quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Quem não sente não é boa gente

Estou chocado pela terrível morte de Eduardo Campos. Não votaria nele, não simpatizo com seu partido mas reconheço a importância dele para despolarizar a disputa. Sua morte favoreceu o PT e Dilma. É inevitável ao conhecer o histórico de convenientes acidentes nos desafetos do Partido não achar suspeito.
E o que mais me entristece é que secretamente os petistas, estes seres imorais, estão fazendo "top top top" assim como fizeram com a morte de 199 pessoas em Congonhas. É certeza que em breve algum deles será pego numa gafe destas.

Quanto aos "mui católicos" que derramaram sua bílis sobre as cinzas ainda quentes do candidato, que vergonha! Primeiro porque com a geléia geral de esquerdismo em todas as matizes na política brasileira é difícil aplicar a excomunhão latae sententiae, tecnicamente todos estão excomungados, até quem vota no Pastor Everaldo. Segundo porque mesmo um excomungado não se pode afirmar da condenação, entre a pane e o chão houve tempo para todos a bordo refletirem. Terceiro por razão prática, Campos tirava votos de Dilma e o PSB é bem menos ruim que o PT, dizer que ambos são iguais é lavar o PT e ser idiota útil. Quarto porque - poxa vida - um avião caiu numa densa zona urbana e é algo para se chocar. Quinto porque "homo sum et ne a homi nihil a me alienum puto" - a lembrança da morte repentina dele lembra da morte que teremos, que pode ser repentina e no auge também. Memento mori! Toda morte choca porque nos faz pensar ma nossa. Como disse Nosso Senhor, ninguém sabe a hora em que o ladrão vai chegar. Quem sabe você, meu leitor, não chegará vivo a noite de hoje. Quem sabe eu não chegarei? Quem sabe?

Enfim, que tristeza.
Que perda!
Ai de ti, Brasil! Talvez o tempo do castigo realmente se aproxime.

Se o Senhor puniu Jerusalém que tinha bem mais méritos que nós... 

Frei Clemente Rojão 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Fanatismo constrói Templo de Salomão e casa para Macedo

Fachada do templo no dia da inauguração. (Foto: internet/reprodução)
O fanatismo constrói e sustenta o Templo de Salomão. Pois é, caríssimos leitores! O mais megalomaníaco templo religioso do mundo não só foi construído, como inaugurado na Capital Paulista, no dia 31 de julho passado. E diante de obra mais do que faraônica, podemos afirmar que algo de muito estranho está acontecendo com esta corrente religiosa, que ao que tudo indica baniu Jesus Cristo do templo, de onde Ele expulsou os vendilhões. 
Eu não sabia desta informação até ler o blog da Laura Capriglione, no Yahoo. Segundo informação da jornalista, a inscrição vista em todos os demais templos da Igreja Universal do Reino de Deus, que afirma: Jesus Cristo é o Senhor! Não pode ser vista no templo inaugurado no Brás. Lá, onde fica em exposição uma réplica da Arca da Aliança, o slogan foi substituído pela inscrição: Santidade ao Senhor! Eu que já estava com os pés e as mãos para traz, em sinal de receio quando vi uma reportagem do programa Sílvio Santos, sobre o local, fiquei rosa chiclete de espanto.
Na ocasião, achei muito estranho para um líder religioso, que se diz cristão, usar vestimentas tipicamente judias, no dia da bênção especial ao templo. Além disso, sempre fiquei encabulada com o fato das religiões evangélicas que já tive contato serem tão fiéis ao antigo testamento. A sensação que tenho é de que, a concepção deles, Jesus não tem lá muita expressão. Essa é uma impressão pessoal minha, ok?
Bom, mas o que me arrepia todos os cabelos do corpo, mas todos mesmo, é o fato de que este monumento teve um custo de nada mais, nada menos R$ 680 milhões. Sim. Essa bolada, que daria para custear obras assistenciais da própria igreja, ampliando assim, os benefícios legados aos mais necessitados, tirando definitivamente os fiéis de Edir Macedo da linha da pobreza. Entretanto, estes mesmos fiéis foram os responsáveis pela obra descomunal, que doravante será um dos pontos turísticos mais requisitados de São Paulo, em função da curiosidade em torno do local e sua magnitude.
Imagem da réplica da Arca da Aliança, no Templo de Salomão.
(Foto: internet/reprodução)
Sim, leitor e leitora. Esta construção foi feita com o dinheiro arrecadado pelo dízimo, que segundo pessoas do meu conhecimento e que são adeptas da Universal, tem que ser pago obrigatoriamente, sob pena do Senhor ferrar com a vida do devedor do tributo religioso. Interessante, é que uma delas, que era diarista na casa da minha mãe, sempre pagou religiosamente o dízimo, mas na hora de conseguir um teto para morar, precisou recorrer ao programa Vila Viva, instituído aqui em Belo Horizonte, pelo ex-prefeito Fernando Pimentel.
Ela já recebeu as chaves do seu apartamento no complexo do Taquaril, Região Leste da cidade. Porém, o mesmo foi custeado com recursos da sociedade, através do pagamento de impostos e não pelo dízimo de sua igreja. Na outra ponta desta história, vemos na edição do dia 01 de agosto, da Veja São Paulo, que o Bispo Macedo e sua celestial família se mudou, há cerca de um mês, para um apartamento de cobertura construído exclusivamente para ele no topo do templo. Ele pode morar lá, Jesus, a quem ele afirma seguir, não.
A situação é de admirar pelo fato de que a Igreja Universal em si é uma obra extremamente respeitável, mas a práxis de seus dirigentes, é só falta de pudores. Acredito que isto só pode ser algum tipo de doença mental ou cegueira que leva uma pessoa a explorar a fé de fiéis de várias nacionalidades deste jeito. E o pior mesmo é constatar os motivos que levam milhões de seguidores, de um bode em pele de ovelha, como ele, a acreditar na santidade de um indivíduo que lhes passa a perna.
Foto que ilustra a matéria da Veja São Paulo. (Foto: internet/reprodução)
Não sei se Moisés tinha propriedades, porque nunca estudei a vida dele. Mas Jesus Cristo não tinha nem uma pedra para usar como travesseiro e seu poder e superioridade fizeram com que Ele dividisse a história da humanidade em antes Dele e depois Dele. Seus discípulos, que até tinham residência, abandonaram tudo, quando saíram pelo mundo para pregar a boa nova. Paulo de Tarso abandonou a vida de homem de posses e até o nome, para seguir Jesus. Ele era o Saulo de Tarso, perseguidor dos cristãos. Viajando mais adiante no tempo, vemos Francisco de Assis, abandonando a vida farta da família rica e ir viver na miséria, em nome de Cristo. Madre Tereza de Calcutá dedica-se de corpo e alma à ajuda humanitária aos necessitados da índia. Irmã Dulce dedica-se da mesma forma, na Bahia.
Dentro do Espiritismo, por exemplo, o médico e ex-deputado federal, Adolfo Bezerra de Menezes morre na mais profunda miséria, por ter doado tudo o que tinha aos pobres. Até seu anel de formatura, ele doa para ajudar os necessitados a saciar a fome e comprar remédios dos necessitados. Francisco Cândido Xavier jamais recebeu um centavo pelos inúmeros livros da literatura espírita que intermediou entre o mundo dos vivos e o dos espíritos.
Na origem do Budismo, conta a história de que o primeiro Buda abandonou o castelo de seu pai para buscar a causa de todos os sofrimentos do mundo. Renunciou ao trono e viveu até os 80 anos. Neste período, se dedicou a ensinar os caminhos da vida, que ele mesmo encontrou em suas peregrinações. Foi filósofo, psicólogo e líder espiritual prático e realista, segundo o site O mundo de Gaya. Lamentavelmente, minha cultura não abrange conhecimentos de servos devotados de Deus de outras correntes religiosas, mas algumas características todos eles apresentam, indistintamente. São altruístas, generosos, pacientes e respeitosos. Não tenho notícias deste tipo de comportamento nas correntes evangélicas, que muito antes pelo contrário, são rígidos, preconceituosos e exclusivistas, como se Deus fosse só deles.
Imagem de Edir Macedo em pregação no Templo de Salomão.
(Foto: internet/reprodução)
Por conta deste rigor, na pregação deles, tornam-se muitas vezes fanáticos e aí é que mora a chave de todo o problema. O fanatismo cega o indivíduo em prol de uma crença ou causa. Lembro-me de uma frase que me marcou muito no filme O Código Da Vinci, que diz que a mente só enxerga aquilo que quer ver. E esta afirmativa se enquadra muito bem neste caso. De acordo com a Wikipédia, o fanatismo é um estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente em torno de qualquer tema. Ele é ligado mais a assuntos de política ou religião e em ambos os casos é altamente nocivo.
As atitudes de Edir Macedo e seus seguidores demonstram claramente o descompromisso deles para com as coisas e a causa dos homens de Deus. Para começar, usaram a religião para enriquecer. Agora, ostentam todo o poder econômico obtido em nome da fé, para o mundo. Além da cobertura de 1000 m2, o Templo de Salomão abriga moradia para a filha de Macedo e o marido e outros 49 pastores do alto escalão da Universal. É de lamentar que em pleno século XXI, fiéis humildes sejam ludibriados desta forma para satisfazer a sanha de poder de uns poucos espertalhões.

