiciário.

(...)

Frank Castle 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cultura Musical Brasileira


   O Rei Roberto Carlos completou seus 70 anos, mas os parabéns na verdade vão para a MPB. Uma música que hoje tem sofrido bastante com os famosos sucessos "descartáveis", mas acima de tudo com o mau tratamento que os brasileiros lhe dão. Mesmo assim a Música Popular Brasileira se mantém de pé, firme e cada vez mais brilhante. O aniversariante é a prova disso.

   Foram-se os tempos em que o Povo Tupiniquim sabia dar valor à boa música, onde havia a apreciação de melodias harmônicas e mensagens completamente profundas. Hoje, tornou-se comum o total esquecimento e a desvalorização da verdadeira música. Ora, ao invés de valorizar a letra e a melodia, nos acostumamos apenas à "batida", ao "pancadão" e as letras que desmerecem até os ouvidos mais acostumados ao ouvir aquilo que não se deve. Em contraste com a música clássica e autenticamente bem composta, temos atualmente ritmos completamente escandalosos e sem conteúdo. Melô da Mulher Maravilha; Vou não, Quero não; Dança da Motinha e muitas outras que sequer convém elencar aqui, mas que não têm nenhuma finalidade ao não ser encher mentes vazias.

   O  grande mau disso tudo, talvez não esteja no compositor que pensa que o nosso ouvido é penico, mas nas pessoas que compram esse tipo de lixo! É de se concordar que tais disparates só têm êxito porque encontram um mercado. Ninguém hoje para para pensar naquilo que está comprando para ouvir. Antes havia uma censura, e as músicas tinham mais um valor; hoje, o que mais encontramos no mercado são produções completamente fora da linha e do propósito verdadeiro a que se destina essa arte. Porém, como disse anteriormente, isso comprova que nós brasileiros não temos uma "cultura musical" definida. Vá lá que você não seja fã de Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Waldick Soriano, Fagner, Zé Ramalho, Elba ou o próprio Rei; mas deixar comprar os álbuns desses artistas para lever cd's e mais cd's de fank e outrsa carniças, tenha santa paciência.

   Vamos aprender a dar valor a boa música do nosso país. Temos artistas consagrados e canções belíssimas que ainda não conhecemos. Essa será uma escolha oportuna e completamente sensata. O lixo que nem merece ser chamado de música, esse deve ser descartado. Valorizemos mais o artista que tem algo concreto a nos dizer. E os parabéns ao Rei Roberto Carlos pelos seus 70 anos.

  Saulo de Tarso 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mirem-se no Exemplo...daqueles Homens do Planalto!


   Senhoras e senhores, o nosso amado Brasil como sempre tem suas figuras. Ilustres, que se diga de passagem. E essas figuras estão sempre dispostas a dar o "bom exemplo". No enfoque da vez, destacamos duas personalidades enfáticas da política Tupiniquim, os parlamentares Aécio Neves e  Francisco Everardo. Um senador e outro deputado.

   Mas e então, que exemplo esses nobres senhores têm a dar aos estimados Brazucas? O que de bom pode sair do Congresso Nacional, a casa dos políticos brasileiros; reduto dos homens mais honestos da Nação, dos bons samaritanos da República? O que de tão importantes nós, pobres eleitores e meros mortais podemos aprender com esses homens tão ilustres?

   Pois é. É aí que os nobres leitores me pegam, mas como tenho as "anteninhas de vinil", e elas sempre estão ligadas para "detestar" o inimigo, vou dar uma palhinha das lições desses distintos senhores. Por via das dúvidas, e seguindo a regra do de maior destaque, passemos a lição do gentil senador.

   Então vamos lá. Nosso querido Aécio Neves foi parado essa semana numa blitz da Lei Seca. É de se admirar que um PARLAMENTAR (escrevi em maiúsculas para destacar a patente do "hômi") tenha sido parado. Esse povo tem tudo o que é imunidade no lombo! Mas prossigamos com nossa aula. Ele foi parado, e em visível estado de embriaguês alcóolica - na direção de um veículo que se diga de passagem - recusou-se a fazer o teste do bafômetro. Até aí, mais ou menos. Ninguém pode ser forçado a produzir provas contra si. Só que, o mais incrível ainda estava por vir. O manda-chuva do senado num tava com a CNH atrasada,negada!?! Pode um troço desse? Os "capangas" disseram que ele não sabia desse detalhe. Ele é burro ou se faz? Bom exemplo de um senador da República Federativa do Brasil aos seus patrícios.

