quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Verdadeiro Significado do Natal

   O ano está chegando ao fim. As lojas desde outubro já falavam no assunto: a chegada do Natal. Mais um ano que se vai; mais uma corrida consumista por lojas e shoppings do mundo inteiro.
   Assim terminamos o ano de uma maneira vazia e extremamente sem significados: pensando que o Natal é uma época apenas de consumir, consumir, consumir; gastar, gastar e gastar; mesmo que seja por "uma boa causa". Para presentear amigos, familiares, ou até mesmo bajular pessoas que sequer nos consideram, mas das quais "dependemos" para continuar "gastando".
   Dessa maneira, e com esse pensamento deveras mesquinho, perdemos o foco verdadeiro dessa solenidade de valor inestimável. Alguns vasculham suas casas, tiram todo o lixo, compram móveis novos e até mudam-se de residência. Tudo para começar o ano novo com tudo novo.
   Nisso, esquecemos que "o verme se acha no coração do homem.", como sabiamente define Albert Camus em sua célebre obra o Mito de Sísifo.E continuamos com o coração cheio de tralhas e sentimentos destrutivos, embora tenhamos distribuídos presentes e mais presentes.
   Lembramos de "todo mundo", das coisas supérfluas que em nada nos ajudam a construir; ao invés, apenas a repetir. E nos perdemos sem rumo porque nos esquecemos de nos reconciliar, primeiro com nós mesmos; segundo, com nosso irmão; e terceiro, com aquele que deseja nascer em nosso coração.
   Ao invés de nos preocuparmos com aspectos passageiros, com visões periféricas e essencialmente restritas da realidade, deveríamos buscar o elo perdido com o sagrado; com o mundo ao nosso redor e com o compromisso que cada um tem consigo e com o próximo.
   Só assim poderemos viver esse tempo com plenitude e sabedoria. Pois agindo dessa forma o Natal toma sentido,e as coisas toma um rumo mais autêntico, assumindo desse modo, o aspecto verdadeiro e característico de uma solenidade que nos une e acima de tudo: mostra-nos o semblante do Cristo que nasce e que transforma nossos corações e ilumina o nosso viver.

Dafoe

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