Muita paz e alegria a todos!
 
 
Por: Zilda Assis

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Ídolo fabricado não ganha Copa

Talvez os jogadores brasileiros não tenham competência para
lidar com tanta fama e responsabilidade ao mesmo tempo.
(Foto: internet/reprodução)
Acabou o sonho do hexa e fica uma lição. Ídolo fabricado não ganha jogo. Neymar Jr bem que tentou, mas sozinho não poderia jamais vencer um campeonato. Pagou o preço por ser talentoso, mas para ser ídolo à altura de Pelé, precisa caminhar muito e mostrar muito ainda. Lamentável o que se assiste hoje no futebol brasileiro. O esporte em si não é justo, mas o que tem sido feito no Brasil já ultrapassou os limites da senvergonhice.

Copa do Mundo, independente do país sede, é sinônimo de faturar altíssimo para a indústria de publicidade, emissoras de rádio e TV e o pessoal envolvido com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Enxergo isso, como a aplicação prática da Lei de Gerson, que determina levar vantagem em tudo. O pessoal que milita no futebol, tem apenas um pensamento que ensina ser o futebol a galinha dos ovos de ouro. A oportunidade de semianalfabetos ganharem dinheiro, enriquecer sem preparo, escorados apenas no talento com o qual foram dotados e que, dura muito pouco tempo.

Desde que Pelé foi eleito o melhor jogador de futebol de todos os tempos e o atleta do século, o Brasil se viu refém da fábrica de ídolos que a Rede Globo de televisão montou. São todos eles maravilhosos. Com exceção de Ronaldo Nazário e Ronaldo Gaúcho, nenhum deles conseguiu conquistar a Copa do Mundo. Entretanto, a geração da seleção de Telê Santana descobriu a Europa e o quanto é lucrativo jogar no Velho Mundo. Vi a partir de então, morrer o amor pelo futebol, sufocado pelo peso opressor da fama, regada a muito dinheiro, muita mordomia e uma idolatria insana. Insana e empurrada goela abaixo do torcedor.
Não empolgou, mas conseguiu vencer o torneio.
(Foto: internet/reprodução)
Há muito a seleção não empolga. Em 2002, não empolgou, mas teve sorte e trouxe o pentacampeonato. De lá para cá, só barulho, promessa e publicidade. O pior de tudo é que a conquista de uma Copa do Mundo ainda é um excelente estímulo para a autoestima nacional. Ganhar a Copa significa que somos um bando de merdas, que não dão conta de respeitar a si mesmos, mas somos um bando de merdas campeões do mundo e o que é pior. Jamais ganharemos o salário mensal de um desses rapazes, que mesmo ganhando o que ganham não são capazes de convencer em campo de que jogam com o coração. Mas julgamos o fino do fino ser conterrâneos de Neymar, David Luiz, Júlio César.