   Agora vamos ao próximo exemplo. O do deputado Everardo, vulgo Tiririca. Um belo exemplo, onde se mostra o total compromisso dos nossos parlamentares com a educação brasileira. Pois bem, nosso pândego palhaço está na Comissão de Educação e Cultura. De lá está deliberando matérias importantes para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da Educação no país. Propostas importantíssimas estão sendo apresentadas e sem dúvida alguma, nossa Educação dará um salto gigantesco rumo ao futuro sob o comando do cômico personagem à sua frente. Belíssima escolha dos demais parlamentares.

   E no fim das contas, o resultado final da nossa aprendizagem. Aprendemos que nessa Nação podemos andar livremente por aí em nossos carros sem CNH, sob efeito de alcóol e ainda nos recusar a fazer procedimentos; ainda aprendemos, que ao invés de estudar, ralar muito para ser alguém na vida, o melhor mesmo é ser político. Tiririca que o dica; e chegando lá, ainda podemos "boçar" nas Comissões do Escambal sem entender patavinas do que quer que seja.

   Portanto, senhoras e senhores aí está exemplo que nossos políticos nos dão. Com duas lições dessas, ainda tem gente que pensa que essa Nação vai pra frente. Eles podem, e continuarão sempre podendo...

Dafoe

PC vs PM: Questões para Reflexão


   O Brasil passou por um duro regime, a Ditadura Militar. Um período obscuro e de muita repressão, tortura e mortes. Tudo isso promovido inicialmente pelos milicos, que aproveitando-se do poder que tinham, e influenciados por outros países, deram o famoso Golpe Militar. A Ditadura terminou, mas ainda hoje a classe dos Militares sofrem as sanções decorrentes das ações do passado. E o pior, nessa história paga quem deve e quem não deve.

   Uma coisa que ninguém sabe, e se sabe faz questão de esquecer, é que não foram somente os Militares que prenderam e torturaram, que mataram e esfolaram. O famoso DOPS tinha na sua constituição, na maioria Policiais Civis. Eles eram os piores repressores, e se porventura alguém ainda tem dúvida, basta fazer uma pesquisa para constatar os atos da nobre PC naquela época. Mas afinal, onde quero chegar com essas afirmações.

    Logicamente não sou militar das Forças Armadas, nem Policial Civil. Então, sou Policial Militar e é aí onde quero chegar. Em termos de policiamento e também de profissão, esse termo Militar praticamente "acaba" conosco. Não discordo que onde quer estejamos, devemos considerar "disciplina e a hierarquia"; mas, o pior desse "nome militar" são as normas arcaícas e absurdas que vêm com ele: RISG, RDPM, Código Penal Militar e uma série de outras leis que eram da época que o "cão era menino" nas Forças Armadas. Tudo isso uma prova de que as Corporações Militares Estaduais não têm identidade própria e vivem uma cópia verdadeira do EB. Mas vamos prosseguir em nossa análise.

   Disso tudo, ou seja, do Período Ditatorial, ficaram as seqüelas para quem se torna um Militar: as leis sem futuro da vida na caserna e a pior desgraça, não ter direito a fazer greve. Tudo porque segundo quem sofreu no Regime, pôs na cabeça que os militares foram os únicos responsáveis pelas torturas e perseguições. Isso para eles quer dizer que, os Civis podem fazer greve, lutar pelos seus direitos - que são mais que os nossos - e batalhar por melhores condições. E os militares que fiquem a ralar para aprenderem a lição histórica.

