terça-feira, 12 de abril de 2011

Análise de Caso e Resposta a um Leitor

   A alguns anos, ou talvez não muito tempo, começou-se a falar numa palavra "nova": Bullying. Palavra que traduz atos de agressões, geralmente entre jovens. É um assunto de grande repercussão, e sem dúvida, a mídia tem dado muita atenção, não somente a palavra em si, mas ao tipo de ação provocada por ela.

   O caso mais recente, ou os casos mais recentes, apontam no cenário tanto nacional como internacional para duas pessoas: Wellington de Oliveira e Casey Haynes. Um armou-se e matou crianças inocentes, que nada tinham a ver com as agressões que este sofrera quando aluno daquela escola; o outro, não matou. Apenas reagiu aos insultos e se estou bem informado, quebrou algumas costelas de seu "algoz".
   
   Não gostaria de entrar no mérito da ação de nenhum deles, tampouco dizer que agiram corretamente; endeusar um por não ter matado, ou condenar brutalmente o outro em vista de seus atos. Atos estes difíceis de apagar da memória, atos que só seres humanos são capazes de perpetrar. Hipocrisia? Talvez, mas "os acontecimentos humanos sem dúvida tem dois rostos. Um de drama e outro de indiferença. Tudo muda conforme se trata  do indivíduo ou da espécie."

   Caro Eric, sou grato pelo seu comentário à minha postagem. Você realmente tem um foco, e não é um hipócrita quando fala do assassino de Realengo, nem das ações da mídia tentando endeusar um ou outro, quando na realidade deveria ser mais sábia e refletir sobre sua importância e sobre sua responsabilidade por esses atos.

   Ao redigir a receita de "como produzir um assassino", nunca me passou pela cabeça "endeusar" ninguém, tanto que não citei nomes, por mais que tenha feita uma vaga alusão ao caso da Tarso da Silveira. É realmente triste o que aconteceu. Lamentável, abominável e digno de repúdio. "A verdade cava-se como um poço. O olhar, quando se dispersa, perde a visão de Deus." Não conheço suas crenças, embora saiba que demonstra ser um homem correto, mas o que quis dizer, foi que estamos perdendo o foco ao humilhar o nosso semelhante. Temos nos afastado de Deus, ou de crenças que nos unam uns aos outros, Eric.

   "O cedro, quando a borrasca lhe quebra os ramos e o vento de areia o enrijece e ele cede ao deserto, não é que a areia se tenha tornado mais forte, foi ele que renunciou e abriu a porta aos bárbaros." Cada um tem uma escolha, mas na maioria das vezes atrapalhamos nas escolhas alheias. Ações como as de Wellington e Haynes, e tantos outros não devem ser encorajadas. Porém sinto que algo está faltando, uma peça no quebra cabeça. Algo que ninguém ainda se deu conta. Uma regra de ouro. Era para isso que eu estava tentando apontar. E espero que agora você possa compreender o que estava oculto em minhas palavras.

   No mais, sou muito grato a sua colaboração, senhor Eric. Lamento tê-lo decepcionado se minhas palavras não o convenceram, e se fui hipócrita ao tentar levar um recado simples a Sociedade. Quanto ao último termo que utilizei - sobre o sótão - quis dizer que nossos ideais nos movem, e de um modo positivo ou negativo, norteiam as nossas ações. Mais uma vez, repito que nunca concordei com ações do tipo que presenciamos recentemente. Creio que por mais que alguém seja "oprimido" pela Sociedade, esse alguém não tem o direito de tirar vidas inocentes e muito menos a própria. Obrigado por visitar os Críticos Intelectuais Reunidos. Sinta-se convidado a colaborar conosco.

   Grato pela colaboração e pelas sábias palavras de seu comentário,

 Frank Castle

Um comentário:

  1. decepcionado jamais! e acredito que consegui visualizar o que estava oculto em suas palavras: o grande ensinamento que Cristo nos deixou...
    não me decepciono porque vc alimentou algo que gosto muito: debater.
    obrigado pela oportunidade de trocar idéias com significativa inteligencia...

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