Esses jogadores só fazem parte do grupo porque jogam fora do país. Essa é outra faceta cruel do futebol. Jogadores que defendem Atlético, Cruzeiro, Internacional, Vitória e fazem a alegria do brasileiro durante todo o ano e em especial na disputa do Brasileirão, não servem para jogar na seleção. É como se eles não fossem nem brasileiros.

Valorizo sim, o caminho percorrido por todos os selecionáveis, mesmo porque, para chegar até lá, mostraram serviço. Só, que daí por diante, não fazem mais nada, não precisam, já têm dinheiro o suficiente. Mas valorizo muito mais o Sr. José das Couves que trabalha duro de sol a sol, que dá a vida para conseguir sobreviver e nem conta como cidadão, porque no fim das contas é aquele cara que não sabe votar e elege figuras questionáveis para o governo e o parlamento.
Que tal se pararem de endeuzarem Neymar e o deixarem treinar e
jogar em paz, ele não consiga se consagrar como campeão mundial?
(Foto: internet/reprodução)
Embora, todo brasileiro tenha torcido muito para o Brasil ganhar a Copa das Copas, o sonho acabou. Volta-se à vida normal, constituída por pessoas normais, incapazes de receber tanto dinheiro quanto os ídolos do futebol ganham em uma só partida, mas que constroem este país, dia após dia com o suor do próprio rosto e uma resistência fenomenal.

Ídolo fabricado não ganha jogo, porque para ser Pelé, tem que ganhar no mínimo dois mundiais seguidos. Tem também que fazer carreira defendendo a camisa, ganhar muito dinheiro, mas colocar o coração na chuteira. Tem que ter regularidade, fazer só futebol, deixar para virar ator e cantor depois de aposentado dos gramados. Espero que o menino Neymar cresça e continue se construindo em cima do talento que Deus lhe deu e não escorado na babação de ovo nojenta que um certo narrador esportivo faz. O Brasil não precisa de um herói no futebol. O Brasil já possui milhares de heróis que são desprezados, relegados a plano nenhum e ainda sim, bem e mal sustentam a nação. No Futebol, precisa de uma equipe que imite seus moradores e façam a diferença.

Muita paz e alegria a todos!

Link da postagem original:  http://www.porquegenteeassim.com.br/2014/07/idolo-fabricado-nao-ganha-jogo.html

"Morreu o Fuleco"

"A raiva é mais útil que o desespero."  
Terminator 3

   Com uma cascata de gols, 7 mais precisamente; a Alemanha acabou com o sonho (pra não dizer quimera) do Hexa, que tanto a CBF acalentou durante a disputa desse fatídico Mundial.

   Movidos pelo desespero, "os meninos"(pejorativamente, nas palavras do Galvão da Globo) da Seleção ficaram como que atônitos a ver os alemães invadirem a grande área e balançar as redes de um Júlio César incapaz, diante do ataque adversário e da ineficiência da defesa brasileira.

   Os jogadores da seleção brasileira ficaram igual baratas depois de umas borrifadas de "baygon". E a rede balançava de instante em instante, enquanto uma torcida chorosa e acabrunhada se desmanchava nas arquibancadas lamentando o dinheiro gasto com ingresso desse fiasco futebolístico.

   Vai-se o sonho da CBF, fica o sonho de um País mais justo, com professores valorizados, saúde digna e uma melhor distribuição de renda; mais moradia e segurança pública de qualidade.

   É a seleção lutando pelo agora pelo 3° lugar e a gente aqui rezando pra inflação não engolir o nosso sofrido Mínimo. 

Tenho dito.

***

Maximus Decimus Meridius

Deustchland ubber alles...

O lado bom desse 7 a 1 é que FINALMENTE VAMOS NOS ESQUECER DA FINAL DA COPA DE 50!!! Liberdade ainda que tardia!
Já temos uma humilhação maior em território nacional... Eta, 2 X 1 do Uruguai até que estava bom, hein???
 Nem a fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo fez tantos gols no Brasil assim...
Depois desta surra, a Seleção Brasileira pode mudar seu nome para Gueto de Varsóvia agora...


Sete é o número bíblico da perfeição! Estamos chegando lá!

A Alemanha só teve um primeiro tempo tão bom assim só na Segunda Guerra Mundial...


Alemanha, hein... Se o governo Dilma queria se identificar com a Seleção Brasileira, a Seleção Brasileira acabou de se identificar com esse estúpido governo!!!

Desde 1939 a Alemanha não massacra desse jeito. Aquilo foi uma coluna Panzer, não seleção...


Só tenho algo a dizer para nós brasileiros:
SCHEISSE!!! (7x)

O profeta:
- Vc acha que o Brasil vai bem sem o Neymar, frei?
- "Ferirei o pastor e as ovelhas vão se dispersar..."
- Ai, credo, que pessimismo...
 
Por Frei Clemente Rojão
 

O que é que Miami tem


Trecho de um artigo de Rodrigo Constantino - (...) A realidade brasileira é muito dura. Menores de idade tendo de trabalhar em funções arriscadas por completa falta de alternativa, e a própria mãe reconhecendo que era isso ou deixar o filho nas mãos de traficantes. Nordestinos que até hoje não podem contar com o fornecimento adequado de água. São coisas típicas de um país… africano! Só que o Brasil não é a África, e se ainda não perdemos o juízo, esse tipo de coisa deveria ser revoltante.

