quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Trabalhar ou não trabalhar no dia de Sábado

" Antes que se inaugurasse o regime da fé, nós éramos guardados, como prisioneiros, sob o jugo da Lei. "
                                     Gálatas 3,23

   Incrível o que o Apóstolo Paulo fala aos Gálatas. Antes do regime da fé, éramos prisioneiros sob o jugo da Lei. Belo.E para quem não sabe, ou se nega a aceitar, vivemos dois regimes: o ANTES DE CRISTO, ou o Regime da Lei; e o DEPOIS DE CRISTO, ou Regime da Fé. Certo?
   Então, se foram dois regimes, um passou e o outro vigora; todavia, muitos ainda estão presos ao Regime da Lei e esquecem que o novo Regime, ou o da Fé, deve ser vivido em plenitude.
   A questão que suscito hoje é a polêmica sobre o Dia de Sábado, aproveitado por muitos como subterfúgio de divisões, proselitismos e essencialmente: exercício da preguiça. Sem falar que muitos perdem empregos por causa disso. E isso é somente a ponta do iceberg.
   Independente de credo religioso, ou de quem quer que seja que siga essa prática judaíca, gostaria de apresentar algumas considerações sobre a questão.
   Primeiro: "A Lei foi como um educador que nos conduziu até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Mas, uma vez inaugurado o regime da fé, já não estamos na dependência deste educador." Essa afirmação não vem de mim, mas de Paulo; em Gálatas 3, 25-26.
   Segundo: "A Lei não justifica ninguém diante de Deus, já que é pela fé que o justo viverá."
   Terceiro: " Cristo nos resgatou da maldição da lei."
   Todas essas citações estão na Carta aos Gálatas, entre os capítulos 3 e 4. Confiram.
   Agora vamos ao que interessa: "Quem pretende observar a Lei inteira, mas comete transgressão num só ponto, torna-se culpado contra toda a Lei." Quem disse? Ora, ora: Tiago, lá no capítulo 2, versículo 10. Mas prossigamos, pois ainda não cheguei onde desejo. Vejamos agora essa citação, do Regime da Lei: " No sábado oferecerás dois cordeiros de um ano, sem defeito, e como oblação, dois jarros de quatro litros de farinha fina, amassada com azeite, e a respectiva libação. É o holocausto do sábado, a ser feito a cada sábado." E onde está isso? Ora, ora: Números 28,9-10.
   Creio que já chega. Agora, a pergunta que não quer calar: quem diz que guarda o sábado faz essas ofertas todo sábado? Fica aí o questionamento e sem dúvida alguma a indagação pairando sobre o ar. Eis o  Legalismo religioso pé torado: fazem umas coisas e se esquecem de outras, o que reicide em erro e bate logo de frente com a última prerrogativa apresentada na Epístola de Tiago.
   O Cristianismo verdadeiro não pode estar preso a regras arcaícas e a legalismos vazios e retrógrados. E essa verdade não sou eu que apresento, mas sim Cristo. Basta ver seu diálogo com o jovem rico lá em Mateus 19, de 16a 26; ou seu diálogo com os fariseus ainda em Mateus 22, de 34 a 40.
   Enquanto ficamos com picuinhas religiosas e leis ultrapassadas, muitos sofrem com a nossa inércia, nossa preguiça e o nosso comodismo. Que importa se é o sábado, o domingo, a segunda, a terça ou a quarta; se observando esses dias estamos deixando o irmão morrer à mingua na beira do caminho, como aquele levita e aquele escriba que viram o homem jazendo e nada fizeram para ajudá-lo. Será que era um dia de sábado? E  nem vou dizer quem o resgatou, nem de que parábola se trata.
   Ponhamos a mão em nossa consciência.

Saulo de Tarso

Nenhum comentário:

Postar um comentário