   Assim, ficamos nós oprimidos pelas cópias de tudo quanto não presta das Forças Armadas, enquanto que nossos "chapas", que outrora também "meteram a pêia"  no Povo hoje gozam de mais direitos do nós, os Milicos. Não é a toa que tem muito "neguim" migrando pra PC. Ora, quem é que não vai querer ter o direito a fazer greve, ser livre dos gritos de Coronel Fulano ou de Tenente beltrano, ser livre dos absurdos perpetrados por fanfarrões que gostam das "canetadas"? Sem falar que em todo Estado dessa Federação, a PC é a "menina dos olhos" do Governante. Sempre com os melhores aparatos, as melhores condições e os melhores salários; e PM, sempre oprimida, sempre a reprimir. Mal remunerada, alquebrada pelos pesos das leis imbecis e pela intolerância dos Oficiais que pensam ser donos dela.

   Enfim, esse é o retrato das duas Forças Policiais existentes no nosso país. Agora, tudo isso uma mera conseqüência dos erros dos "chupetas" que queriam o poder, e que no final das contas ferraram todo mundo. Uma simples "lição de História" e um lembrete pra refrescar nossa memória. E viva as desigualdades de classe e a perseguição aos amigos pepinhas.

James Francis Ryan 

sábado, 16 de abril de 2011

Favelas Brasileiras e Estratégias Eleitorais



   Elas estão encravadas em todo o país, para não dizer no Mundo inteiro. Desafiando as normas arquitetônicas, a infraestrutura, os limites e acima de tudo os padrões sociais vigentes. São as favelas do Brasil e do Mundo. Um reduto de pessoas em sua maioria, que foram esquecidas pelo Estado e que lutam para sobreviver dignamente em meio ao esquecimento e a discriminação social. Conjunto de massa humana cujo valor só é reconhecido durante as campanhas eleitorais.

   Uma realidade mórbida e inteiramente permeada pelo interesse político partidário. Currais eleitorais cuja única função é colocar corruptos no poder, em contraste com as desigualdades, a pobreza e a miséria estratégicamente cultivadas e alimentadas com um único propósito eleitoreiro. Esse é o pensamento astuto dos políticos brasileiros, que sob o falso argumento de não encontrarem espaço para construir moradias dignas relegam as famílias faveladas ao total esquecimento o ano inteiro.

   Construídas irregularmente na beira de encostas de morros, com estruturas precárias, sem o mínimo de saneamento básico, coleta de lixo ou qualquer outro serviço público de qualidade, as favelas brasileiras continuam sendo vistas no cenário nacional como antro de bandidos. Como um ambiente de degradação cultural e humana, quando na realidade não passam de um reflexo vivo do descaso e da corrupção do Estado e da União. Órgãos que, por sua vez nada fazem porque sabem que dando melhores condições a essa gente, suas chances eleitorais simplesmente vão a zero. Mas, quando vêm as chuvas, os dilúvios sobre esses pobres, levando-lhe tudo, inclusive a vida, surgem os políticos do Estado e da União para minimizar a situação.

   Com a suja desculpa de que estão ali para ajudar, os carniceiros de colarinho branco descem de seus pedestais e de suas residências faraônicas e dignam-se ir até os desvalidos das favelas atingidas. Com a falsa promessa de que tudo será resolvido enganam a população. E sem sequer falar em novas moradias, famílias e mais famílias são jogadas em colégios, quadras, galpões e onde quer que esses fanfarrões queiram jogar todo esse povo desabrigado.

   Situações como essa são a prova concreta de que no Brasil, assim como talvez em toda América Latina, o povo das favelas servem única e exclusivamente para este fim: eleger políticos corruptos e descomprometidos com o lado social. O total esquecimento e o descaso com que a população favelada é tratada pelos Governos que entram e que saem apontam para essa certeza. E enquanto famílias inteiras são levadas pelas enchentes, nossos sérios políticos se regalam no Congresso Nacional às custas do dinheiro e das esperanças desse povo. Assim são as lideranças do nosso país, completos fanfarrões corruptos, alheios aos apelos do povo e compremetidos apenas com a robalheira e o enriquecimento ilícito e às custas de uma população  refém dos seus mandos e desmandos. Enfim, uma vergonha em verde e amarelo.

Fox Sierra Commando 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Violência : um Estigma Social



   A violência tem múltiplas faces, entretanto todas apontam para uma questão: ela é um estigma social, e hoje, mais do que nunca tem se alastrado com força e rapidez. Não tanto como na Idade Média, mas com uma força assombrosa e capaz de danos irreversíveis por onde quer que encontre vazão.