Miami não tem os melhores indicadores sócio-econômicos dos Estados Unidos. Longe disso. Há pobreza, criminalidade, não tem nada de perfeito. Mas só mesmo um Sakamoto da vida, "especialista" convidado por Regina Casé para seu programa sensacionalista e ícone do esquerdismo retrógrado que assola nosso continente, poderia dizer que se lá é a "América Latina que deu certo", como afirmei, então já demos errado!

Pobreza, por lá (Miami), significa morar em um bairro humilde, com índices de violência maior do que a média nacional (e bem menores do que a nossa média nacional), ter uma casita discreta (mas nada comparado às favelas cariocas) e um carro na garagem (que no Brasil seria de classe média). E um iPhone, claro, pois todos possuem um iPhone, mesmo nos bairros mais pobres. É isso que quer dizer "ser pobre" em Miami, via de regra. Crianças manuseando uma betoneira de misturar concreto? Gente sem acesso a água? Isso parece uma realidade muito distante.

Cada um com sua realidade. Mas eis a revolta: por que a nossa precisa ser essa, tão miserável, em um país tão rico e com tanto potencial? O que eles têm de tão especial? Só vemos latino-americanos em Miami. Só escutamos espanhol e português. São cubanos, porto-riquenhos, argentinos, brasileiros, todos vivendo em uma cidade misturada, mas organizada, limpa, sem pichação estragando tudo que é viaduto, com ótimas estradas, e respeito às leis.


O que eles têm? Talvez fosse melhor começar pelo que eles não têm: um bando de "intelectuais" de classe média disseminando marxismo pelas universidades, por exemplo. Ou sociólogos afirmando que a criminalidade é fruto apenas da condição social e que, portanto, todo criminoso é na verdade uma "vítima da sociedade". Claro, eles também não têm uma praga chamada PT, apesar de uma ala do Partido Democrata de Obama tentar chegar perto em grau de demagogia.

Não podemos perder nossa capacidade de indignação. Não podemos nos entregar ao fatalismo de que isso aqui é assim, uma porcaria mesmo, e que sempre foi assim e nunca vai mudar. Não podemos colocar a culpa no "povo", como se fosse algo inato, genético, e deixar por isso mesmo. Não! A qualidade de nossas elites é muito ruim. São elas que, em pleno século 21, ainda enaltecem Marx ou idolatram Paulo Freire! São elas que votam, também, no PT ou no PSOL!


Estou de volta ao Brasil. É o meu país, onde nasci, vivi pelos últimos 37 anos. Não quero abandonar tudo e viver exilado em Miami, como tantos fizeram, por razões óbvias e compreensíveis. Quero lutar por um país melhor, mais capitalista, liberal, próspero, justo. Sabemos quem são os inimigos desse progresso; ironicamente, eles se intitulam "progressistas", mas representam o atraso.

São os defensores do socialismo, do modelo bolivariano, da ditadura cubana, de um estado cada vez maior. É essa a mentalidade que precisa ser derrotada se queremos um país mais parecido com Miami e menos com Caracas. É o que eu desejo. E você, caro leitor? Então o que está esperando para abandonar o discurso derrotista e se unir nessa luta por um Brasil melhor?
 
Por Frei Clemente Rojão
 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Invejem-nos chineses IV ou "A Sífilis está de volta" ou "A infalibilidade da camisinha"


É de dar nojo a atitude destes mentirosos, safados e satanistas do esquerdismo. Quer dizer então que agora é feinho xingar? O jovem é martelado a todo momento que "Rebelar-se é justo". Aliás, este é o mote da Revolução Cultural Maoísta. Pode xingar o papa e os cardeais. Pode xingar o FHC. Pode xingar o Alckmin e o Aécio. Pode xingar pai e mãe que ensinam que é errado as coisas que são erradas. Quem o fizer receberá os aplausos dirigidos a Junius Brutus como o último dos romanos, e em vida será tratado com o reconhecimento de um Rui Barbosa. Ah, mas xingar um deles é digno de coisa de bárbaros, é digno de Breno, o saqueador de Roma, é digno de Genserico, rei dos Vândalos, é digno do mais abjeto pelego de Hitler.

"Se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus,não entrareis no Reino do Céu" - São Mateus 5,20

É supercool
O mais gozado é que os jovens são ensinados na escola que dar a bunda é bonito, belo e agradável. Por que os petralhas cargas d´água então se ofendem com um simples VTNC? Deveria até ser elogio. Afinal, ser gay é bonito e supercool, por que VTNC é xingamento nas bocas mas é prática nobre nos esfíncters? Se mandaram o Dilma VTNC, ela deveria - segundo a cartilha de seu partido - elogiar os nobres cidadãos que recomendaram a ela uma prática que não há a menor contra indicação médica (é mentira, mas os médicos de bem são currados se dizerem a verdade sobre isso) e além de extremamente prazeirosa e supra-sumo da civilidade. Que não só a  Dilma VTNC, mas o Lula, o Padilha, o Mercadante, o Mantega, o João Santana, o Rui Falcão, que todos eles VTNC com gosto e sejam felizes... mas sem sífilis!  É a velha regra de Saul Alinsky, faça-os seguirem seu próprio livro de regras. Também se ofenderam quando aventaram a hipótese de que Dilma seja lésbica, ainda que seu partido seja promotor do lesbianismo. Isso ficou muito claro na eleição à prefeitura paulistana, quando a campanha de Marta Suplicy para difamar Gilberto Kassab insinuou que ele fosse gay... e isso porque causa gay e Marta Suplicy andam juntos como cachorro e pulga. 

