terça-feira, 30 de novembro de 2010

Recomendação Literária






   A obra que hoje apresento e recomendo é muito especial e interessante. Especial porque apesar de se tratar de um romance, traz fatos impressionantes da vida de São Francisco de Assis; e interessante, porque nos envolve numa aventura instigante e altamente baseada em elementos históricos, transformando nossa visão e nos revelando fragmentos da história franciscana.

   Vamos aos detalhes dessa obra:

   Título: A Conspiração Franciscana
   Autor: John Sack
   Editora: Sextante
   Sobre a Obra: Trata de uma trama envolvendo a morte e o sepultamento de São Francisco de Assis. Traz ainda duas visões da Ordem criada pelo santo e a luta de alguns para preservar o "espírito dos primeiros franciscanos", personalizados  na pessoa do irmão Conrad de Offida, frade da "facção espiritual". Apesar de ser uma obra romanceada, traz em seu bojo fortes traços históricos da história da Ordem, vindo a classificar-se como romance histórico.
   Sobre o Autor: Formado em Língua Inglesa pela universidade de Yale, John Sack nasceu em 1938, em Ohio,EUA. Trabalhou como redadtor nas áreas de computação e astrofísica e é autor de livros técnicos de informática. Escreveu ainda The Wolf in The Winter, obra que narra a trajetória de São Francisco quando era jovem.
   Trecho da Obra: " Conrad se sobressaltou com o último comentário de Donna Giacoma.
                                - A imagem que faz de Elias é bem diferente da que frei Leo fazia.
                                - Infelizmente, Elias se transformou depois do enterro. Amava São Francisco e , enquanto nosso mestre viveu, pairou sobre ele como a mãe que cuida do filho adoentado. Mas nosso santo também tinha sido a consciência dele. Quando sua consciência morreu, tornou-se obcecado por poder e grandeza, tanto para si mesmo quanto para a Ordem como um todo."
   Onde comprar: www.estantevirtual.com.br

   A todos uma boa leitura


Dafoe

Enseñanza privada y pública: ¡ventajas e desventajas!

Los cuidadanos se quedán confusos en el momento de decidir donde van a estudian sus hijos: si los ponen en la educación privada o en la pública.

Hay que observar los aspectos positivos y negativos de ambos. La ventaja de la enseñanza pública es que no necesitas pagar las barbaridades que se exígen en la educación privada y estás ejerciendo tus derechos de ciudadano, pues la educación es un deber del Estado. Sin embargo, a calidad educacional pública es muy mala, pésima. Los profesores ganan poco y trabajan mucho; por eso no se interesan en hacer ninguna cualificación profesional. La cantidad de horas que trabajan llega a ser inhumano y el Estado no se preocupa devidamente con estos profesionales de la educación. Para decirlo con más énfasis, la educación pública está chatarreada.

Contodo esto, resta a nosotros la enseñanza privada, ofrecida por varias instituciones, sean impresariales, religiosas, culturales y diversas otras. La mayoria de estas instituciones ofrecen una educacíón de calidad, aunque esta salga muy cara al bolsillo de los alumnos o de sua padres. Esa educación cualificada es posible porque los que la contratan pueden exigir sus derechos directamente  a la institución que han contratado. También porque la concurrencia en este sistema es muy acentuada e, por eso mismo, no pueden macular el nombre institucional (comercial), sino promoverlo o comecializarlo positivamente. Una caracteristica relevante es, también, el esfuerço aplicado em obtener  nuevos equipos didacticos, muchos hasta revolucionários em el sistema vigente, como por ejemplo los equipos informatizados: el pizarrón digital, lãs clases a larga distancia, el fácil acceso a internet dentro de las aulas y muchas otras facilidades. Sin embargo, esta educación tiene un grand riesgo: toda esta preocupación puede no ser exclusivamente por la enseñanza en si misma, sino por el mezquino deseo de ganar dinero, tornando la educación um mero comercio. De este modo, las personas dejan de ser el centro esencial y dan su lugar al deseo de ganar cada vez más que tienen los propietarios de estas redes de educación privada.

Por lo tanto, nos resta reconocer: está fallida la educación em su aplicación actual. Su grán preocupación no es el ser humano, o no está siendo hasta ahora y desde mucho tiempo. Hay muchos juegos e interferencias  políticas y eso, según nos muestra la experiência, no es bueno para nuestro pueblo. Se hace urgente um considerable restauración em todo el sistema educacional, tanto  el sistema público, como el privado tienen sus calidads, pero no están próximos de la excelencia que exige la educación em su esencia.

Comunicando

A Verdade do Dia

" A vingança nunca é uma linha reta. É como uma floresta, onde é fácil perdermos o rumo e esquecermos por onde entramos."
Hattori Hanzo

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Verdade do Dia

"Quero que me entendam bem: prepara-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue..."                                                                                      

(Olga Benário Prestes)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Verdade do Dia

"Ficai certos: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o filho do Homem."                                                                                                                   Mt.cap.24,v.43-44

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Trabalhar ou não trabalhar no dia de Sábado

" Antes que se inaugurasse o regime da fé, nós éramos guardados, como prisioneiros, sob o jugo da Lei. "
                                     Gálatas 3,23

   Incrível o que o Apóstolo Paulo fala aos Gálatas. Antes do regime da fé, éramos prisioneiros sob o jugo da Lei. Belo.E para quem não sabe, ou se nega a aceitar, vivemos dois regimes: o ANTES DE CRISTO, ou o Regime da Lei; e o DEPOIS DE CRISTO, ou Regime da Fé. Certo?
   Então, se foram dois regimes, um passou e o outro vigora; todavia, muitos ainda estão presos ao Regime da Lei e esquecem que o novo Regime, ou o da Fé, deve ser vivido em plenitude.
   A questão que suscito hoje é a polêmica sobre o Dia de Sábado, aproveitado por muitos como subterfúgio de divisões, proselitismos e essencialmente: exercício da preguiça. Sem falar que muitos perdem empregos por causa disso. E isso é somente a ponta do iceberg.
   Independente de credo religioso, ou de quem quer que seja que siga essa prática judaíca, gostaria de apresentar algumas considerações sobre a questão.
   Primeiro: "A Lei foi como um educador que nos conduziu até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Mas, uma vez inaugurado o regime da fé, já não estamos na dependência deste educador." Essa afirmação não vem de mim, mas de Paulo; em Gálatas 3, 25-26.
   Segundo: "A Lei não justifica ninguém diante de Deus, já que é pela fé que o justo viverá."
   Terceiro: " Cristo nos resgatou da maldição da lei."
   Todas essas citações estão na Carta aos Gálatas, entre os capítulos 3 e 4. Confiram.
   Agora vamos ao que interessa: "Quem pretende observar a Lei inteira, mas comete transgressão num só ponto, torna-se culpado contra toda a Lei." Quem disse? Ora, ora: Tiago, lá no capítulo 2, versículo 10. Mas prossigamos, pois ainda não cheguei onde desejo. Vejamos agora essa citação, do Regime da Lei: " No sábado oferecerás dois cordeiros de um ano, sem defeito, e como oblação, dois jarros de quatro litros de farinha fina, amassada com azeite, e a respectiva libação. É o holocausto do sábado, a ser feito a cada sábado." E onde está isso? Ora, ora: Números 28,9-10.
   Creio que já chega. Agora, a pergunta que não quer calar: quem diz que guarda o sábado faz essas ofertas todo sábado? Fica aí o questionamento e sem dúvida alguma a indagação pairando sobre o ar. Eis o  Legalismo religioso pé torado: fazem umas coisas e se esquecem de outras, o que reicide em erro e bate logo de frente com a última prerrogativa apresentada na Epístola de Tiago.
   O Cristianismo verdadeiro não pode estar preso a regras arcaícas e a legalismos vazios e retrógrados. E essa verdade não sou eu que apresento, mas sim Cristo. Basta ver seu diálogo com o jovem rico lá em Mateus 19, de 16a 26; ou seu diálogo com os fariseus ainda em Mateus 22, de 34 a 40.
   Enquanto ficamos com picuinhas religiosas e leis ultrapassadas, muitos sofrem com a nossa inércia, nossa preguiça e o nosso comodismo. Que importa se é o sábado, o domingo, a segunda, a terça ou a quarta; se observando esses dias estamos deixando o irmão morrer à mingua na beira do caminho, como aquele levita e aquele escriba que viram o homem jazendo e nada fizeram para ajudá-lo. Será que era um dia de sábado? E  nem vou dizer quem o resgatou, nem de que parábola se trata.
   Ponhamos a mão em nossa consciência.