   Ela pode ser doméstica, pode ocorrer em escolas, no campo, na rua e onde menos se espera. Hoje a coisa mais comum é ouvir que alguém foi violentado. Temos ainda a violência policial, e talvez uma das piores violências que o ser humano pode infligir a outro: a violência psicológica. Sob suas múltiplas faces, notamos uma Sociedade incapaz de reagir aos métodos violentos, pois essa mesma Sociedade impõe suas ideologias e seus valores também por meio da violência.

   Por mais que antropólogos, sociólogos e demais estudiosos digam o contrário, nossa Sociedade é vítima não somente dos indivíduos que a ferem, mas das suas próprias características intrísecas que impedem que o indivíduo "se realize" e assim possa ter um papel mais definido no contexto social. A mera distinção de classes sociais é uma espécie de estopim para a violência, por mais que esta seja injustificável, segundo a lei do livre arbítrio.

   Não é que todos que se sentem excluídos do seio da Sociedade, venham ou devam enveredar-se no submundo da criminalidade, porém sujeitos ao sistema social em que estão inseridos, muitos tem argumentos mais que suficientes para uma insurreição contra aqueles que os oprimem. Idéias de cunho comunistas e socialistas a parte, nossa Sociedade sofre ainda um grande mal generalizado. Ela ainda não foi capaz de compreender que muitas mazelas em seu seio podiam ser evitadas. Escolas hoje, todos têm acesso, entretanto só isso não é o bastante para incutir na mente do cidadão os reais valores de uma verdadeira cidadania. É preciso mais que isso.

   Ações isoladas do Estado ou da União jamais poderão barrar essa onda de violência que insiste em varrer o nosso País. Talvez seja fácil tirar traficantes de circulação, tomar-lhes as armas e trancafiá-los em penitenciárias onde farão o "doutorado no crime". Porém, com essa facilidade toda, nossos líderes se esquecem que o povo necessita mais do que isso. Moradia digna, saúde de qualidade, sistemas menos burocráticos que atendam todos com igualdade sem distinguir quem "é pé rapado" ou não. O uso de métodos violentos na resolução de problemas nunca foi, nem nunca será a solução; mas analisem o caso: o pai de família chega em um posto de saúde desesperado. Seu filho com quarenta graus de febre e sabe lá Deus o que mais. Ao entrar descobre que o médico se recusa a atendê-lo porque está "repousando". Se diante disso o pai desesperado explode num ato violento já temos aí um pequeno indício de onde ela surgiu.

   É certo que na maioria dos casos, o que vemos é uma espécie de violência gratuita, como ataques a moradores de rua, minorias étnicas, crianças, homossexuais, mulheres e outras classes que são afetadas por esse mal. Todavia, por mais que se busque uma raiz em outro lugar, o que notamos é que todos esses atos passam pelo modo como nossa Sociedade tende a tratar os indivíduos que dela fazem parte.

   Em última análise, o quadro violento do nosso país só terá um nosso delineamento, a partir do momento em que os responsáveis pelo destino da Sociedade tiverem uma visão mais aclarada da importância e da relação existentes entre os valores que estão sendo cultivados no meio social, e o como do modo como cada cidadão está sendo tratado em particular dentro desse sistema. É o primeiro passo, não apenas para compreender essa problemática, mas para dar novos rumos ao "ser social", e com isso mostrar-lhes novos horizontes onde a violência simplesmente não mais seja vista como a solução real para seus problemas.

James Francis Ryan

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Críticos Intelectuais Reunidos: um Espaço para Debates e Reflexão

"Convém manter permanentemente acordado no homem aquilo que é grande, e por isso também importa convertê-lo à sua própria grandeza."

   A Associação Críticos Intelectuais Reunidos, mais uma vez vem a público, na pessoa de seu idealizador, para agradecer aos internautas que visitam nosso espaço. Somos gratos pelos acessos, bem como pelos comentários deixados. Estes ainda são poucos, todavia sua qualidade vendo sendo analisada como positiva, pois partem de pessoas com uma visão de Mundo verdadeiramente comprometida com os anseios e metas desse espaço.

