quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Quem não sente não é boa gente

Estou chocado pela terrível morte de Eduardo Campos. Não votaria nele, não simpatizo com seu partido mas reconheço a importância dele para despolarizar a disputa. Sua morte favoreceu o PT e Dilma. É inevitável ao conhecer o histórico de convenientes acidentes nos desafetos do Partido não achar suspeito.
E o que mais me entristece é que secretamente os petistas, estes seres imorais, estão fazendo "top top top" assim como fizeram com a morte de 199 pessoas em Congonhas. É certeza que em breve algum deles será pego numa gafe destas.

Quanto aos "mui católicos" que derramaram sua bílis sobre as cinzas ainda quentes do candidato, que vergonha! Primeiro porque com a geléia geral de esquerdismo em todas as matizes na política brasileira é difícil aplicar a excomunhão latae sententiae, tecnicamente todos estão excomungados, até quem vota no Pastor Everaldo. Segundo porque mesmo um excomungado não se pode afirmar da condenação, entre a pane e o chão houve tempo para todos a bordo refletirem. Terceiro por razão prática, Campos tirava votos de Dilma e o PSB é bem menos ruim que o PT, dizer que ambos são iguais é lavar o PT e ser idiota útil. Quarto porque - poxa vida - um avião caiu numa densa zona urbana e é algo para se chocar. Quinto porque "homo sum et ne a homi nihil a me alienum puto" - a lembrança da morte repentina dele lembra da morte que teremos, que pode ser repentina e no auge também. Memento mori! Toda morte choca porque nos faz pensar ma nossa. Como disse Nosso Senhor, ninguém sabe a hora em que o ladrão vai chegar. Quem sabe você, meu leitor, não chegará vivo a noite de hoje. Quem sabe eu não chegarei? Quem sabe?

Enfim, que tristeza.
Que perda!
Ai de ti, Brasil! Talvez o tempo do castigo realmente se aproxime.

Se o Senhor puniu Jerusalém que tinha bem mais méritos que nós... 

Frei Clemente Rojão 

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