terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Alerta...

"Quem combate monstros deve cuidar para que, no combate, não se torne um monstro. Quando tu olhas, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."

Nietzsche - Para Além do Bem e do Mal, Máxima 146


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Por Casey Ryback

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A Saga de Alex Alcântara de Arruda e a Justiça Paulista

"Juiz não teve pena/Nem responsabilidade/Tá faltando pena e tá sobrando impunidade/Impunidade é a mãe da covardia/No país verde amarelo/Bandido não tem pena, martelo de dor ..."     Martelo (Gabriel, o Pensador)

   Uma mãe agoniza com uma criança de nove meses no ventre. Era Daniela Nogueira, que após ser alvejada por seu algoz durante uma tentativa de assalto deixa este mundo sem ver o tão esperado rostinho que a muito esperava ver.

   Em disparada fugia o assassino, identificado como Alex Alcantara Arruda, ex presidiário, fugitivo.

   Por trás de tudo isso uma série de erros da Justiça Paulista, que permitiu por meio de todos os trâmites, que o suspeito de ser o algoz de Daniela estivesse na rua a praticar livremente seus delitos preferidos.

   A Polícia cumpre com seu dever. A única coisa a lamentar é que homens e mulheres da acomodação de seus gabinetes friorentos assinam papéis e sem o conhecimento da realidade das ruas libertam assassinos e toda sorte de seres nocivos a sociedade.

   No fim disso tudo temos uma família destruída: um esposo viúvo, uma criança orfã de mãe; a saudade de um ente que se foi...

   A Alex - se foi ele realmente quem puxou o gatilho - brevemente as ruas para a prática de novos delitos. Ao juiz que o soltou, o peso na consciência - se é que Magistrados possuem alguma consciência - para o resto da vida. Aos dois, o sangue de Daniela em suas mãos e a certeza de que tudo nessa vida segue a Lei do Vai e Volta.

   Que o Bom Deus console a família de Daniela, dê saúde ao rebento que sobreviveu à tamanha barbaridade e que faça-se a Justiça. Não a Paulista, não a Brasileira; mas, a Divina. Aquela que é feita aqui...

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Por Maximus Decimus Meridius

Conheça o Patrono da ACIR e Suas Obras - Parte IV

Continuando nosso trajeto hoje conheceremos mais uma obra de nosso Patrono. E a obra que apresentamos é:



Terra dos Homens

Publicado em fevereiro de 1939, Terra dos Homens rendeu o maior prêmio da Academia Francesa, e também nos Estados Unidos, em junho, pelo National Book Award.

Nesse trabalho autobiográfico, Saint-Exupéry evoca uma série de eventos na sua vida - essencialmente a época em que trabalho para a Aeropostale - assim ele fornece reflexões sobre uma série de temas: amizade, morte, heroísmo, a busca por um significado... O núcleo dessa história é o seu acidente em 1935 no deserto do Saara, com o navegador André Prévot, onde os dois quase morreram de sede. Antes de começar, o autor cita Henri Guillaumet, um aviador, como "o amigo ao qual dedico esse livro." Essa sentença é uma dedicatória, um tributo a esse homem que participa na história de sua vida. É basicamente uma compilação de suas memórias, com diversas citações como: "O amor não é olhar fixamente um para o outro, é olharem juntos para a mesma direção", que ele diz sobre o correio aéreo, além de sentenças fora de contexto e citadas simplesmente.

Segue-se belas passagens do livro:

"O que eu fiz, eu juro, nenhum animal teria feito.", por Henri Guillaumet logo depois do acidente na Cordilheira dos Andes.

"Parece que a perfeição é atingida não quando não há mais nada para adicionar, mas quando não há nada para esconder."

"A grandeza de uma troca deve ser, antes de tudo, unir os homens: é uma real luxúria, e esse é o relacionamento humano."

"O que me preocupa [...], é que foi um pouco de cada um desses homens que assassinou Mozart."

"Somente o Espírito, se ele se difunde sobre o corpo humano, pode criar direitos."

“Em dias de tempestade, nós construímos um mundo fabuloso, cheio de armadilhas, ciladas, precipícios que surgem de repente, redemoinhos que tem cedros sem raízes.", os cedros eram sem raízes em referência a história Mesopotamiana do Rei Gilgamesh: A Epopéia de Gilgamesh, reconhecido como o épico mais antigo da humanidade."