   "Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras para alcançarem fama, e isso é vaidade; outras para enriquecerem com sua ciência, e isso é um negócio torpe; outras para serem edificadas, e isso é prudência; outras, para edificarem os outros, e isso é caridade." Sábias palavras proferidas por Santo Agostinho. Palavras que traduzem o perfil dos associados a esta idéia. Como diria o nosso amigo e colaborador Dafoe, idéias e ideais são responsáveis pela transformação do Mundo.

   Por esse motivo, em torno desse ideal nos reunimos. Somos poucos, mas somos uma equipe. Sou imensamente grato a pessoas como Frank Castle, Dafoe, Saulo de Tarso, Álvaro Cezar, Fox Sierra Commando, Comunicando, James Francis Ryan e tantos outros que embora não se identificando têm contribuido para que a verdade seja dita e as portas do debate sejam abertas.

   Em nenhum momento podemos desmerecer as palavras de pessoas anônimas, pois "é sempre nos porões da opressão que se preparam novas verdades"; além disso eu as dei esse direito e para mim o que importa é o que elas dizem. Vários autores, por mais que um dia tenham vindo a público, usaram pseudônimos para escrever e defender suas idéias. E não estamos incorrendo em crime.

   Gostaria ainda de agradecer a colaboração dos nossos comentaristas, em especial a pessoa do senhor Eric Lod. Ele teceu comentários a respeito das postagens do Agente Intelectual Frank Castle. Como disse outrora, foram apenas dois comentários, mas traduzem bem a qualidade excepcional dos leitores que nos acompanham. Não devo esquecer também do senhor William, que a exemplo do senhor Lod, também deixou o seu comentário.

   Em suma, queremos agradecer também aos nossos "seguidores" e a todos aqueles que porventura lêem nossas idéias. Aos amigos Agentes Intelectuais, que acreditaram em minhas propostas e contribuem no desenvolvimento do nosso ideal, meu muito obrigado. Continuem com o bom trabalho que vêm fazendo. A todos, enfim, que fazem os Críticos Intelectuais Reunidos, meu muito obrigado.

Maximus Decimus Meridius

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Poder das Idéias e dos Ideais

"O homem enxerga do mundo o que traz já dentro de si."
                             (Exupéry)

   É espantoso constatar as inúmeras transformações no Mundo em que vivemos, principalmente se estas nos afetam diretamente. Mais estranho ainda, é notar que a maioria destas mudanças ocorrem com base em idéias e ideais, e que de um modo ou de outro, estes aspectos são fundamentais na compreensão de fatos muitas das vezes incompreensíveis.

   Ao contrário do que se pensa, há uma tênue distinção entre essas duas palavras. As idéias podem traduzir seis coisas diferentes, conforme exposição do nobre Aurélio; ao passo de os ideais traduzirem apenas quatro. Vamos aos significados, ou àqueles que realmete têm uma relação lógica com aquilo que se almeja nesse texto. Idéias são uma "representação mental de coisa concreta ou abstrata; projeto, plano; opinião, conceito." E ideais, aquilo que "existe somente na idéia, imaginário; objeto da nossa mais alta aspiração." Estas são as devidas concepções das palavras. Passemos então ao impacto destas na vida e na mente do ser humano.

   "Cada qual espera que nasça algo no invisível (...) Mais do que o soldado, é o pensamento que está em marcha, que investe... Ele é a grande esperança e o grande inimigo." Movidos por idéias e ideais somos capazes de transformar o Mundo ou destruí-lo inteiramente. Sim, isso mesmo. Idéias e ideais foram o que motivaram os "médicos sem fronteira" a deixar suas casas e suas comididades, para se aventurarem pelo Mundo a ajudar pessoas; idéias e ideais foram responsáveis pelas ações de Hitler, Mussolini, Fidel, Stalin. Todos eram movidos por algo que os fazia agir de modo incompreensível aos nossos olhos. Hitler em sua mente via uma raça superior, melhor que as demais e que devia prevalecer sobre as outras; Mussolini tinha um complexo de grandeza; Fidel, depois de estourar a Revolução, simplesmente "prendeu" seu povo na ilha para evitar que se "corrompessem"; e por fim, o camarada Stalin, que em nome da "Mãe Russia", sacrificou civis e militares durante a Segunda Guerra. Tudo isso em nome das idéias e dos ideais.

