Tida como sexo frágil, e mais ainda, vista como mero objeto de satisfação sexual, em inúmeras culturas e povos ao redor do mundo a mulher tem sendo vítima de abusos e discriminações. A violência doméstica é apenas um dos focos desses absurdo contra aquelas que na maioria das vezes sofrem caladas e completamente no anonimato.
Os países onde os direitos da mulher simplesmente são ignorados, em sua maioria o faz por cultura ou com base em critérios religiosos, e por trás de toda perseguição há uma espécie de fanatismo e completo sentimento de superioridade. Nesse contexto, o ser feminino é visto meramente como um objeto cujo valor se traduz somente na cama. E isso, de um modo exclusivamente machista, onde usa-se seu corpo e descarta-se toda sua interioridade.
Mas não é isso que focamos aqui. Nosso objetivo é mostrar que a violência contra a mulher tem duas faces. Uma de covardia da parte de quem promove; outra de conivência, por parte de quem sofre a agressão. É típico focar a questão do ponto de vista particular, todavia temos que analisar os aspectos sociais e culturais que levam a mulher a submeter-se a esse tipo de tratamento. Alguns aspectos podemos apresentar, tais como: a dependência financeira, os filhos, as ameaças de morte e a própria condição a que está submetida.
Um outro aspecto que faz com que a violência doméstica continue a assolar, é a total falta de políticas públicas de combate a esta prática. As leis brasileiras ainda são muito deficientes com relação a esse assunto, e dá pra ver o descompromisso por parte do judiciário do país. Para se ter idéia, a Lei Maria da Penha só foi elaborada depois que a vítima - homenageada com o nome da lei - foi aleijada. É certo que em parte a mulher não denuncia, e em último caso volta atrás quando decide denunciar, mas talvez isso ocorre porque o Estado não dá a ela a mínima certeza de que seu problema será solucionado.
A mulher pode ter parte na situação que passa, mas o homem que a agride, em sua total covardia, só o faz e continua fazendo porque sabe que não existem leis severas para puni-lo. Os reais motivos para deflagrar um ato de agressão, só o agressor e a vítima sabem, entretanto o maior motivo para que isso continue acontecendo só tem um: a falta de compromisso do poder judiciário e total inexistência de ações concretas do Estado e da União para combater esse mal. De resto, falta apenas às mulheres a coragem para agir, e aos homens a vergonha por se prestar a tais papéis.
Dafoe
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