Saulo de Tarso

A Verdade do Dia

"A maioria das pessoas parece sofrer de um sentimento de abandono. São infelizes, porque ninguém se importa com elas, porque ninguém se prontifica em ouvir as suas confidências."
Duhamel

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Verdadeiro Significado do Natal

   O ano está chegando ao fim. As lojas desde outubro já falavam no assunto: a chegada do Natal. Mais um ano que se vai; mais uma corrida consumista por lojas e shoppings do mundo inteiro.
   Assim terminamos o ano de uma maneira vazia e extremamente sem significados: pensando que o Natal é uma época apenas de consumir, consumir, consumir; gastar, gastar e gastar; mesmo que seja por "uma boa causa". Para presentear amigos, familiares, ou até mesmo bajular pessoas que sequer nos consideram, mas das quais "dependemos" para continuar "gastando".
   Dessa maneira, e com esse pensamento deveras mesquinho, perdemos o foco verdadeiro dessa solenidade de valor inestimável. Alguns vasculham suas casas, tiram todo o lixo, compram móveis novos e até mudam-se de residência. Tudo para começar o ano novo com tudo novo.
   Nisso, esquecemos que "o verme se acha no coração do homem.", como sabiamente define Albert Camus em sua célebre obra o Mito de Sísifo.E continuamos com o coração cheio de tralhas e sentimentos destrutivos, embora tenhamos distribuídos presentes e mais presentes.
   Lembramos de "todo mundo", das coisas supérfluas que em nada nos ajudam a construir; ao invés, apenas a repetir. E nos perdemos sem rumo porque nos esquecemos de nos reconciliar, primeiro com nós mesmos; segundo, com nosso irmão; e terceiro, com aquele que deseja nascer em nosso coração.
   Ao invés de nos preocuparmos com aspectos passageiros, com visões periféricas e essencialmente restritas da realidade, deveríamos buscar o elo perdido com o sagrado; com o mundo ao nosso redor e com o compromisso que cada um tem consigo e com o próximo.
   Só assim poderemos viver esse tempo com plenitude e sabedoria. Pois agindo dessa forma o Natal toma sentido,e as coisas toma um rumo mais autêntico, assumindo desse modo, o aspecto verdadeiro e característico de uma solenidade que nos une e acima de tudo: mostra-nos o semblante do Cristo que nasce e que transforma nossos corações e ilumina o nosso viver.

Dafoe

A Verdade do Dia

"Deus há de ser servido de que a sorte se mude, e o que hoje se perde amanhã se ganhe."
(Dom Quixote de La Mancha)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Recomendação Literária






   A preciosidade que hoje gostaria de apresentar-lhes é uma das obras mais clássicas da literatura mundial: o livro Cidadela, de Antoine de Saint-Exupéry.
   Esta obra, que por sinal é inacabada, traduz a suma dos pensamentos do autor, que para quem não conhece, é o autor de outro clássico: o Pequeno Príncipe; obra esta, que em breve também estarei apresentando.
    Mas, vamos ao que interessa, os dados da Obra:

   Título: Cidadela
   Autor: Antoine-Marie-Roger de Saint-Exupéry
   Editora: Quadrante
   Sobre o Autor: Saint-Exupéry nasceu em 29 de junho de 1900 e Lyon,França. Por alguns anos trabalhou como piloto comercial e durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se piloto de Guerra. Além desses dotes, era jornalista e exímio escritor, tendo lançado vários livros entre os quais destacamos: Vôo Noturno, Piloto de Guerra, Terra dos Homens, O Pequeno Príncipe, Correio Sul e outros.
   Faleceu no dia 31 de julho de 1944, em sua nona missão, no regresso de seu reconhecimento sobre a aréa de Annecy. Foi abatido por um Focke-Wulfe ( Caça Alemão ) quando estava no largo da Córsega.
   Sobre a Obra: "Estou escrevendo um poema" - é assim que, em carta a um amigo em 1936, Antoine de saint-Exupéry chama os textos que dariam origem a Cidadela.
   Publicado na França em 1948, quatro anos após a morte trágica de seu autor, este livro pode ser considerado a suma de todos os temas exuperianos. Nele, numa linguagem em que a poesia e a meditação filosófica se dão as mãos, o autor concentrou as marcas de sua experiência humana: a solidão, o silêncio, as imagens do deserto, o problema do tédio e da morte, do prazer e da liberdade, do "sentido da vida".
   Trechos da Obra: " Aquele que sabe ler a imagem e a leva no coração, que está tão ligado a ela que dela vive como uma criancinha vive da mama, aquele que tem nela a sua pedra de ângulo, que nela acha sentido e significação e ocasião de grandeza, espaço e plenitude, esse, se se vê separado da sua nascente, sente-se como que dividido, desmantelado, e morre de asfixia à maneira da árvore a que cortaram as raízes. Não mais se encontrará. E, no entanto, ao mesmo tempo que a imagem que nele morre o faz perecer, ele já não sofre e se acomoda a sua mediocridade sem dar por ela.
   É por isso que convém manter permanentemente acordado no homem aquilo que é grande, e por isso também importa convertê-lo a sua própria grandeza." ( XII)
   Onde comprar: www.estantevirtual.com.br

   Uma boa leitura.

Dafoe

sábado, 20 de novembro de 2010

A Verdade do Dia

"O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros."
                                                                              (alexandre Herculano)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Verdade do Dia

"Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos".
                                                                                  (Pitágoras)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Justiça Corrompida Vs Justiceiro

  



    Uma abordadgem clara, precisa e cirúrgica. Algo errado em questões de conceitos. A teoria da Justiça e do Justiceiro. Contrário aos conceitos errôneos, aprendamos e façamos a distinção; para que assim possamos compreender o porquê das minhas colocações.
   Segundo o Aurélio, Justiça é " 1.a virtude de dar a cada um aquilo que é seu.2.A faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência" ; e Justiceiro: 1. "amante da justiça. 2. rigoroso na aplicação da lei, imparcial, inflexível."
   Apresentadas as devidas definições, apresentemos a questão; um caso recente que mancha ainda mais a Justiça Brasileira, tão maculada e má representada por uma elite de Ministros, Juízes, Desembargadores, Promotores e outros tantos que fazem desta Instituição uma vergonha para o nosso país.
   Recentemente, foi descoberto um caso em que Promotores estorquiam pessoas ditas "grandes" para impedir investigações, atrasar procedimentos e engavetar processos. Não que isso seja novidade, contudo, o que nós esperamos da Justiça é que ela seja capaz de "julgar segundo o direito e melhor consciência"; todavia, não é o que vemos nesse caso.
   O direito para esses magistrados não se traduz no rigor da Lei, mas no quanto o delituoso pode pagar para que eles continuem com a "venda" nos olhos e a espada descansada sobre as coxas. Não é a toa que esse seja o Símbolo da Justiça Brasileira. ( Basta ver acima a imagem)
   É só o que vemos em nosso país, sem falar no "bate boca" entre Ministros do STF há alguns anos atrás. Vergonha. E agora, Promotores estorquindo corruptos para "desacelerar" processos. Abutres que sugam o sangue dos brasileiros com salários exorbitantes, vindos de impostos e mais impostos; e que nunca se satisfazem e por isso envergonham-nos com suas práticas.
   Um indício forte de que a limpeza deveria começar por cima. Uma pura hipocrisia o desejo de construir uma Sociedade mais justa enjaulando o "pé rapado" e o "ladrão de galinha", enquanto os "homens e mulheres do martelo e da capa preta" estão corrompidos, com a "venda" nos olhos e a espada repousando sobre as coxas, recebendo propina de políticos e de todos os que puderem oferecer-lhes boas somas. Vergonhoso.
   Urge a figura do "amante da justiça". Daquele que aplique com rigor a Lei, que seja inflexível e imparcial. Que julgue de olhos abertos e que impunhe a espada da maneira correta. Que apague a caricatura de Justiça de nosso país e que ponha essa corja de sanguessugas atrás das grades, sem  se importar com "diplomas" ou muito menos se têm foro especial ou o escambal.
   É isso, ou continuaremos a presenciar esses fatos vergonhosos que mancham a nação brasileira e degradam mais e mais a imagem do Povo Brasileiro.
   Vamos para frente. Caminhemos e sem dúvida alguma veremos que nada será feito. Esses corruptos de toga ficarão impunes e mais uma vez seremos motivo de "chacota" no mundo inteiro: um país sem justiça, onde as autoridades "máximas" se regalam a base de dinheiro sujo e onde tudo termina sempre em pizza.