   Esses são apenas alguns fatos. Nesse hall ainda podemos incluir os homens bomba, os terroristas, os psicopatas suicidas e toda uma ifinidade de "almas sebosas". Por mais cruéis que sejam seus métodos e suas ações, todas essas pessoas agiram motivadas por um ideal, uma força motriz que os impulsionou fazer aquilo que traziam em sua mente. Para nós, que não conhecemos a reais motivações de cada ação, é fácil julgar e emitir um parecer. Mas, no fim das contas, ou certas ou erradas, estas ações têm por trás de si um forte ideal movendo-as.

   É por essas e outras, que Albert Camus dizia: "começar a pensar é começar a ser minado (...) O verme está no coração do homem. É ali que é preciso procurá-lo." Este é o poder, isso é o que faz pessoas salvarem as outras, ou simplesmente imergi-las impiedosamente no profundo sono da morte.

   Fiquemos atentos às nossa idéias, e consegüentemente aos nossos ideais. Da mesma forma que nos fazem crescer e prosperar, eles também têm o poder de nos rebaixar e nos fazer cometer atrocidades injustificáveis. São as nossas grandes esperanças, mas também os nossos piores inimigos.

Dafoe

terça-feira, 12 de abril de 2011

Análise de Caso e Resposta a um Leitor

   A alguns anos, ou talvez não muito tempo, começou-se a falar numa palavra "nova": Bullying. Palavra que traduz atos de agressões, geralmente entre jovens. É um assunto de grande repercussão, e sem dúvida, a mídia tem dado muita atenção, não somente a palavra em si, mas ao tipo de ação provocada por ela.

   O caso mais recente, ou os casos mais recentes, apontam no cenário tanto nacional como internacional para duas pessoas: Wellington de Oliveira e Casey Haynes. Um armou-se e matou crianças inocentes, que nada tinham a ver com as agressões que este sofrera quando aluno daquela escola; o outro, não matou. Apenas reagiu aos insultos e se estou bem informado, quebrou algumas costelas de seu "algoz".
   
   Não gostaria de entrar no mérito da ação de nenhum deles, tampouco dizer que agiram corretamente; endeusar um por não ter matado, ou condenar brutalmente o outro em vista de seus atos. Atos estes difíceis de apagar da memória, atos que só seres humanos são capazes de perpetrar. Hipocrisia? Talvez, mas "os acontecimentos humanos sem dúvida tem dois rostos. Um de drama e outro de indiferença. Tudo muda conforme se trata  do indivíduo ou da espécie."

   Caro Eric, sou grato pelo seu comentário à minha postagem. Você realmente tem um foco, e não é um hipócrita quando fala do assassino de Realengo, nem das ações da mídia tentando endeusar um ou outro, quando na realidade deveria ser mais sábia e refletir sobre sua importância e sobre sua responsabilidade por esses atos.

   Ao redigir a receita de "como produzir um assassino", nunca me passou pela cabeça "endeusar" ninguém, tanto que não citei nomes, por mais que tenha feita uma vaga alusão ao caso da Tarso da Silveira. É realmente triste o que aconteceu. Lamentável, abominável e digno de repúdio. "A verdade cava-se como um poço. O olhar, quando se dispersa, perde a visão de Deus." Não conheço suas crenças, embora saiba que demonstra ser um homem correto, mas o que quis dizer, foi que estamos perdendo o foco ao humilhar o nosso semelhante. Temos nos afastado de Deus, ou de crenças que nos unam uns aos outros, Eric.

   "O cedro, quando a borrasca lhe quebra os ramos e o vento de areia o enrijece e ele cede ao deserto, não é que a areia se tenha tornado mais forte, foi ele que renunciou e abriu a porta aos bárbaros." Cada um tem uma escolha, mas na maioria das vezes atrapalhamos nas escolhas alheias. Ações como as de Wellington e Haynes, e tantos outros não devem ser encorajadas. Porém sinto que algo está faltando, uma peça no quebra cabeça. Algo que ninguém ainda se deu conta. Uma regra de ouro. Era para isso que eu estava tentando apontar. E espero que agora você possa compreender o que estava oculto em minhas palavras.