Quando são nossos filhos aqueles que o doutrinador os recomenda TNC, TNC é bonito e belo. 
Quando é o povo que manda a Dilma VTNC, VTNC é a pior das ofensas. 
Raça de víboras! O Inferno os aguarda.

Além da clássica AIDS, que voltou a crescer nos gays masculinos, agora é a sífilis e o HPV que estão correndo soltos como doença venérea, Vivemos uma epidemia de Sífilis nos grupos de risco. A Sífilis NÃO É detida por camisinha, não se deixe enganar pela picaretagem travestida de medicina.  Além da sífilis incubar no cérebro dos infectados. Você pode até matar a bactéria lá embaixo, ela está lá em cima guardadinha (Lênin, justiça poética,  morreu de sífilis incubada no cérebro vinte anos depois da contaminação). Além de ser transmitida congenitamente nos bebês de mães sifílíticas. Quem diria, sífilis! Pelas barbas do Dr. Pasteur, pela careca do Dr. Semmelweis, parece que estou fazendo um trabalho de História ao falar da sífilis! Eis que a esquerda não trás de volta apenas idéias antigas, bactérias antigas retornam à moda! Falei das bactérias? E a associação entre sodomia e câncer de cólon, que tem aumentado? Hum? Hum? 

Falsa salvação
Antes que algum mercenário disfarçado de médico me conteste, lanço o desafio, vejam os números epidemiológicos de AIDS, sífilis, HPV, gonorréia, hepatite e outras doenças sexualmente transmissíveis e me expliquem por que cargas d´água  elas só tem aumentado e aumentado a despeito da ampla, total, irrestrita e imune-tributariamente distribuição de  camisinhas? Além da maciça propaganda, lógico. Hoje em dia o cidadão é mais incitado a usar camisinha que a votar nas eleições. A única coisa que a camisinha é imune é a imunidade tributária! Acreditem, o governo que mete ICMS em arroz e feijão, que tarifa IPI em equipamentos hospitalares, que cobra imposto de importação sobre remédios e máquinas industriais, dá isenção tributária em preservativos. Por isso que são tão baratos. E ainda assim a AIDS vai aumentando... 

Alguns medievais achavam que âmbar os protegia contra a peste bubônica e hoje em dia os chamamos de supersticiosos. No futuro, dirão que látex cheio de microfuros fabricado na China nos protege de DST revestindo apenas uma pequena parte do corpo masculino, e deixando as secreções correrem soltas no resto. Para mim é um mistério misterioso como um médico de bem pode acreditar que apenas as secreções e sangramentos nas genitálias transmitem doenças, e não no resto do corpo! Como se apenas as genitálias se tocassem! Como se de um milhão de maneiras aquele látex não estourasse! Você aceitaria um cinto de segurança que rompesse uma vez em cem colisões? Ah, até aceitaria, você não pretende bater cem vezes o carro. Mas pretende fornicar cem vezes ou mil vezes, né? Mas pelo menos o cinto de segurança tem uma trava, ele não escapa durante a direção, mas que trava tem um preservativo??? Basta aquela porcaria no vai-e-vem se enrolar meio centímetro que já tem pele com pele exposta, o que é trancar a casa deixando a janela da rua aberta.

Tenho pena dos médicos vivendo esta pressão de recomendarem uma prevenção absolutamente ilusória. Os psicólogos não podem ir contra a fatah dos aitolás do Conselho Federal de Psicologia que uma pessoa NÃO TEM o direito de deixar de ser gay se quiser. Os médicos devem sofrer o mesmo. Sugiro que seja incluído no juramento de Hipócrates um artigo sobre a crença na infalibilidade do preservativo. Pontos para os medievais, porque muitos achavam que o âmbar não protegia da peste bubônica, mas todos os trouxas hoje em dia acham que a camisinha protege...

Pobres dos gays hoje em dia! Eles sofrem nas mãos dos hipócritas que dizem os defender apenas para se manterem no poder! Quantos não morrerão de doenças terríveis em comportamentos de risco porque a saúde pública foi dominada por ideologia! Afinal, quem morrerá de AIDS e Sífilis não é o poderoso petista-mor no alto de seu ministério e polpudas mamatas estatais, e sim o pobre homem que caiu na sua conversa mole...

Mas tudo bem!!!
A camisinha é inerrante, infalível, resolve tudo!
In condom we trust!
Absurdo mesmo é crer que Jesus Cristo ressuscitou, né?
 
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Por Frei Clemente Rojão
 

O Feitiço contra o Feiticeiro






(clique para ampliar)

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Por Maximus Decimus Meridius

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Copa do Mundo: Brasil vence Croácia na base do roubo


    Uma atuação digna de vergonha. O Brasil é corrupto até dentro da campo. Pode um negócio desses?
   
   Perdendo de um a zero, com gol contra, para sair do sufoco e ganhar o jogo Brasil cava pênalti em cima da Croácia.

   "Cadê teu patriotismo féla da puta"? Diria o amigo Timbu das pegadinhas do Mução.

   Mas é verdade! Foi cavado. Achei bonito Galvão dizendo que Ronaldo tava rindo da cara dos Croatas ao relembrar outro jogo em que fizeram o mesmo. Vergonhoso, mas é Brasil!!!! O que esperar de uma Seleção que não joga pela camisa, nem pelo País que dizem representar, senão pelo dinheiro que embolsam a cada jogo?

   Talvez nem perdesse da Croácia, mas a atuação foi vergonhosa. Tipo de coisa de gente desesperada que não confia no próprio taco.

   Esse humilde Agente pouco entende de futebol, mas se o time brasileiro quiser vencer essa Copa atuando da maneira que atuou contra a Croácia... Ai, ai....

