Nunca se debateu tanto Segurança Pública como nos dias atuais. Não é pra menos, tamanha é a explosão da violência e da criminalidade nos imensos rincões desse País. Fala-se em segurança, mas não naqueles que estão na linha de frente tentando fazê-la com a própria vida.
Muito se fala, se teoriza. Pouco se faz por aqueles que dia após dia estão combatendo o fantasma tenebroso da violência que se esconde nas grandes cidades do nosso Brasil. É muito trabalho e pouca remuneração. A PEC 300 há anos rola no Congresso nas mãos dos famigerados deputados e senadores. Enquanto isso os Operadores de Segurança ficam a sofrer o descaso do Poder Público com relação aos aspectos mais básicos. Simples requisitos. Um piso salarial honesto, um plano de carreira.
Reinvidicações não faltam. O crime avançando impetuoso e os cidadãos reféns em suas casas. Todos esperam que algo mude, mas ninguém quer mover uma palha em prol da mudança.
Os políticos acham que é um absurdo um policial ganhar R$ 2,000,00 ou mais um tiquinho. O povo também. Mas o que ninguém questiona é o fato de o salário de um deputado pagar dez professores. E olhe que comparando os benefícios, um professor bem remunerado vale por 100 deputados sedentos de roubo e corrupção. Voltemos ao salário de homem de pé preto. Alguém sabe quanto um policial ganha pra arriscar sua vida? Não! Não estamos nem aí, com tanto que após discar o 190 uma viatura risque na esquina em menos de dois fatídicos segundos. Sem contar que ainda tem mais algumas ligações reclamando da demora e falando que é cidadão que paga imposto e o escambal.
A verdade é que ninguém dá a mínima se um policial tomba ferido pela Sociedade. Quando ainda fica vivo, tem sorte, embora tenha que se tornar mendingo, pois o Estado só quer resultados e o descarta como que usa um papel higiênico e depois o lança na cesta do lixo. Afinal, quem mandou querer escolher uma profissão de risco? Que agüente calado e coma o pão que o capiroto amassou. E a pimenta que queime no olho do pêpa enquanto o Senador e o Deputado se refestelam às custas do Povo que os colocou lá.
E antes que alguém da platéia surja pra atirar uma pedra, ou uma pimenta malagueta no olho do pobre agente intelectual iniciante nas artes da crítica, ele se despede do público em geral alertando os leitores: saúde, educação, moradia e segurança pública. Bote junto disso um bom emprego e não precisaremos de senadores e deputados pra roubar os nossos impostos e nos sacanear. Com essas cinco coisas a gente caminha bem. E ninguém reclama de pimenta ardendo no olho de ninguém.
Casey Ryback
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