   No mais, sou muito grato a sua colaboração, senhor Eric. Lamento tê-lo decepcionado se minhas palavras não o convenceram, e se fui hipócrita ao tentar levar um recado simples a Sociedade. Quanto ao último termo que utilizei - sobre o sótão - quis dizer que nossos ideais nos movem, e de um modo positivo ou negativo, norteiam as nossas ações. Mais uma vez, repito que nunca concordei com ações do tipo que presenciamos recentemente. Creio que por mais que alguém seja "oprimido" pela Sociedade, esse alguém não tem o direito de tirar vidas inocentes e muito menos a própria. Obrigado por visitar os Críticos Intelectuais Reunidos. Sinta-se convidado a colaborar conosco.

   Grato pela colaboração e pelas sábias palavras de seu comentário,

 Frank Castle

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Como produzir um Assassino






   Passada a tempestade é que se pode analisar seus estragos. É comum estudar as conseqüências, para assim se chegar às reais motivações da causa. Difícil mesmo é compreender a mente humana e as complexas conexões cerebrais que motivam um indivíduo a agir de determinada maneira. Psicólogos, psiquiatras e estudiosos. Todos têm uma tese, para as câmeras, que se diga de passagem.

   Vamos então, à receita de como fabricar um assassino, um matador, um psicopata, um franco atirador, um treslocado, um covarde; enfim, um indivíduo nocivo à Sociedade.

   Primeiro, escolha uma pessoa do meio da multidão. De preferência  alguém que viva nas sombras, "que sente sempre lá no fundão", que nunca abra a boca para se defender de suas gozações e que seja tido como o "Zé Mané" do grupo. Feita a escolha, comece a incurralá-lo, escarneça dele, "mangue", exponhá-o ao ridículo diante de todos, zombe de suas qualidades, sua posição social. Esfreguem em sua cara que ele não passa de um "zero a esquerda" e que nunca será capaz de construir nada na vida.

   Continue o escarnecimento, e se possível, leve-o a desenvolver um quadro clínico de depressão ou um outro tipo qualquer de patologia relacionada a mente. Cerque esse indivíduo por todos os lados. Faça-o sentir-se o coitadinho; vez por outra troque a agressão verbal e psicológica pela agressão física. Deixe-o totalmente por baixo, fira-o no seu sentimento de masculinidade ou feminilidade, infernize a vida desse ou dessa miseravél. Faça dele ou dela um palhaço para divertir seu circulo de amizades.

   Pronto. Meio caminho andado. Esse será o empurrãozinho que faltava. A Sociedade se encarregará do resto, ela dará os motivos restantes. E se esse indivíduo tiver mais um pouco de predisposição, basta um motivo e o estopim irá estourar. Lógico que quando ele completar essa transformação você terá medo e não compreenderá de onde veio a pancada que o atinge. Você dirá que nada justifica a ação impetrada por esse indivíduo. E de certa forma, você estará certo, pois ele deveria ser forte o suficiente para não sucumbir ao fracasso.

   Na sorte, ele não te levará para o "olho da tempestade", nem um parente seu com ele. Na sorte. Isso não é a garantia de que você estará livre do rastro da destruição. E dependendo do quadro psiquiátrico e da predisposição assassina latente, você terá o gostinho de ver esse alguém por trás das grades. Entretanto, na maioria das vezes, o veremos imerso em uma poça de sangue. Com a massa encefálica misturada aos cadavéres de suas vítimas. E não haverá volta, ficando atrás dele a revolta e a pergunta que não quer calar: por quê?

   Essa será a hora de revisar atos e conceitos, e a hora de aparecerem os doutores, cientistas e tudo o que de mais hipócrita a Sociedade comporta. Tudo para explicar uma ação que podia ser evitada se aquele indivíduo tivesse sido "visto" por aqueles que o oprimiram e deram-lhe as armas ideológicas para agir assim.

   Nada justifica alguém armar-se até os dentes, matar inocentes e depois se matar. Mas, como dizia um amigo de longa data, "se um homem, em seu sótão, alimentar no peito um desejo bastante forte, ele poderá, daí, incendiar o mundo."