(...)

Castle
 

A Verdade do Dia

"Aquele que rebaixa outrem, é porque é baixo."

          Cidadela

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Verdade do Dia

"Criastes-nos para Vós e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousa em Vós."

                                  Santo Agostinho ( Confissões Liv. I, cap.1 )

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Recomendação Literária

   A Obra que gostaria de apresentar e recomendar foi escrita pelo historiador Carlo Ginzburg e narra a História de Domenico Scandella, dito Menocchi, um italiano julgado pela Inquisiçao.
   O Queijo e os Vermes é uma obra salutar e merece a atenção do leitor, no que tange às ações da inquisição do século XVI em solo Italiano.
    Seguem dados do Livro:
   Título: O Queijo e os Vermes
   Autor: Carlo Ginzburg
   Editora: Editora Schwarcz Ltda/Companhia das Letras
   Sobre o Autor: Carlo Ginzburg ( Turim, 1939 ) leciona na Universidade da Califórnia (Los Angeles) e ministrou cursos no Instituto de Estudos Avançados de Princeton e na Universidade de Bolonha. Tem livros traduzidos em quinze línguas.
   Sobre a Obra: Ao pesquisar uma seita italiana de curandeiros e bruxos, o historiador Carlo Ginzburg deparou-se com um julgamento excepcionalmente detalhado. Tratava-se do depoimento de Menocchio, um moleiro do norte da Itália, que no século XVI ousara afirmar que o mundo tinha origem na putrefação: "Tudo era um caos, isto é, terra,ar,água e fogo juntos, e de todo aquele volume em movimento se formou uma massa, do mesmo modo como o queijo é feito do leite, e do qual surgem os vermes, e esses foram os anjos." Graças ao fascínio dos inquisidores pelas crenças desse moleiro, Ginzburg encontrou farta docuentação, a partir da qual pôde reconstruir a trajetória de Menocchio num texto claro e atraente, e desembocar em uma hipótese geral sobre a cultura popular da Europa pré-industrial.
   Onde comprar: www.estantevirtual.com.br

   Desejo-lhes uma boa leitora.

Dafoe

A Verdade do Dia

"Frequentemente não conseguimos aceitar os outros porque, não nos aceitamos a nós mesmos. Quem não estiver em paz consigo mesmo estará necessariamente em guerra com os outros. A falta de aceitação de si mesmo cria uma tensão interior, uma insatisfação, uma frustração que muitas vezes fazemos incidir nos outro, tornando-os bodes expiatórios dos nossos conflitos interiores."
                                                                                               (Jacques philippe)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Nascimento do Justiceiro

"Em certas situações extremas a lei é inadequada. Para inibir sua inadequação é preciso agir fora da lei, para fazer a justiça natural. Vingança não é um motivo valido, vingança é uma resposta emocional. Não, não é vingança, é punição."


  
   Há quem diga que a Justiça é igual para todos, que não faça distinção entre ricos e pobres e que sua balança nunca "penda" nem para um lado nem para outro. Mas estamos cansados de ver a Justiça falhar. Essencialmente a Justiça Brasileira, que acoberta corruptos, passa a mão na cabeça de ricos e pune severamente aqueles que não têm os devidos recursos em suas mãos.
   Não é justo confiar suas cartas num magistrado, e no fim das contas saber que ele não está nem aí para executar a Lei como devia. Tornou-se comum ver a impunidade judiciária e o descaso com que a magistratura legisla em nosso país.
   Estupradores, assassinos, corruptos, estelionatários, ladrões, traficantes e uma série de outros transgressores; todos acham uma brecha na Lei. "Habeas Corpus", "livramento de flagrante", "indulto", "bons antecedentes" e outras brechas. Tudo feito para acobertar malfeitores, e para acabar; um conjunto de Juízes, Promotores, Desembargadores, Ministros e Senhores da Lei. Todos com um parecer a favor do erro.
   Embora haja aqueles que não se corrompem e buscam fechar as brechas existentes, o sentimento de impunidade gera uma espécie de insatisfação e desconfiança com relação à Justiça. Nasce no interior do simples cidadão o sentimento da insatisfação, e a sombra do Justiceiro paira sobre ele. A vontade de fazer justiça com as próprias mãos.
   Justiça que deveria começar pelos grandes escalões. A chuva cai de cima para baixo, não de baixo para cima. Surge a vontade de eliminar os agentes corruptos, aqueles que corrompem a Lei e geram as "inadequações." Arrancar a faixa hipócrita da visão da Justiça. E logo depois, ajustar a balança, exterminando impiedosamente aqueles que transgridem a Lei, semeam o terror e causam toda espécie de desgraça no seio da Sociedade. E isso pode ser feito lançando-se mão das táticas mais infalíveis de combate ao crime e a inadequação da lei.
   Jamais seria vingança, mas sim a aplicação correta da pena. A verdadeira face da Justiça, o expurgo dos que mancham os átrios sagrados da Sociedade a concretização dos ideais verdadeiramente justos. O fim da injustiça; o fim da impunidade, e no fim das contas: a punição.

Castle 

A Verdade do Dia

Quando trabalhamos só com mira nos bens materiais, construímos nós mesmos a nossa própria prisão. Encarceramo-nos, sozinhos com as nossas moedas de cinza, que não compram nada que valha a pena viver.                                                                    
(Saint-Exupéry, Terra dos homens)

domingo, 14 de novembro de 2010

A Verdade do Dia

 "Encontrar uma meta e manter o passo firme em direção as coisas que estão no alto é próprio daqueles que sabem superar os desafios e que não se deixam abater diante das dificuldades."                 
                                                                                                                     Pe.Léo(Buscai as coisas do alto)

sábado, 13 de novembro de 2010

A VERDADE DO DIA

É preciso cavar para mostrar como as coisas foram historicamente contingentes, por tal ou qual razão inteligíveis, mas não necessárias. É preciso fazer aparecer o inteligível sob o fundo da vacuidade e negar uma necessidade; e pensar o que existe está longe de preencher todos os espaços possíveis. Fazer um verdadeiro desafio inevitável da questão: o que se pode jogar e como inventar um jogo?
(Michel Foucault)

