terça-feira, 15 de março de 2011

Energia Nuclear - Um Recurso a ser Refletido


   Após o catastrófico terremoto no Japão, e as explosões nos reatores da Usina Nuclear de Fukushima, ficamos envoltos em dúvidas e medos futuros: qual as utilidades da energia nuclear e quais as conseqüências de um acidente envolvendo essa energia?
   O Mundo já sofreu uma vez as tristes consegüências de um acidente nuclear. Isso aconteceu em Chernobyl, no ano de 1986 quando houve a explosão do reator da usina daquela localidade, na Ucrânia. Isso gerou uma nuvem de radioatividade que contaminou muitas pessoas. Foi o pior desastre envolvendo esse tipo de recurso energético e a respeito desse evento começou-se a questionar os benefícios e malefícios do uso dessa energia.
   Vamos entender um pouco sobre como funciona uma usina nuclear.
  
   "A reação nuclear ocorre quando um nêutron colide com o átomo de um elemento e é por este absorvido. O núcleo desse átomo é levado a um nível de energia acima do normal; ou seja, fica excitado. Esse átomo tende então a se fragmentar, no processo chamado "Fissão Nuclear".
   Quando isso ocorre o átomo libera grande quantidade de energia térmica e junto de dois ou três novos nêutrons, os quais colidirão com outros átomos, produzindo mais fissões e mais nêutrons. Esse processo denomina-se "Reação em Cadeia".
    Numa Usina Nuclear usa-se o potencial energético do urânio para aquecer a água que circula no interior do reator. Ela possui três circuitos de água: primário, secundário e de água de refrigeração. Esses circuitos são independentes um do outro; ou seja, a água de cada um deles não entra em contato direto com a do outro.
   No interior do vaso do reator, que faz parte do circuito primário, a água é aquecida pela energia térmica liberada pela fissão dos átomos de urânio. O calor dessa água é transferido para a água contida no gerador de vapor, que faz parte do circuito secundário. O vapor então produzido é utilizado para movimentar a turbina, a cujo eixo está acoplado o gerador elétrico, resultando então em energia elétrica. A água do circuito primário é aquecida até cerca de 305o C; sua pressão é mantida em torno de 157 kgf/cm2 (1kgf/cm2 = 1 atmosfera), para que permaneça no estado líquido. Para se ter uma idéia deste valor de pressão, vale lembrar que 1 kgf/cm2 é uma pressão equivalente a uma coluna de 10 m de água, logo 157 Kgf/cm2 é equivalente a uma coluna de aproximadamente 1,5 km.
     O vapor é condensado através de troca de calor com a água de refrigeração. A água condensada é bombeada de volta ao gerador de vapor, para um novo ciclo." (http://www.nuctec.com.br/educacional/funcionam.html)
   E dessa forma gera-se a energia nuclear.
   O grande problema, é que catátrofes como terremotos ou outros cataclismas naturais são imprevisíveis. E diante destes, ficamos inteiramente vulneráveis da mesma forma que as instalações que abrigam os reatores que dão vida a energia atômica; e um desastre como esse ocorrido no Japão e em Chernobyl tem um grande potencial de destruição da vida humana e de outras vidas, sejam animais ou vegetais.
   Diante de fatos como esses é necessário que se reflita muito sobre a criação e instalação desse tipo de usinas em todo o Mundo. Os líderes mundiais devem sempre, e antes de tudo, ter ciência do risco a que estão sujeitando o seus povos. E cabe a nós, também questionarmos a validade e o avanço dessas inovações, pois o é o futuro de toda a Humanidade que está em jogo.
   É urgente que tomemos partido nessa causa. Por mais que se negue, não são somente as populações locais que irão sofrer com as consegüências desses vazamentos, mas toda a população mundial; pois o ser humano, mesmo tendo chegado onde chegou ainda não descobriu completamente todo o potencial de destruição da energia atômica. Fiquemos de olho.
Fox Sierra Commando

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