Caro Eric, faz um bom tempo que não recebemos seus pertinentes comentários. Bajulações a parte, você guarda seus comentários e os expõe em tempo oportuno. É sempre bom quando você comenta algo, o que me leva a respostar seu comentário, e isso eu faço com imenso prazer. Então vamos ao comentário do seu comentário.
Seria ótimo se as pessoas saíssem dos "mundinhos" que criam para si. Falo isto em termos de individualismos e cobiças. Se as pessoas vivessem princípios básicos de convivência e aprendessem a ver o outro com outros olhos. Pode ser que seja uma utopia, mas nós temos que fazer a diferença, já que "é preciso compreender que a doação de si mesmo, o risco, a fidelidade até a morte são exercícios que mais contribuíram para fundamentar a nobreza do homem." E se não remamos contra essa maré que insiste em nos derrubar e nos envolver, com certeza estaremos entregando os pontos e reafirmando a supremacia do EU SOCIAL que nos impõe sua marcha e seus princípios hipócritas.
Muitos deixaram de crer em mudanças, outros ainda crêem. "Morrem alguns todos os anos. Se o sacrifício deles se mostra aparentemente inútil, pode-se crer que não serviram para nada? Eles imprimiram, na massa virgem que somos no começo, uma bela imagem; eles semearam até a consciência da criança, alimentada pelos contos nascidos de seus gestos. Nada se perde, e até mesmo o mosteiro fechado por muros resplandece."
As pessoas são o que são, já trazem dentro de si o germe do que um dia irão ser verdadeiramente; todavia, as pessoas têm um referencial. Admiro quando você fala de seu pai. Que ele ainda acredita que alguma coisa ainda pode ser feita. Pessoas assim estão em extinção, Eric. Mas são pessoas como seu pai que não deixam que a barbárie se consuma plenamente. Essas poucas pessoas são ainda faróis a beira da enseada a nortear embarcações perdidas.
E por mais adaptado que você esteja à Sociedade, foi a voz e o exemplo de seu pai que não deixou que você se corrompesse. Você pode não ser igual a ele, já que cada pessoa é o que é, mas em algum lugar no seu íntimo você repudia aquilo que é errado e contraditório; e não compactua com absurdos e hipocrisias vigentes. Quanto a crer que ainda pode haver uma saída para a humanidade, nosso Patrono dizia em uma de suas obras: "combaterei pelo homem. Contra seus inimigos. Mas também contra eu mesmo."
"Mas também contra eu mesmo."
Mais uma vez, obrigado pelo seu comentário e sua colaboração. E parabéns pelo pai que você tem. Transmita-lhe meu abraço e minhas considerações, e diga-lhe que continue crendo. Apesar de tudo, ele não está sozinho.
Atenciosamente,
Frank Castle
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