O PROCESSO EDUCACIONAL BRASILEIRO

A educação no Brasil não é uma realidade da qual os brasileiros possam se orgulhar com magnitude. O processo educacional deste país tem sofrido oscilações de aplicação e de vivência absurdas. Não à toa ocupamos o 72° lugar, segundo relatório da UNESCO, no ranking mundial: há quem se orgulhe desta colocação, no entanto, apenas aqueles que vivem a educação do Brasil sabem o que isso significa.
Desde o início de nosso processo educacional, com os jesuítas, religiosos católicos que inauguraram a educação neste país, até os nossos dias, é difícil observar, de modo palpável, crescimentos significativos no que tange ao todo daquilo que se entende por educação. Corremos o risco de ser redundantes, mas, acentuamos, uma visão holística da educação. Essa visão significa também observar a realidade de cada estado, região, as condições econômicas, sociais, religiosas e demais necessidades nas quais estão inseridos. É relevante salientar isso, pois muitos dos modelos educacionais aplicados até então foram pensados segundo um determinado grupo de educadores, ou não, e aplicados uniformemente em todas as federações.
Embora haja momentos de profunda dor na história da educação brasileira, e os historiadores são enfáticos ao relatarem esse processo, há esperanças de um progresso. A última Conferência Nacional da Educação, a CONAE, em seu relatório final, expressa que a educação, pautada na organização de políticas públicas, orientar-se-á quanto às relações étnico-raciais; à educação quilombola; à educação especial; à educação do campo; à educação indígena; à educação ambiental; ao gênero e à diversidade sexual; Em relação a crianças, adolescentes e jovens em situação de risco. A Conferência visa planejar um plano educacional para um prazo de 10 (dez) anos: ou seja, durante o período entre 2011 a 2020. Se forem honrados necessária e precisamente os itens qualificados como relevantes acima descritos e que se encontram no relatório final da Conferência, podemos ter esperanças quanto ao sistema de educação aplicados no Brasil, considerar como verdadeira a afirmação feita no site do PNUD: “O Brasil está em uma posição privilegiada em quase todas as metas propostas pelo Educação para Todos e recebeu elogios no Relatório.” Embora assevere a seguir: “No entanto, a questão da qualidade é um problema. Estamos perto do acesso universal, no entanto, a capacidade pedagógica, o treinamento e o salário dos professores ainda deixa muito a desejar.”
Contudo, as esperanças não podem nos fechar os olhos perante as realidades a que somos submetidos todos os dias. A educação continua em uma situação de decadência e necessita de urgentes reformas institucionais e de aplicação. Prova disto é o último acontecimento divulgado pela mídia brasileira a respeito da prova do Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM. Não bastasse o escândalo ocorrido com prova anterior, em 2009, no qual foram vendidas provas e milhares de estudantes ficaram em situação de prejuízo, também, não podemos desconsiderar, de vulnerabilidade emocional, consequentemente, este ano um novo problema: milhares de jovens novamente prejudicados com a imprecisão e irresponsabilidade na execução da prova. Por “esquecimento” da gráfica, 21.000 (vinte e um mil) provas ficaram sem serem conferidas, proporcionando, com efeito, que questões ficassem sem respostas e outras com dupla resposta. Essa situação beira ao ridículo: o descaso para com o compromisso com a educação toma proporções imensuráveis e o desrespeito pelos estudantes a cada dia é mais visível.
O escândalo do ENEM 2010 fez com que o líder do DEM, Paulo Bornhausen, pedisse demissão de Fernando Haddad, Ministro da Educação, argumentando: “Esse ministro precisa ser demitido. Ele mexeu com uma coisa preciosa que é o futuro da juventude. Os jovens foram ludibriados. Milhões de pessoas apostaram nessa prova o seu futuro, a sua profissão e tiveram que arcar com uma enorme frustração.” A indignação de Paulo Bornhausen tem sua razão de ser: os maiores prejudicados nesta grande confusão serão os alunos que prestaram a prova e que, para isso, dedicaram um enorme esforço de suas vidas e tempo de seus estudos para se prepararem para ela. O que está em jogo neste momento é a credibilidade de tal avaliação, evidentemente, pois ela faz parte já de uma cultura instaurada na sociedade e está envolvida nos meios políticos da educação; mas está na pauta também os esforços dos jovens estudantes que se dispuseram a prestar a referida prova. O Presidente da República não demonstra uma preocupação tão saliente: “Tem muita gente que quer que afete porque até hoje tem gente que não se conforma com o Enem, mas, de qualquer forma, ele provou que é extraordinariamente bem sucedido", assegurou o presidente em Maputo, capital de Moçambique, no último dia 08. Ao fim da entrevista ao jornalista, enfatizou sua afirmação: “O Enem foi um sucesso extraordinário, já que foram mais de 3 milhões de jovens que participaram da prova. O dado concreto é que na conversa que eu tive com o ministro Haddad ontem (anteontem), o sucesso do Enem foi total e absoluto”. Aos leitores cabe a melhor interpretação!
O fato é que injustiças continuam acontecendo repetidamente no meio educacional. A educação pública continua precária e submetida à educação privada. Embora o sistema educacional do Brasil seja o mesmo para ambas as instituições, tanto a pública quanto a privada. Já demos significativos passos em relação a um progresso que possa gerar a vida de nossa educação, mas inda nos falta perceber o cerne desta: o ser humano. Enquanto as pessoas não forem colocadas em primeiro plano nos “planos de governo” a educação não será nunca uma prioridade para a nação; e isso se aplica à cultura, ao esporte, ao laser, à saúde. Não basta estar escrito nos papeis apenas, tem de exercer aquilo a que se propõe: não basta fazer inúmeras conferências e, delas, belos documentos: há, o entanto, que se educar, educar para a educação!
Para consultas: 


Comunicando

A Verdade do Dia

"Só o acaso das viagens reúne aqui e ali os membros dispersos da grande família profissional. (...)Depois, é partir novamente. A vida nos separa talvez dos companheiros, e nos impede de pensar muito nisso. Eles estão em algum lugar, não se sabe bem onde, silenciosos e esquecidos, mas tão fiéis! E se cruzamos seus caminhos, eles nos sacodem pelos ombros com belos lampejos de alegria. Sim, nós temos o hábito de esperar..."

Terra dos Homens

Recadinho aos Sacerdotes ( Ou aspirantes ao sacerdócio )

   É muito comum a mídia divulgar escândalos sexuais dentro das instituições religiosas. Não convém aqui citar denominações, muito menos apontar erros ou nos arvorar em juízes; pois, "com a medida que tiverdes medido, também vós sereis medidos"(Mt 7,2). Entretanto, convém refletirmos sobre as opções vocacionais que cada um tem a sua frente, tendo em vista o futuro e evitando possíveis transtornos.
   É uma pena que o que alguns entendam por vocação, seja a vaga alusão a ser padre, freira ou frade; esquecendo-se que podem ser médicos, enfermeiros, jornalistas, policiais, banqueiros, vendedores e uma série de outras coisas que classificam-se como vocação, embora os candidatos a elas não tenham plena certeza do que querem.
   É muito fácil ver jovens como esse pensamento: "eu quero ser padre", "eu quero ser pastor", "eu quero servir a Deus". E assim por diante.
   Por mais que entenda que os males surgem das nossas opções incorretas, meu recado vai aos jovens que optaram ( ou pensam que optaram ) pelo sacerdócio.
   Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que não sou contra a Instituição.Porém  ao jovem que opta ingressar nela, pediria que examinasse bem a sua consciência e respondesse a essa questão pessoal: "você tem certeza absoluta que é isso que você quer? Ficar sem uma companhia feminina a vida inteira?"
   Concordo plenamente que é possível viver a vida inteira sem uma companhia, porém não garanto que a pessoa irá manter-se fiel para sempre aos votos que fez. Mesmo assim, se você,jovem aspirante vê que não é capaz, não dê um passo adiante. E se por ventura vier a ordenar-se, seja fiel aos votos que fez. 
   E se por acaso, vier a descobrir que não consegue (você sabe o quê), tenha a coragem de deixar tudo, reconhecer o erro e voltar atrás. Muitos já fizeram isso. Basta ver com quem aquela apresentadora de um jornal global é casada.
   Será uma vergonha, se você reconhecer seu erro tarde demais, e o pior, ficar dentro da Instituição molestando crianças e envergonhando o Nazareno. Relacionar-se com mulher vá lá que seja, mas violentar criancinhas e relacionar-se com pessoas do mesmo sexo é o cúmulo da hipocrisia e da maldade.
   Meu sincero apoio aos que um dia ingressaram e saíram porque viram que lá não era o seu lugar. Aos que casaram-se e constituíram uma família; meu alerta aos que vão entrar   e ainda não têm clareza de idéias; e por fim o meu apelo a quem já está dentro cometendo mil barbaridades: "meu irmão, saia!Assuma a sua verdadeira face, tire a máscara e pare de uma vez por todos de manchar os àtrios sagrados que lhe acolheram!
   Que todos tenham a clareza ao optar por esse caminho, e se um dia descobrirem que fizeram a opção errada sejam homens para voltar atrás e reconhecer seu erro. Não há vergonha nisso, pois "seja qual for o grau a que chegamos, o que importa prosseguir decididamente."(Filipenses 3,16)

