"Não tema a arma, mas a mão que a empunha."
Armas são eficientes, e umas mais que as outras. Sejam elas de fogo ou brancas. Todas têm um alto poder destrutivo, mas há uma outra verdade por trás desta evidência. Esse poder é totalmente restrito, reduzido e dependente, pois as armas não funcionam sozinhas. Há sempre alguém por trás do gatilho ou da impunhadura.
Em uma sociedade tão violenta e fora de controle e onde tudo agora se resolve por meio delas, raras vezes nos questionamos a respeito de coisas como essas. Certa vez vez alguém disse: "armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas." E não podemos fugir dessa máxima. Uma faca em mãos certas é usada para cortar legumes, carnes, embalagens ou para fins exclusivamente benéficos; em mãos erradas, para ameaçar, estorquir, ferir e matar. Da mesma forma a pistola, o revólver, a espingarda, a metralhadora e as demais armas.
Por mais que sejam usadas para este fim, o que mata nunca é o projétil ou a lâmina, mas a vontade explícita de quem puxou o gatilho ou desferiu o golpe fatal. É assim que devemos ver as coisas antes de lançarmos nossos julgamentos. Os reais assassinos são aqueles que usam esses recursos de maneira indevida e irresponsável.
O real poder das armas não está no fato de que com elas posso manter minha paz. Elas apenas dão a ilusória sensação de segurança. O poder a elas atribuido não passa de uma mera ilusão daqueles que as portam. Ilusão que os leva a se embrenhar por caminhos tortuosos e na maioria das vezes sem volta. Muitos já se foram com elas na cintura, e nada poderam fazer. Sequer impunhá-las. "Se Deus não vigia a cidade, em vão vigia o sentinela."
Não é nas armas em si que reside o perigo, mas naqueles que se apoderam do signo que elas carregam. naqueles que se dizem racionais. Naqueles que detém o poder sobre elas, naqueles que têm o poder de destruir a si próprios. Nos homens. Em ninguém mais.
E no fim das contas, elas não passam de mero pretexto...
James Francis Ryan
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