   Sem nenhuma sombra de dúvida ao invés de levar o caneco, a Seleção vai terminar levando no Caneco.

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Frank Castle

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Infelicidade

"Somente os infelizes olham para os seus sofrimentos e os veem como especial."

   Querer uma vida sem dores, sofrimentos ou dificuldades é desejar estar morto. Todos nós que estamos verdadeiramente vivos, se assim estamos, temos de nos submeter.

   Compadecer-se de si mesmo é covardia, inércia. É ver a vida passar enquanto estamos sentados à sarjeta lamentando a dor do tropeço, é remexer na ferida mesmo depois de ter estancado o sangramento; é voltar ao que já foi, é forçar lágrimas que já não mais existem para serem derramadas.

   Só se chora uma vez. Na primeira "tacada" da vida, para que essas lágrimas não alaguem o coração. Depois disso, é seguir em frente, olhando para trás somente para corrigir a trajetória.

   Sofrer todos sofrem. Mas, abraçar o sofrimento como causa e não compreendê-lo como etapa essencial na construção de nós mesmos é estancar. Não há como crescer apegando-se às experiências negativas e crendo sermos vítimas do destino...

   A infelicidade é o destino certo daqueles que não compreendem que a vida é marcha. Sempre a frente...

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Por William Ubirajara

sábado, 12 de abril de 2014

O Especialista em Jogo Sujo

Augusto Nunes - Especialista em jogo sujo, Lula aproveitou a reunião com empresários do Paraná para golpear Eduardo Campos abaixo da linha da cintura. "A minha grande preocupação é repetir o que aconteceu em 1989: que venha um desconhecido, que se apresente muito bem, jovem e nós vimos o que deu", disse o palanque ambulante em 14 de março, agora empenhado em reduzir o candidato à Presidência pelo PSB numa versão pernambucana de Fernando Collor.


Uma semana antes, Campos ressalvara que as críticas que faz a Dilma Rousseff não se estendem ao ex-presidente de quem foi ministro de Ciência e Tecnologia. O afago foi retribuído com o pontapé desleal. Como engoliu em silêncio a comparação ofensiva, pode-se deduzir que o governador não sabe com quem está lidando. Se não acordar a tempo, poderá repetir mesmo equívoco cometido por José Serra no início da campanha de 2010, quando procurou convencer o eleitorado de que Lula e Dilma não são uma coisa só.

O desfecho da disputa atestou que fazer oposição à criatura e, simultaneamente, tratar com reverência o criador é um equívoco desastroso. Passados quatro anos, os que enxergam mais de um palmo além do nariz sabem que o poste é inseparável de quem o instalou no Planalto. Sem Lula, não existiria Dilma Rousseff. Sem o chefe supremo, o PT seria um partido nanico. Sem seu único deus, a seita estaria condenada à morte por inanição.

Só a oposição oficial ainda não consegue enxergar no grande farsante o alvo principal. Sobram em Lula flancos expostos. O que falta é um adversário disposto a atacá-los sem clemência. Os contragolpes de Campos poderiam começar, por exemplo, pela lembrança de que Collor foi publicamente redimido por Lula, em julho de 2009, de todos os pecados que cometeu, comete e cometerá.

A foto do encontro em Palmeira dos Índios atesta que os inimigos do século passado revogaram o sentimento da honra e se tornaram-se amigos de infância. Na campanha eleitoral de 1989, o candidato do PT foi submetido ao que considera "o pior dia da vida" pela aparição no horário eleitoral de Collor da ex-namorada Miriam Cordeiro, que o acusou de tentar interromper com um aborto a gestação da filha Lurian.

Nos anos seguintes, Lula referiu-se ao algoz como "aquele canalha ladrão". Resolveu virar a página infame para  abortar também a CPI que pretendia abrir a caixa-preta da Petrobras, lembrou o post inspirado na foto. O apoio do agora senador Fernando Collor ajudou o presidente a esconder o que se passava nas catacumbas da empresa estatal. Mas o abraço obsceno foi só parte do pagamento.

O preço do acordo foi muito além do simbólico, demonstrou em outubro de 2010 o texto republicado na seção Vale Reprise. O ex-presidente despejado do gabinete que desonrou também foi autorizado a instalar o afilhado José Zonis na Diretoria de Operações e Logística da Petrobras Distribuidora. Com a nomeação do afilhado, pôde dispensar-se de designar prepostos para missões de grosso calibre na maior das estatais. O afilhado está lá para isso.

Eduardo Campos também poderia ter lembrado que os dois nasceram um para o outro. Escancarado pela grossura explícita, o primitivismo de Lula pode ser visto com nitidez por trás do falso refinamento de Collor. Denunciado pela arrogância de oligarca, o autoritarismo de Collor é perfeitamente visível por trás do paternalismo populista de Lula. Em sua essência, ambos são primitivos e autoritários. Previsivelmente, lutam lado a lado neste março. Estão juntos na ofensiva destinada a matar no berço outra CPI da Petrobras.

Os oposicionistas têm mais uma chance de dar a Lula o tratamento que todo culpado merece. De novo, ele tenta escapar de um escândalo pelo atalho do silêncio. É preciso obrigá-lo a recuperar a voz para cobrar-lhe as explicações que não há. Foi ele quem infiltrou na Petrobras os envolvidos na história malcheirosa da refinaria de Pasadena. Foi ele quem premiou José Sérgio Gabrielli com a presidência da Petrobras.

Foi ele quem transformou Dilma em ministra de Minas e Energia, chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da estatal. Foi ele quem ordenou que a refinaria Abreu e Lima fosse construída em parceria com a Venezuela de Hugo Chávez. Foi ele quem rebaixou a instrumento político a empresa hoje devastada pela necrose administrativa e pela decomposição moral.