Dafoe

União de Pessoas do Mesmo Sexo

   Independente do caráter religioso e do preconceito gerado em torno desse assunto, gostaria de trazer à luz um questionamento sobre este fato : se a Família é conceituada como "pessoas aparentadas que vivem na mesma casa, particularmente o PAI, a MÃE e os FILHOS;" como pessoas do mesmo sexo (HOMEM+HOMEM/MULHER+MULHER) podem constituir uma família?
   Deixe de ser besta,rapaz!Que preconceituoso! Alienado religioso! 
   Esses serão os gritos que ecoarão do meio da multidão se uma pessoa levantar esse questionamento.
   Sinceramente, respeito a opção sexual de cada um. E cada um faz o que quer com o que é seu, mas não venham me dizer que da união de dois homens vai sair uma prole; muitos menos da união entre duas mulheres. E se caso esses "casais" adotem, para "caricaturar" uma Fami - ilha, que referência a pobre criança irá ter? Ver dois homens se esfregando pelos cantos da casa? Duas mulheres se agarrando pelos cômodos?
   Se para um casal normal (HOMEM+MULHER), ser flagrado no ato sexual por uma criança já traz para a criança um impacto grandioso em seu psicológico, imagine a criança entrar sem querer no quarto e ver os pais ( ou caricaturas de pais) "atracados" ( desculpas pelo termo ao público) em plena "união sexual"?
   Essa é somente a ponta do iceberg.
   Se a "família é a célula mater da Sociedade", que tipo de sociedade teremos se essas idéias "progressistas" persistirem? ( E que PROGRESSO,HEIM?).
   Eu não quero nem pensar nos males sociais.
   Que dois homens se unam e digam que são uma família, tudo bem; que duas mulheres se unam e digam que são uma família, até aí NO PROBLEMA ( Como diria o T 101 de Jonh Connor ); mas aceitar que essas "famílias" adotem crianças, peraí né? É de acabar o restinho de bom senso do país.
   Não nego os direitos desse povo, e que devem ser respeitados nas suas opções, mas tudo nessa vida tem limite.
   Eis aí a reflexão caros leitores, e se você ainda tem dúvidas sobre o que eu disse, ponha dois gatinhos ou duas gatinhas juntas, dois cavalinhos e duas eguinhas juntas, enfim, duas criaturas do mesmo sexo num determinado lugar e espere que procriem. Você vai morrer, seu corpo virará cinzas e não vai acontecer nada; a não ser todos morrerem e não ficar fruto algum para servir de semente.

Maximus Decimus Meridius

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Menor e a Lei Penal Brasileira

" Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial." Código Penal Brasileiro Art. 27

   É assim que está escrito no nosso Código Penal. O menor não pode assumir as ações que lhe são imputadas. Não é dono de si, e portanto não responde pelos crimes que por ventura vier a cometer. Lindo! Maravilhoso! Os parabéns aos magnificos juristas que elaboraram esse artigo.Aplausos!
   Dessa maneira, maiores agem ilicitamente, poem a culpa no lombo do menor e show de bola; caso resolvido! Menor não comete crime! Só ato infracional. Nome bonito, pomposo.Gostou? Mas o foco da questão não é esse, muito pelo contrário, pois já nos acostumamos a ver as reportagens no noticiário.
   A pergunta que não quer calar, é por que o menor não pode responder por seus atos, mas pode eleger políticos em época de eleição. Pense num caso inusitado! A Lei Brasileira - que é justa; não, justíssima para todos os brasileiros - não vê isso ( ah, esqueci que a pobrezinha é cega).
   Votações e mais votações, emendas e mais emendas constitucionais e o escremento continua a feder.
   O que acontece, caro leitor, é que esses legisladores estão vendo, mas não querem aceitar essa realidade. E sabe por quê? Simplesmente porque eles têm filhos mais delinguentes do que esses menores que estão aí a cometer "infrações". Sem falar que eles não estão nem aí para  votar uma mudança no Código Penal porque estão "protegidos" em suas casas, com seus seguranças e todo um aparato que os "protege" desses "pequeninos infratores".
   Enquanto muitos sobem às custas dos votos dos ditos "inimputáveis", a sociedade fica a sofrer, refém de suas próprias leis, e acima de tudo, daqueles que deveriam zelar pela sua execução e manutenção.

   (...)

Fox Sierra Commando
 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A Mudança e o Sofrimento

"A lagarta morre quando forma a crisálida. A planta morre quando engraece. Quem quer que esteja na muda conhece a tristeza e a angústia."

   Como seres humanos, que nascemos indefesos e temos que enfrentar a vida, a problemática da mudança e sua relação com o sorimento tem sido o grande pesadelo para muitos filósofos, pensadores, cientistas e até mesmo nós; simples leigos.
   Por mais que seja penoso, temos que ser capazes de discernir com profundidade o significado da mudança e o modo como o sofrimento vem atrelado a ela. 
   Com o passar do tempo aprendemos que para crescer temos que mudar. "É preciso mudar sempre para continuar sendo o mesmo", dizia Dom Hélder. E mudança pressupõe sofrimento, o que faz com que muitos se acomodam em suas "vidinhas", e com medo do sofrer que a mudança pode ocasionar, fecham-se para sempre em suas crisálidas, perdendo assim a oportunidade de crescer e lançar raízes mais profundas.
   Continuar sendo o mesmo requer de nós decisões, decisões requerem sofrimentos; sejam eles de ordem física ou psicológica. Talvez seja por isso que muitos hojem vivam a base de antidepressivos e calmantes. Porque ainda não aceitaram essa dolorosa, mas verdadeira realidade.
    O que nos leva a vencer obstáculos é a capacidade de discernimento e aceitação de realidades concretas.Para que isso ocorra, devemos cultivar em nosso interior a vontade de vencer e a determinação característica daquele que não mede esforços para transpor as barreiras que a vida lhe impõe; entretanto, para isso é preciso conhecermos a "tristeza e a angústia"; e essencialmente, o modo como agir no momento de crise, pois a crise "não é um mal que se abate sobre o homem. É um momento crucial que produz sofrimentos, mas também um momento iluminador que provoca decisões e tomadas de posição verdadeiramente salvadoras.
    Necessitamos muito compreender essa verdade. E quanto mais tivermos a clareza da relação entre a mudança e o sofrimento, com mais garra e firmeza venceremos as dificuldades que nos são apresentadas.
   "A poda dói. Mas é a poda que limpa os ramos, raspa as superficialidades, para permitir  que as flores rebentem e o fruto apareça."
   Só compreendendo esse binômio seremos capazes de caminhar em busca da plenitude humana. Um passo a mais na compreensão e assimilação da arte de viver.


Dafoe

Análise de um Caso Recente

Um Policial Militar foi morto em São Paulo por um assaltante. Um caso não muito raro hoje em dia. O trabalhador que luta para ganhar o sustento de modo honesto e o indivíduo que vive a "vida mansa" se aproveitando do cidadão de bem.

Por trás desse triste fato, fica-nos o questionamento do por quê que o PM não tirou a vida do indivíduo quando teve chance. Pois após entregar a moto ao "cidadão infrator", como dizem os "DIREITOS HUMANOS", o PM teve a chance de disparar contra ele.

Ao invés disso, decidiu apenas render o "cidadão infrator" ( para não dizer, vagabundo, em respeito aos nobres Juízes, Promotores e Senhores da Lei Brasileira ) pondo a arma em suas costas e recebendo do "cidadão" uma saraivada de balas que ceifou-lhe a vida.

Muitos dirão que o PM não soube trabalhar, que foi "bobinho" acreditando que iria reaver seu bem, dar voz de prisão e conduzir o indivíduo a DP mais próxima.

Eu não!

