“O homem para crescer, deve criar e não repetir...”
A vida em sociedade é o grande desafio para o homem em todos os tempos. Principalmente nos atuais, onde nos vemos envoltos em tramas que nos superam, e mais que isso: exigem de nós uma imensa habilidade de adaptação e superação de si para continuar caminhando incólume diante das inúmeras dificuldades que nos são apresentadas.
Num mundo tão globalizado e competitivo como o nosso, a vida torna-se difícil quando não temos o intuito de nos superar, e adentramos num comodismo que nos poda os passos e nos afasta do propósito real de nossa existência.
Talvez seja por isso que muitos optam por copiar. O ser humano, de uns tempos pra cá, tem perdido o elo com o transcendente e consigo mesmo; tem se deixado levar pela multidão. “Mergulhado na multidão, o homem perde sua liberdade, pois acaba sendo arrastado pela massa. Não pode escolher a direção. Torna-se joguete de forças estranhas. Ou a massa corta a pressa ou acelera o passo, obrigando o indivíduo a aceitar uma velocidade que o grupo impõe.”
É com base nessa “imposição” que nos perdemos, e sem rumo ficamos a vagar sem saber quais as decisões devemos priorizar, como um barco à deriva em meio a tormenta do mundo ao nosso redor. Clarice Lispector escreveu que é preciso mudar, todavia a direção é mais importante que a velocidade.
Assim sendo, somos convidados a refletir sobre nossas ações. Estamos criando nossas próprias opiniões, nossos próprios hábitos ou simplesmente estamos copiando? Esse é o grande desafio que nos é colocado. Um entre muitos, mas aquele desafio que nos fala pessoalmente, pois nos questiona sobre nossa originalidade e sobre o modo com reagimos às imposições midiáticas, que nos convida a imitar, e por de lado a nossa capacidade e o nosso poder de raciocínio e de decisão.
Por meio da imitação, deixamos de lado nossa capacidade de pensar, de inferir e questionar a realidade. “Deixamos de seguir certas inspirações, porque ninguém assim age, e realizamos outras pelas simples razão de os outros assim procederem.”
Um caminho confuso, que em nada contribui para o nosso crescimento; ao contrário, nos torna autômatos, meras cópias. Plantas estagnadas num solo infértil e improdutivo, embora nosso nascimento tenha tido outro propósito. “Ou cresce e vive e se transforma, ou não vai além de cadáver.”
Esse deve ser nosso foco: conseguirmos a superação de nós mesmos por meio da criatividade, e acima de tudo, da confiança na capacidade intrínseca que cada um trás dentro de si. Sem medo de errar, pois “o gesto que triunfa é feito de todos aqueles que falham o alvo...”
Dafoe
Um texto interessante que trás uma reflexão necessária.
ResponderExcluirSugiro, entretanto, que cuide-se melhor da forma: o aparente de um texto também é uma exigência de um leitor exigente.