O ano está se encerrando e nada melhor que terminá-lo com uma boa leitura. A obra em foco hoje é especial em todos os sentidos, pois é um retrato fiel, embora romanceado da vida de um dos santos mais carismáticos e significativos da Igreja Católica: São Francisco de Assis.
Então, vamos aos dados sobre essa obra maravilhosa do escritor grego Nikos Kazantzakis:
Título da Obra: O Pobre de Deus
Autor : Nikos Kazantzakis
Editora : Nova Fronteira
Sobre a Obra : É uma "ardente visão moderna da vida de um dos maiores santos do cristianismo. A existência comovente, exemplar e luminada do poverello de Assis, narrada em termos de ficção moderna. Dedicada a Albert Schweitzer, êmulo contemporâneo dos princípios piedosos e altruísticos que nortearam a conduta do idealizador do mosteiro da Porciúncula, não se limita à mera hagiografia ou à reconstituição histórica dos tempos de São Francisco, sendo antes uma visão pessoalíssima, varrida pelo sopro de lirismo que aqui, mais do que em nenhum livro de Kazantzakis, atinge um plano de autêntica criação romanesca.
Sobre o autor : Nikos Kazantzakis nasce na ilha de Creta em 1873. Passa a infância em plena guerra travada por seus compatriotas contra a tirania turca. Concluído o curso de Direito em Atenas, embarca para Paris. Ali assiste às aulas de Bergson, cuja influência ser-lhe-á tão decisiva quanto a de Nietzsche. É autor dos Livros : O Jardim dos Penhascos, Zorba - o Grego, A Última Tentação de Cristo, e Odisséia. As sua atividades políticas e culturais nunca conheceram trégua. Socialista militante desde a mocidade, torna-se Ministro de Estado de 1945 e ocupa mportante cargo na direção da Unesco antes de se aposentar para se dedicar exclusivamente a criação literária. Morreu na Alemanha em 1957.
Trecho da Obra : "- Escuta, irmão Leão, vou dizer-te uma coisa. Mas promete que não repetirás a ninguém.
- Prometo, irmão Francisco.
Enquanto me segurava a mão, eu sentia o calor de seu corpo, ou melhor, de sua alma, aquecendo a minha. Permaneceu calado.
- Sou todo ouvidos, irmão Francisco - Insisti.
Largou a minha mão, ergueu-se e repentinamente falou com a voz embargada:
- Irmão Leão, a Virtude se mantém sozinha no alto de um penhasco deserto. Ela pensa em todos os prazeres proibidos que nunca provou, e chora.
Dito isso, retirou-se e arqueado sumiu por entre as árvores."
(Página 128. 3ª edição)
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Então, amigos leitores, essa é a última recomendação do Ano de 2010. É um ótimo livro e vale a pena conferir. Uma boa leitura e Feliz Ano Novo!
Dafoe