Digo que ele só não tirou a vida daquele vagabundo cretino ( Desculpas aos Direitos Humanos ) porque teve medo da CORREGEDORIA e dos Juízes e Promotores que legislam divinamente no nosso País. Por sinal, de maneira brilhante. dando direitos a esses vagabundos e punindo severamente quem agem como devia.

Só um exemplo: efetuamos uma prisão em flagrante delito, com a tipificação do Art.155 CP; e no dia da audiência, na frente do acusado, a Digníssima Juíza ainda teve o disparate de perguntar se nós tínhamos certeza de que era mesmo o réu que agia na ocasião. " O senhor tem certeza absoluta que era esse homem que estava furtando?"

Como se nós, Policiais, tivéssemos incriminado aquele "pobre cidadão." Isso por vezes acontece, mas em situações onde o flagrante não existe. O caso tinha sido flagrante, e vimos a ação no momento em que ocorria.

O Policial imaginou que agindo do modo como devia ( atirando na cabeça daquele infeliz ) ele seria crucificado pelo Código Penal Militar e pelos Magistrados da nossa ágil Justiça Brasileira; que é justa para todos, sem exceção.

Tendo o dito pelo não dito, o feito pelo não feito, o PM perdeu a vida. Sua família fica sem ele; e o vagabundo em breve sairá da prisão. Se é que um bom advogado ainda não o tirou, sob o forte argumento de "que o pobrezinho foi uma pessoa sem opções e fez aquilo porque foi forçado pelo Sistema."

Meus sinceros pêsames à família desse irmão de farda.

Que Deus o acolha, e que os demais Policiais, Civis ou Militares tenham a coragem de enfrentar as "Côrtes Marciais", a Corregedoria e os Promotores e Juízes desta Pátria.

( ... )


Fox Sierra Commando

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Desafios do Homem (Parte I) O Despertar para a Criatividade

“O homem para crescer, deve criar e não repetir...”


A vida em sociedade é o grande desafio para o homem em todos os tempos. Principalmente nos atuais, onde nos vemos envoltos em tramas que nos superam, e mais que isso: exigem de nós uma imensa habilidade de adaptação e superação de si para continuar caminhando incólume diante das inúmeras dificuldades que nos são apresentadas.

Num mundo tão globalizado e competitivo como o nosso, a vida torna-se difícil quando não temos o intuito de nos superar, e adentramos num comodismo que nos poda os passos e nos afasta do propósito real de nossa existência.

Talvez seja por isso que muitos optam por copiar. O ser humano, de uns tempos pra cá, tem perdido o elo com o transcendente e consigo mesmo; tem se deixado levar pela multidão. “Mergulhado na multidão, o homem perde sua liberdade, pois acaba sendo arrastado pela massa. Não pode escolher a direção. Torna-se joguete de forças estranhas. Ou a massa corta a pressa ou acelera o passo, obrigando o indivíduo a aceitar uma velocidade que o grupo impõe.”

É com base nessa “imposição” que nos perdemos, e sem rumo ficamos a vagar sem saber quais as decisões devemos priorizar, como um barco à deriva em meio a tormenta do mundo ao nosso redor. Clarice Lispector escreveu que é preciso mudar, todavia a direção é mais importante que a velocidade.

Assim sendo, somos convidados a refletir sobre nossas ações. Estamos criando nossas próprias opiniões, nossos próprios hábitos ou simplesmente estamos copiando? Esse é o grande desafio que nos é colocado. Um entre muitos, mas aquele desafio que nos fala pessoalmente, pois nos questiona sobre nossa originalidade e sobre o modo com reagimos às imposições midiáticas, que nos convida a imitar, e por de lado a nossa capacidade e o nosso poder de raciocínio e de decisão.

Por meio da imitação, deixamos de lado nossa capacidade de pensar, de inferir e questionar a realidade. “Deixamos de seguir certas inspirações, porque ninguém assim age, e realizamos outras pelas simples razão de os outros assim procederem.”
Um caminho confuso, que em nada contribui para o nosso crescimento; ao contrário, nos torna autômatos, meras cópias. Plantas estagnadas num solo infértil e improdutivo, embora nosso nascimento tenha tido outro propósito. “Ou cresce e vive e se transforma, ou não vai além de cadáver.”

Esse deve ser nosso foco: conseguirmos a superação de nós mesmos por meio da criatividade, e acima de tudo, da confiança na capacidade intrínseca que cada um trás dentro de si. Sem medo de errar, pois “o gesto que triunfa é feito de todos aqueles que falham o alvo...”


Dafoe

Carta de um professor a uma amiga nas vésperas das Eleições Presidenciais

Afogados da Ingazeira - PE, 28/10//2010


Querida amiga Silvia é com muita satisfação e privilégio de ser teu amigo que, venho através destes escritos,e com todo respeito pedir-te que vote em Dilma nas eleições do dia 31 se outubro. Pois estou lhe convidando para juntos entrarmos para a história desse país, para juntos elegermos a primeira mulher a presidente da República.

Agora chegou à hora da mulher, com mais atitude, mais fé, chegou a hora de quem tem mais amor, mais carinho, mais solidariedade, mais atenção e mais sensibilidade e competência que uma mulher tem e com certeza vai saber também cuidar muito bem do nosso país.

O importante é saber que com o lula e a Dilma o povo desse Brasil virou gente de verdade, adquirindo mais respeito, mais dignidade, mais esperança e mais qualidade de vida.

Com o Lula a esperança venceu o medo e com a Dilma a verdade vencerá a mentira.

O PSDB é um retrocesso para o crescimento econômico e sustentável do país. Hoje o Brasil é mais justo socialmente e milhões de brasileiros resgataram a condição de vida que jamais tiveram e, hoje vivem melhores, com mais renda, mais estudo, mais faculdades, mais empregos, e com mais condições de seguir sonhando na vida.

O que eu quero dizer realmente para ti, é que, o modelo de governara do PT e aliados é realmente diferente e mais humanizado, é muito mais voltado para o povo, para uma distribuição de renda mais justa, mais conhecimento, mais tecnologia e mais cultura.

É lógico que não existem governos perfeitos e principalmente com um país tão grande como é o nosso. Mas tenho certeza que o PT faz bem para maioria da sociedade brasileira, não é por acaso que o governo lula tem aprovação de 82% do povo.

A Dilma tem apoio de intelectuais, reitores, professores, juventude , artistas , filósofos,prefeitos, governadores , parlamentares e senadores do congresso nacional, por que sabem e não querem que o Brasil volte para trás feito caranguejo.

"Tudo vale a pena se a alma não é pequena" "tenho em mim todos os sonhos do mundo" já dizia o grande poeta Fernando Pessoa. É por isso, que eu acredito e tenho a esperança que, Dilma seja ainda melhor que o Lula, sabe por quê? Porque o coração de uma mulher é ainda mais doce do que qualquer milhões de homens carecas juntos..

Posso está sendo radical e intransigente escrevendo para ti, mas não me leve a mal, vote em quem tu quiseres. Isso é democracia. Só quero te alertar como amigo e professor de história, da farsa que representa o serra e o PSDB, eles realmente tem essa prática de governar para as elites dominantes mineiras e paulistas. Só não vê quem não quer.
Hoje o Brasil está bem melhor. Eu acredito que Dilma vai ganhar e o Brasil continuará melhorando e avançando em outras áreas para desenvolver ainda mais esta grande nação brasileira.

Preciso fazer essa análise crítica, é preciso ser muito ignorante e alienado para votar em um candidato que se diz perfeito e que, promete o paraíso para sociedade e, sobretudo para as elites paulistas e mineiras. Se ele não consegue resolver os problemas dos paulistas, imagine os problemas do Brasil.

É bom lembrar que quando Dilma estava lutando contra a ditadura militar na guerrilha para libertar os presos políticos no Brasil, o serra estava fora do país, no exílio. O que eu mais admiro no serra é o cinismo, a perfeição de pessoa que ele é e o homem mais verdadeiro do mundo.

Não quero dizer-te que sou o dono da verdade, é só uma questão de indignação. é esta análise que faço sobre a direita podre dessa sociedade, querendo voltar a qualquer custo para o poder.

