quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Verdade por trás da Opção ( Capítulo I )



   As duas garruchas cruzadas. Quem nunca viu esse símbolo estampado na gola da farda de um policial? Principalmente se ele é um PM? É sobre essa profissão que hoje gostaria de falar, na série que batizarei de A Verdade por trás da Opção.
    Na realidade, não é sobre a profissão em específico, mas sobre aqueles que a abraçam. É verdade que muitos adentram nas fileiras das briosas corporações com um objetivo justo, todavia muitos procuram-nas não porque queiram "regular a conduta pelos preceitos da moral", ou "dedicar-se inteiramente ao serviço policial militar", ou ainda "à manutençao da ordem pública", mas porque querem simplesmente satisfazer um desejo recalcado, utilizando-se nas inúmeras das vezes da corrupção. Infelizmente, esses são os maus policiais que mancham os átrios das Gloriosas Policias Militares de nosso país.
   Como me propus a apresentar a verdade por trás da opção, embora muitos procurem a PM para nela servir e dela tirar seu sustento trabalhando honestamente e com o foco verdadeiramente justificado, alguns ainda procuram-na para dispor somente do que ela oferece inicialmente: uma farda e uma arma. E o pior, por não terem a devida capacidade intelectual para o conseguirem, apelam para desonestidade.
    São esses que cometem as trangressões e esta é a realidade. Entrar na Polícia para vestir uma farda e pôr uma arma, não no coldre quando de serviço, mas na cintura quando de folga. Contrariamente ao que rezam os estatutos e as leis que regem esta função, essas pessoas não têm o mínimo compromisso com a profissão que exercem, principalmente quando nela ingressam por meios fraudulentos e escusos.
    É certo e justo que o PM use uma arma, mesmo de folga; mas, desde que seja regulamentada, registrada. Todavia, é lamentável ver maus profissionais, que ingressaram somente "pela farda e pela arma", cometerem os piores e mais detestáveis desmandos. E alguns sequer ingressaram por meios lícitos. Ao contrário, compraram o gabarito e tomaram a "farda e arma" daquele que deveria recebê-la.
    Esses e essas que cometeram esse delito, por mais que tragem belas fardas e impunhem imponentes armas, estas não lhe pertencem. Por mais que a consciência nunca acuse, estarão vestindo farda e impunhando armas que não são suas; pois foram compradas; mais que isso, surgiram de um desejo fútil da ação criminosa. Para estes, a única coisa que merecem são a expulsão e acima de tudo: a entrega daquilo que não lhes pertence.


 Fox Sierra Commando

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