Continua...
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Por Frank Castle

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Policial Militar: um sacerdócio incompreendido

   Quem quando criança nunca desejou estar dentro de uma viatura da PM quando a viu passar pela sua rua? Quem quando criança não sonhou envergar aquela farda, usar aquele cinto de guarnição, aquela boina, calçar aquele coturno, vestir aquele colete balístico que você pensava que era de ferro?

   Sonhos de menino. Divagações alimentadas por garotos.

  A realidade é bem diferente daquela que imaginamos. A vida dentro de uma viatura da PM durante 24h não é tão lá essas coisas que imaginávamos quando criança. Pois compor uma guarnição de patrulhamento não é somente colocar um motorista, um comandante e dois patrulheiros dentro de um veículo e dar-lhes alguns equipamentos e esperar que esses quatro homens salvem o mundo e saiam incólumes...

   Passar 24h atendendo a sociedade exige do PM mais do que uma simples formação de seis meses dentro de um quartel. Somos país, médicos, padres, psiquiatras, psicólogos e ainda se pressupõe que  devemos, além dos códigos que já regiam nossa vida civil, submeter-nos a outros códigos  mais. Códigos arcaícos e copiados de "instituições" que deram e ainda hoje dão certo, mas que dentro da realidade somente têm valor de museu. E diante disso tudo, durante essas 24h não podemos e nem devemos "errar", ou estará de plantão a Corregedoria e a Promotoria prontos para nos autuar em flagrante.E não pára por aí...

    Aquele que ingressa em qualquer corporação brasileira da Polícia Militar com aquele sonho de criança e aquela ilusão de adolescente de que está empregado engana-se quadradamente. A PM não é emprego, embora se trabalhe nela e aposente-se. Casos a parte,o policial militar hoje trabalha pisando em ovos. Isso porque se porventura ele for excluido não terá nenhum direito. Irá para a rua com a "mão no fecho e outra no cano"; ou seja, sem nada, embora tenha contribuído durante todo o tempo em que "serviu"a corporação e a sociedade, ficando a pergunta que não é respondida: se o dinheiro não vai ser devolvido, com quem fica?

   E ainda não falamos das críticas destrutivas (mais que as construtivas), do fato de que em alguns  lugares ninguém gosta da polícia, da perseguição de juízes e promotores de maneira indiscriminada e desumana e por fim dos desmandos dos ditos "direitos humanos" que insistem em crucificar os policiais sem dar-lhes a mínima chance de defesa. Agora quando a coisa fica preta, todos esses algozes da PM lembram dela e acionam o 190.

  Ser policial militar é realmente um sacerdócio incompreendido.Que o diga aqueles que realizaram seu sonho de menino e depois se decepcionaram nas primeiras horas. E quem duvidar que isso é verdade, consiga uma concessão junto ao comando e passe as 24h dentro de uma guarnição. Convite especial aos promotores e dirigentes de ONG's do nosso Brasil.

   Alguém aí do Judiciário vai encarar o desafio?

(...)

O Sentinela

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Vitae


"Embora a morte e a vida se oponham uma a outra, como palavras que são, o certo é que só podes viver daquilo que te pode fazer morrer. E o que recusa a morte, recusa a vida. Se não houver nada acima de ti, não tens nada a receber. A não ser de ti próprio. Mas que hás-de tu ir buscar a um espelho vazio?"

(Saint-Exupéry)

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Por FrankCastle

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Começando o Ano...




E me vi de repente a beira de uma porta, pois há épocas em que a linguagem se revela incapaz de apreender ou de prever seja o que for. Apresentam-me o mundo como um enigma e depois exigem que eu o explique. Mas não há explicação a dar. O mundo não tem sentido. 

   “Temos de nos submeter ou de lutar?” - perguntam-me. É preciso uma pessoa submeter-se para sobreviver e lutar para continuar a viver. Deixa a vida seguir. Tamanha é a miséria do dia a dia que a verdade da vida, para se exprimir, tem de lançar mão de formas contrárias. Mas não te iludas: assim como estás, estás morto. E tuas contradições, os teus ferimentos e as tuas misérias são os da metamorfose. Tu ranges e te dilaceras. E o teu silencio é o do grão de trigo na terra onde apodrece para se realizar. E a tua esterilidade é a esterilidade própria da tua crisálida. Mas hás de renascer adornado com asas. 

   Perguntarás para ti próprio, do alto da montanha onde se resolvem os problemas: Como é que não compreendi logo?”Como se houvesse algo que compreender...

Cidadela LXXXVI 

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Por Ryback