Muito obrigado pela atenção que sempre tivesse por mim.

Desejo-te felicidades.

Um abraço do teu mago pernambucano.


Álvaro Cézar de Almeida

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Em tempos de "política" é necessário refletir sobre POLÍTICA. (Parte II)

Parece tolo continuar escrevendo este artigo de opinião três dias depois do resultado das últimas eleições presidenciais. Talvez o seja! No entanto, foi do nosso interesse que assim o fosse. Propusemo-nos a observar os resultados das eleições presidenciais para, deste modo, continuar a nossa reflexão a respeito do tema Política, que iniciamos em “Em tempos de “política” é necessário refletir sobre POLÍTICA”.
Sem a pretensão de resgatar os conceitos abordados anteriormente, continuemos.
Toca-nos, neste momento, observando os resultados das eleições presidenciais do último domingo e todos os dados empíricos que nos apresentam as estatísticas, que o Brasil está longe de ser um país Laico, segundo consta em sua Constituição.
Evidentemente, e experiencialmente, as religiões tem ainda hoje uma grande força no que tange a tomada de decisão dos brasileiros quando decidem os rumos da nação. Ficou mais que exposto que os fieis buscam tomar suas decisões orientando-se por seus preceitos religiosos ou, como dizem as grandes instituições, segundo pregam suas doutrinas. Esse respeito por parte dos fieis é tão relevante que fez o sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana escrever uma declaração à respeito do momento político vivido no Brasil, aconselhando os seus fieis sobre o melhor modo como devem proceder nas eleições e reafirmando que “a Igreja Católica tem, sim, que se posicionar politicamente: a política faz parte das atividade do cristão.”
A influência religiosa em um país laico como o Brasil é algo constante em todos os momentos de atividade política, seja em nível de país, como de estado e, indubitavelmente, de município. Se é algo positivo ou negativo, deixamos que o leitor faça suas próprias inferências. O fato é que se as religiões influem de tal modo nas decisões que toma o Brasil para o bem da população, essas decisões são tomadas segundo o interesse de certas denominações religiosas, representando um determinado seguimento da sociedade que visa não o bem da nação por uma ótica do todo, respeitando todas as partes existentes no país, independentemente de credo religioso, mas visa os interesses da instituição da qual fazem parte. Não nos faltam exemplos: a descriminalização do aborto, por exemplo, é ferrenhamente bombardeada por algumas instituições religiosas. Estas colocam-se contra este programa que, segundo nossa necessidade, tornou-se causa de saúde pública. Mas as religiões, como o Catolicismo, posicionam-se contra, argumentando que o aborto é uma atitude que desrespeita a vida e encaminha-se diretamente contra os preceitos e a vontade de Deus. Ora, o que é mais importante para a nação, respeitar a “vontade de Deus” ou evitar que milhões de mulheres morram em clínicas cirúrgicas clandestinas, em práticas escondidas de aborto?
O casamento entre pessoas do mesmo sexo também é alvo de duras críticas por parte das instituições em questão. Do mesmo modo como o aborto não é “vontade de Deus”, o casamento entre homossexuais é “antinatural e não gera a vida, senão, é contra as suas virtudes”. Então, questionamos: o que é correto decidir um país laico, excluir os direitos de pessoas homossexuais, que são igualmente cidadãos, segundo afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a nossa própria Constituição, incluindo essas pessoas à classe que ora é considerada normal, respeitando os preceitos religiosos e suas exigências, ou incluímos essas pessoas e damos a elas os seus devidos direitos e deveres como cidadãos que são, segundo apontam nossas normas constitucionais?
A influência conquistada pela religião em nosso país, e podemos dizer que não apenas em nosso país, mas em inúmeros outros, (apesar de que, a respeito de questões como as que ora tratamos, países que têm influência religiosa acentuada já tem dado significativos passos, como é o caso da Argentina, que recentemente aprovou o casamento entre homossexuais), descreve proficientemente o quanto entendemos de política: afastamo-nos acentuadamente da essência do ser político, da prática essencialmente política como a compreendemos em seu termo original. Esse afastamento não é algo, ousamos assegurar, positivo. À medida que nos afastamos do sentido originário da prática política, oportunizamos que outras práticas se instaurem em nossas vidas. Essas outras práticas podem não estar interessadas necessariamente no bem de todos e queiram, por isso mesmo, privilegiar certo grupo, ou determinados grupos. Esse privilégio de uns e desprivilegio de outros não é, decididamente, POLÍTICA.




Comunicando

Resposta de um Nordestino a digníssima estudante de Direito Mayara Petruso

Veja as declarações desta xenófoba e a resposta a seus insultos:




Copiado do blog: http://www.triunfob.com/#ixzz179dKaN00
 
 
   Senhorita Mayara Petruso, creio que a senhorita encontra-se no lugar errado. E mais, que ao invés de Direito, devia fazer faculdade de Letras para aprender a escrever corretamente.
   Quanto a sua colocação irresponsável com relação ao povo Nordestino, é triste ver o quanto você é desinformada, além de ser vil e preconceituosa. Para sua informação, São Paulo, a quem você manda “afogar um nordestino”, foi construída por meio da exploração de milhões de nordestinos expulsos de suas terras pela seca.
   E para complementar, estudante de Direito: a culpa de o Nordestino migrar para sua terra querida - que você defende de maneira baixa e irresponsável – é nada mais nada menos, dos políticos a quem você defende com tanta veemência. Eles é que se aproveitaram da seca para fazer o povo nordestino refém. Se você fosse uma pessoa informada saberia desses dados; mas não, você é do tipo de pessoa que fica perdida no mundinho da fantasia e do Direito. E mais, usa dos meios de comunicação para desferir seu veneno.
   Tenha coragem, estudante covarde! Fale isso em público, covarde preconceituosa! Mande o POVO Brasileiro se f...., como você fez de sua casa, ou de onde quer que tenha postado suas idiotices! Seja mulher!
   Dispenso aqui elencar os demais adjetivos que você merece, e desde já afirmo que é uma vergonha uma Faculdade de Direito aceitar pessoas do seu quilate! Por essas e outras, hoje as faculdades, além do vestibular, deveriam aplicar um teste psicológico, para averiguar o tipo de pessoa que adentra suas dependências!
  Será uma vergonha, mais que isso, um disparate, se a OAB aceitar em seus quadros uma pessoa como você! Doente mental preconceituosa, e acima de tudo, iletrada! Que não respeita ninguém e que não tem o mínimo patriotismo.
   Xenófoba!
   É uma pena que no Brasil ainda existam pessoas como você. Creio que seus pais não lhe ensinaram a ter educação, ou será que foram eles que lhe ensinaram a ser preconceituosa e baixa? Tem um ditado no Nordeste que diz que “costume de casa sai na praça”. Será que foi isso que aconteceu com você, estudante mal amada!?
   Recomendo que procure um psicólogo! Você está precisando!
   Quanto ao desespero de seu candidato não ter sido eleito, o Brasil foi governado, e bem governado por um Nordestino! Que isso lhe sirva de lição e que você aprenda a ter respeito por aqueles que levantaram sua digníssima cidade!
   Lave a boca pra falar do POVO NORDESTINO, estudante de Direito! E tenha mais educação ao se referir ao POVO BRASILEIRO. As sanções à sua crítica virão! Pode aguardar!

Dafoe

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Íntegra do pronunciamento de Dilma Rousseff

Veja a íntegra do pronunciamento de Dilma Rousseff como presidente eleita:
"Minhas amigas e meus amigos de todo o Brasil,
É imensa a minha alegria de estar aqui. Recebi hoje de milhões de brasileiras e brasileiros a missão mais importante de minha vida. Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro, portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade.
A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!
Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país. Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social. Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa. Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto. Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados em nossa constituição. Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República.
Nesta longa jornada que me trouxe aqui pude falar e visitar todas as nossas regiões. O que mais me deu esperanças foi a capacidade imensa do nosso povo, de agarrar uma oportunidade, por mais singela que seja, e com ela construir um mundo melhor para sua família. É simplesmente incrível a capacidade de criar e empreender do nosso povo. Por isso, reforço aqui meu compromisso fundamental: a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras.
Ressalto, entretanto, que esta ambiciosa meta não será realizada pela vontade do governo. Ela é um chamado à nação, aos empresários, às igrejas, às entidades civis, às universidades, à imprensa, aos governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem.
Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres estiverem abandonadas à própria sorte. A erradicação da miséria nos próximos anos é, assim, uma meta que assumo, mas para a qual peço humildemente o apoio de todos que possam ajudar o país no trabalho de superar esse abismo que ainda nos separa de ser uma nação desenvolvida.
O Brasil é uma terra generosa e sempre devolverá em dobro cada semente que for plantada com mão amorosa e olhar para o futuro. Minha convicção de assumir a meta de erradicar a miséria vem, não de uma certeza teórica, mas da experiência viva do nosso governo, no qual uma imensa mobilidade social se realizou, tornando hoje possível um sonho que sempre pareceu impossível.
Reconheço que teremos um duro trabalho para qualificar o nosso desenvolvimento econômico. Essa nova era de prosperidade criada pela genialidade do presidente Lula e pela força do povo e de nossos empreendedores encontra seu momento de maior potencial numa época em que a economia das grandes nações se encontra abalada.
No curto prazo, não contaremos com a pujança das economias desenvolvidas para impulsionar nosso crescimento. Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas.
Longe de dizer, com isso, que pretendamos fechar o país ao mundo. Muito ao contrário, continuaremos propugnando pela ampla abertura das relações comerciais e pelo fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações.
Mas é preciso reconhecer que teremos grandes responsabilidades num mundo que enfrenta ainda os efeitos de uma crise financeira de grandes proporções e que se socorre de mecanismos nem sempre adequados, nem sempre equilibrados, para a retomada do crescimento.
É preciso, no plano multilateral, estabelecer regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mercados de financiamento, limitando a alavancagem e a especulação desmedida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas. Atuaremos firmemente nos fóruns internacionais com este objetivo.
Cuidaremos de nossa economia com toda responsabilidade. O povo brasileiro não aceita mais a inflação como solução irresponsável para eventuais desequilíbrios. O povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável.
Por isso, faremos todos os esforços pela melhoria da qualidade do gasto público, pela simplificação e atenuação da tributação e pela qualificação dos serviços públicos. Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos.
Sim, buscaremos o desenvolvimento de longo prazo, a taxas elevadas, social e ambientalmente sustentáveis. Para isso zelaremos pela poupança pública.
Zelaremos pela meritocracia no funcionalismo e pela excelência do serviço público. Zelarei pelo aperfeiçoamento de todos os mecanismos que liberem a capacidade empreendedora de nosso empresariado e de nosso povo. Valorizarei o Micro Empreendedor Individual, para formalizar milhões de negócios individuais ou familiares, ampliarei os limites do Supersimples e construirei modernos mecanismos de aperfeiçoamento econômico, como fez nosso governo na construção civil, no setor elétrico, na lei de recuperação de empresas, entre outros.
As agências reguladoras terão todo respaldo para atuar com determinação e autonomia, voltadas para a promoção da inovação, da saudável concorrência e da efetividade dos setores regulados.
Apresentaremos sempre com clareza nossos planos de ação governamental. Levaremos ao debate público as grandes questões nacionais. Trataremos sempre com transparência nossas metas, nossos resultados, nossas dificuldades.
Mas acima de tudo quero reafirmar nosso compromisso com a estabilidade da economia e das regras econômicas, dos contratos firmados e das conquistas estabelecidas.
Trataremos os recursos provenientes de nossas riquezas sempre com pensamento de longo prazo. Por isso trabalharei no Congresso pela aprovação do Fundo Social do Pré-Sal. Por meio dele queremos realizar muitos de nossos objetivos sociais.
Recusaremos o gasto efêmero que deixa para as futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança.
O Fundo Social é mecanismo de poupança de longo prazo, para apoiar as atuais e futuras gerações. Ele é o mais importante fruto do novo modelo que propusemos para a exploração do pré-sal, que reserva à Nação e ao povo a parcela mais importante dessas riquezas.
Definitivamente, não alienaremos nossas riquezas para deixar ao povo só migalhas. Me comprometi nesta campanha com a qualificação da Educação e dos Serviços de Saúde. Me comprometi também com a melhoria da segurança pública. Com o combate às drogas que infelicitam nossas famílias.
Reafirmo aqui estes compromissos. Nomearei ministros e equipes de primeira qualidade para realizar esses objetivos. Mas acompanharei pessoalmente estas áreas capitais para o desenvolvimento de nosso povo.
A visão moderna do desenvolvimento econômico é aquela que valoriza o trabalhador e sua família, o cidadão e sua comunidade, oferecendo acesso a educação e saúde de qualidade. É aquela que convive com o meio ambiente sem agredi-lo e sem criar passivos maiores que as conquistas do próprio desenvolvimento.
Não pretendo me estender aqui, neste primeiro pronunciamento ao país, mas quero registrar que todos os compromissos que assumi, perseguirei de forma dedicada e carinhosa. Disse na campanha que os mais necessitados, as crianças, os jovens, as pessoas com deficiência, o trabalhador desempregado, o idoso teriam toda minha atenção. Reafirmo aqui este compromisso.
Fui eleita com uma coligação de dez partidos e com apoio de lideranças de vários outros partidos. Vou com eles construir um governo onde a capacidade profissional, a liderança e a disposição de servir ao país será o critério fundamental.
Vou valorizar os quadros profissionais da administração pública, independente de filiação partidária.
Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrio.
A partir de minha posse serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.
Nosso país precisa ainda melhorar a conduta e a qualidade da política. Quero empenhar-me, junto com todos os partidos, numa reforma política que eleve os valores republicanos, avançando em nossa jovem democracia.
Ao mesmo tempo, afirmo com clareza que valorizarei a transparência na administração pública. Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito. Serei rígida na defesa do interesse público em todos os níveis de meu governo. Os órgãos de controle e de fiscalização trabalharão com meu respaldo, sem jamais perseguir adversários ou proteger amigos.
Deixei para o final os meus agradecimentos, pois quero destacá-los. Primeiro, ao povo que me dedicou seu apoio. Serei eternamente grata pela oportunidade única de servir ao meu país no seu mais alto posto. Prometo devolver em dobro todo o carinho recebido, em todos os lugares que passei.
Mas agradeço respeitosamente também aqueles que votaram no primeiro e no segundo turno em outros candidatos ou candidatas. Eles também fizeram valer a festa da democracia.
Agradeço as lideranças partidárias que me apoiaram e comandaram esta jornada, meus assessores, minhas equipes de trabalho e todos os que dedicaram meses inteiros a esse árduo trabalho. Agradeço a imprensa brasileira e estrangeira que aqui atua e cada um de seus profissionais pela cobertura do processo eleitoral.
Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento.
Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras. As criticas do jornalismo livre ajudam ao pais e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório.
Agradeço muito especialmente ao presidente Lula. Ter a honra de seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guarda para a vida toda. Conviver durante todos estes anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu pais e por sua gente. A alegria que sinto pela minha vitória se mistura com a emoção da sua despedida.
Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós. Baterei muito a sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta. Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade. A tarefa de sucedê-lo é difícil e desafiadora. Mas saberei honrar seu legado. Saberei consolidar e avançar sua obra.
Aprendi com ele que quando se governa pensando no interesse público e nos mais necessitados uma imensa força brota do nosso povo. Uma força que leva o país para frente e ajuda a vencer os maiores desafios.
Passada a eleição agora é hora de trabalho. Passado o debate de projetos agora é hora de união. União pela educação, união pelo desenvolvimento, união pelo país. Junto comigo foram eleitos novos governadores, deputados, senadores. Ao parabenizá-los, convido a todos, independente de cor partidária, para uma ação determinada pelo futuro de nosso país.
Sempre com a convicção de que a Nação Brasileira será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ela.
Um abraço a cada um, meus amigos e minhas amigas."
Da agência O Globo

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