Foi Lula quem forçou a internação da Petrobras na UTI. Chegou a hora de denunciar a nudez do reizinho.
 
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Texto do Frei Clemente Rojão, OAAO retirado do seu Blog por Casey Ryback
 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Uma Lei Hedionda



Todos já ouviram falar nos chamados crimes hediondos. São aqueles crimes que por sua gravidade, crueldade e conseqüências sobre as vítimas e seus familiares despertam o repúdio de toda sociedade e que, como forma de coibi-los, impôs-se penalidades rigorosas a seus perpetradores.

O que poucos sabem é que também existem leis hediondas. As leis hediondas são aquelas criadas sobre forte emoção dos legisladores, normalmente em ocasiões de forte comoção pública e que, por este motivo, não tiveram todas suas conseqüências e extensão de seu alcance devidamente avaliadas. As principais características de uma lei hedionda são:

1) Apresentam diversas inconstitucionalidades;
2) Proíbem atos e costumes enraizados e considerados normais pela população;
3) Determinam punições extremas e descabidas;
4) Sua aplicação ampla sobre toda população seria impossível;
5) Sua aplicação quase sempre ocasiona grande injustiça;
6) Permitem sua utilização como instrumento de coação por parte de uma vasta gama de autoridades;
7) Permitem perseguições políticas, donde podemos classificá-las também como fascistas.

No Brasil, onde 40% das leis são inconstitucionais (segundo estudo do Instituto dos Advogados do Brasil - IAB), encontramos diversas leis que se enquadram na categoria de hediondas. Podemos citar, como exemplo, aquela que considera as brigas de galos como crime ambiental e inafiançável.

As rinhas foram "inventadas" pelos antigos gregos e tornaram-se tradição popular em inúmeros países do mundo, inclusive na sociedade rural brasileira. O Brasil é um dos maiores (senão o maior) produtores e exportadores de carne de frango no mundo, mas condena à prisão aqueles que se divertem com briga de galos. Recentemente, vimos a aplicação discricionária desta lei sobre o publicitário Duda Mendonça, uma figura notória da sociedade, com grandes repercussões políticas. A Polícia Federal fez uma incursão em milionária e tradicional rinha situada no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, onde ele foi autuado. Até hoje não ficou claro se o objetivo dos agentes era criar um constrangimento político para o governo - uma das principais aplicações das leis hediondas; de qualquer forma, as punições aplicadas sobre os agentes mostram que a lei não é para ser aplicada aos amigos do rei.

Neste artigo, entretanto, vamos nos deter sobre a mais recente e nefasta lei hedionda aprovada pelo Congresso Nacional, a Lei 10.826, alcunhada de Estatuto do Desarmamento.

Esta lei foi criada com o objetivo de proibir a posse e o porte de armas de fogo para a maioria da população brasileira, deixando de fora apenas alguns privilegiados. Vejamos como ela se enquadra na categoria das leis hediondas.

As inconstitucionalidades:

O Estatuto do desarmamento está eivado de inconstitucionalidades. A própria proposição da lei já foi inconstitucional, pois partiu do Senado Federal quando deveria ter partido do Presidente da República. Também é inconstitucional o fato de algumas categorias profissionais (notadamente os servidores públicos) não serem atingidos por ela, como se as armas fossem boas para uns e ruins para outros. Desta forma, o Estatuto do Desarmamento criou duas castas de cidadãos: os que podem ter e portar armas e os que devem permanecer desarmados. Outras inconstitucionalidades: A lei estabeleceu pena de prisão para crimes de conduta (crimes sem vítimas); A lei criou impostos disfarçados sobre a propriedade privada; A lei confunde porte de arma com transporte de arma e torna os dois um único crime inafiançável; A lei proíbe a liberdade provisória para todos os crimes nela tipificados; A lei aumentou de 21 para 25 anos a maioridade para a posse de arma de fogo; A lei proíbe publicidade sobre armas de fogo ou qualquer coisa que “estimule seu uso indiscriminado”; A lei considera o disparo de uma arma de fogo como crime, mesmo que seja em defesa própria; A lei considera peça de arma como a própria arma; etc. etc. etc. São tantas as inconstitucionalidades que o Estatuto do Desarmamento é considerado por promotores, advogados e juizes uma verdadeira aberração jurídica.

Atos e costumes enraizados e considerados normais pela população:

Armar-se é uma característica humana. O homem distinguiu-se dos demais primatas ao empunhar uma arma. Outros animais usam ferramentas, mas só o homem usa armas. Somos atraídos pelas armas e a indústria do entretenimento sabe que filmes e jogos eletrônicos que as apresentam são garantia de sucesso. Nossas crianças brincam de cowboys, polícia e ladrão e simulam batalhas com armas de brinquedo ou imaginárias. Quer gostemos ou não, é algo que está em nossos gens. Ao proibir o acesso e o uso de armas, a lei proibiu o meio mais eficiente de defesa, vetando, na prática, o direito à defesa própria, negando o instinto de sobrevivência que é um direito legítimo e natural de todo ser vivo. Além disso, ela tenta impedir o uso de uma tecnologia dominada desde o século XV, contrariando outra lei natural que é a evolução, dispersão e universalização das tecnologias (lei entrópica das invenções). Por esses dois motivos vemos que é uma lei fadada ao fracasso. Muito embora o Brasil seja uma nação desarmada, onde armas de fogo estão em presentes em apenas 5% dos lares, os brasileiros vêem o uso de armas como algo natural. Expressões populares como “o tiro saiu pela culatra” ou “acertei na mosca” são exemplos disso. Em algumas regiões do país a posse da arma de fogo é um rito de iniciação da maturidade de jovens rapazes, com sua arma sendo entregue pelo padrinho. Vemos, portanto, que o Estatuto do Desarmamento atende ao segundo quesito de uma lei hedionda.