   Então, muito cuidado com o modo como estamos tratando nossos semelhantes. O aviso foi dado, e por favor, não ensaiem essa receita.

Frank Castle 

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Nota de Luto e Repúdio

   Em virtude do massacre ocorrido ontem, em Realengo/RJ, a Associação Críticos Intelectuais Reunidos declara sua solidariedade às famílias que tiveram seus filhos brutalmente assassinados, ao mesmo tempo em que reafirma a defesa da vida e o repúdio a práticas como estas.

   Não convém aqui discorremos mais sobre a conduta, ou muito menos ao que levou esse indivíduo a perpetrar esse ato tão infame e covarde. Agora é hora de unirmo-nos aos familiares e compartilhar da dor e do luto destes, ao invés de explorarmos o caso em busca de audiência ou promoção pessoal.
   
   Oramos e pedimos ao Criador que acolha em seus braços as almas desses inocentes que tiveram suas vidas ceifadas covardemente, ao passo de que dê a justa recompensa ao responsável por essa chacina, onde quer que sua alma se encontre.

    Que as vítimas descansem em paz no seio do Senhor, que suas famílias recebam de Deus o consolo nas horas difíceis que se seguirão e que atos como esse não venham a se repetir novamente em solo brasileiro.

    Maximus Decimus Meridius

terça-feira, 5 de abril de 2011

José Alencar e a Saúde Pública no Brasil: Uma Reflexão






   É típico do brasileiro "idolatrar" personalidades, ao passo de que agindo dessa maneira, o que realmente importa é esquecido e situações e estruturas não são mudadas em virtude disso.
   Foi sepultado a alguns dias o ex vice presidente da República, José Alencar; vítima de um câncer não vencido dentre muitos que o mesmo vinha enfrentando durante sua vida.
   Sem dúvida, o Brasil perde um grande político, um cidadão que tem uma bela história de superação e de vitórias. Não resta argumentos de que ele, durante toda sua vida lutou para viver em todos os sentidos. É notável sua perseverança até nos momentos mais difíceis e que todo brasileiro que porventura vier a desenvolver um câncer, terá o ex vice como referência para vencer. Tudo realmente lindo, mas há algo que diferencia o José dos demais brasileiros. 
   Quem vê a luta do notável cidadão de Muriaé aplaude, emociona-se quando ouve-se que ele venceu dois, três, quatro "canceres". Uma luta pela vida com unhas, dentes e dinheiro. Isso mesmo. Sou forçado a fazer esssa constatação. José Alencar era um homem de fibra, trabalhador, guerreiro; mas, era também um homem de posses. Posses estas conseguidas com muito esforço e suor, com muito sacrifício e trabalho, do modo que todo brasileiro honesto deve conseguir. E foi isso que o "salvou' inúmeras vezes.
    Todas as vezes que adoecia ele era imediatamente levado a um dos melhores hospitais do Brasil, ou seja, estava livre do famoso SUS. Por isso venceu tantas vezes, por isso tinha sempre um sorriso estampado no rosto. Ao contrário do trabalhador brasileiro de pequenas posses, ele sempre teve os melhores médicos a disposição. Nunca teve que esperar nas filas imensas dos prontos socorros, nunca sofreu os descasos da saúde pública.
    Alencar entrou para a história por sua luta, mas também é um exemplo claro de que no Brasil, vive mais quem tem dinheiro. Ponto.
    O caos da saúde pública está aí, diante de todos. A envergonhar-nos. E o que fazemos, senão idolatrar personalidades, enquanto nossos irmãos morrem nas filas intermináveis dos hospitais públicos. E na maioria dos casos, mortes causadas não pelo câncer. Uma simples gripe, uma simples infecção e a vida do brasileiro é ceifada. Tudo porque ninguém abre os olhos para essa realidade.
   Descanse em paz José Alencar. Sua vida foi um testemunho, seu exemplo de luta é notável, todavia, de tudo isso fica a reflexão: lembrem-se da luta mas não esqueçam os irmãos esquecidos do SUS.
    (...)

 Dafoe