Punições descabidas:

Nesse aspecto o Estatuto do Desarmamento é pródigo. Ele pune com prisão a mera posse de uma arma ou de um cartucho de munição encontrada dentro do lar. Além disso, considera como arma qualquer peça ou acessório de arma, ou seja: um parafuso pode definir se um cidadão fica livre ou se vai para a cadeia junto com outros marginais.

Aplicação impossível sobre toda a sociedade:

Diversas estimativas apontam para a existência de algo entre 8 milhões a 20 milhões de armas de fogo ilegais (sem registro) em nosso país. O Viva Rio, num estudo muito suspeito, afirmou que esse número é exatamente 8.763.649. Seja como for, está dentro das estimativas acima. Admitindo-se que a cada arma corresponda um único dono, pergunta-se: será que vamos botar todos esses milhões de brasileiros na cadeia?
Devemos observar que, se aprovado no referendo de outubro, será proibido a venda de munição em todo país. Isto significa que mesmo os três milhões de proprietários de armas legais, para tê-las funcionando, precisarão ficar na ilegalidade. Será possível prendermos este 11 milhões de brasileiros apenas porque querem garantir seu direito natural à Legítima Defesa?

Sua aplicação quase sempre ocasiona grande injustiça:

A princípio, as leis de desarmamento são criadas com vistas a atingir os criminosos. Infelizmente, porém, quase sempre elas só atingem as pessoas de bem. Por exemplo, o Estatuto do Desarmamento pune rigorosamente quem efetua um disparo em zona habitada. Desta forma, o cidadão que fez um disparo no chão ou para o alto para repelir uma injusta agressão será punido com no mínimo dois anos de prisão, enquanto o agressor sai incólume (Art. 11 §1º). Se a polícia vai atender um chamado de roubo numa residência, não encontra o ladrão mas encontra o morador armado, quem vai preso é o morador. Infelizmente os jornais vivem noticiando estes fatos lamentáveis. Mesmo que, posteriormente, a justiça o libere, o dano moral está feito.

Permite sua utilização como instrumento de coação por parte de uma vasta gama de autoridades:

Já vimos que seria impossível prender todos os brasileiros que possuem uma arma ilegal. Desta forma, o Estatuto do Desarmamento será usado de forma seletiva, de acordo com os interesses da autoridade de plantão (seja em nível federal, estadual ou municipal). Dificilmente “Seu” José, que mora lá em Boca do Mato, ou mesmo a Dona Maria de Mangue Seco, serão incomodados por causa de suas armas. As pessoas que serão objeto de investida policial serão aquelas que de alguma forma incomodam o poder, seja através de críticas, seja por almejá-lo. Assim, devemos ver jornalistas e políticos, assim como seus parentes mais próximos, serem alvos de buscas e apreensões das forças policiais, sempre devidamente acompanhadas da imprensa para dar o destaque devido ao crime. Os juizes não terão como negar estes mandados de busca e apreensão, pois a posse de uma arma ilegal é um crime. Trata-se, portanto, de um crime em andamento (mesmo sem vítimas) e não mandar apurar um flagrante delito será visto como prevaricação. Mesmo que nenhuma arma ou munição seja encontrada na residência, só o fato da busca ser realizada já é uma violência inominável contra o cidadão e sua família.

Permitem perseguições políticas, donde podemos classificá-la como fascista:

Os nazistas, na Alemanha de 1933, perseguiam seus desafetos taxando-os de comunistas armados. Todos os inimigos do regime recebiam a visita da polícia a procura de armas ilegais, mas mesmo se a arma possuísse registro, o cidadão era condenado a uma pena de 20 anos de prisão, dado que um comunista armado seria um terrível subversivo. A Alemanha acabara de sair da 1ª Guerra Mundial e muitos civis possuíam armas militares e/ou ilegais em casa.
 
Hitler não precisou criar uma lei anti-armas. Ela fora criada em 1928, na República de Weimar, com a melhor das boas intenções. Nesta época foram instituídos o registro obrigatório de armas e a distinção entre armas de uso civil e armas exclusivas das forças armadas (para usar um termo popular no Brasil). Logo as prisões ficaram lotadas de subversivos e foi preciso criar prisões rurais, os chamados campos de concentração Como vimos acima, todas as armas no Brasil passarão à condição de ilegais se a proposta do referendo for aprovada e a única diferença a nos separar da Alemanha nazista é o tamanho da pena. Ah, sim, - falta também criarmos nossos campos de concentração.
 
Alguns dirão: - Ah, mas isso não vai acontecer no Brasil. Ledo engano. Já está acontecendo. Os jornais trazem, amiúde, casos em que a polícia foi fazer uma “busca e apreensão” de alguma coisa ou documento na casa de um suspeito e, nada encontrando, passam a procurar por armas e munições em situação irregular. Encontrando, já há motivo para a prisão e condenação do suspeito. Se isso não é fascismo, que nome dar a isto?

Sir Robert Peel, o criador da Polícia Metropolitana de Londres - a primeira polícia profissional moderna, dizia que para as leis serem cumpridas, o poder de polícia deve derivar do apoio da população a ser policiada. Se a população vê a lei como ruim, ou arbitrária, ela não cooperará, havendo a desobediência civil através da resistência passiva. Mais ainda, desarmar o povo aumenta o cinismo da sociedade e diminui seu interesse em colaborar com outras leis mais eficientes no controle da criminalidade. O sentimento de alienação e abandono aumenta em razão direta da ineficácia patente nos resultados apresentados. Sofre a população, sofre a democracia e fica aberto o caminho para aventureiros “salvadores da pátria”.
 
Leonardo Arruda

Diretor da Associação Nacional dos Proprietários e Comerciantes de Armas - ANPCA

Texto enviado por Leitor e editado por Frank Castle
Fonte: