Em um mundo tão sexualizado e erotizado como o nosso, é preciso diante de todo esse turbilhão de indecência refletir sobre o poder e a graça da figura feminina. Sobre a beleza, e mais que isso, a importancia da valorização da mulher como pessoa e agente da construção e transformação do homem no contexto sócio-cultural e nas demais áreas da vivência humana.
Fatos recentes apontam para uma preocupação a respeito do modo como é tratada a mulher em nossa Sociedade. É verdade que ela sempre foi vista como "objeto de desejo", "carne", "sexo", "satisfação" e outros termos depreciativos que minoram sua figura e sua importância. Ainda nos falta despertar a consciência de que a mulher vai além desses estigmas, mas não é da forma como vem sendo feito por elas mesmas.
Focando os manifestos atuais, há de se questionar que sentido tem as passeatas contra a "escravização do corpo" onde mulheres aparecem nuas mostrando aquilo que é tão sagrado e pessoal a elas próprias. Não é por essa via que se deve combater o mal da desvalorização e subserviência feminina. Pelo contrário, a valorização é algo pessoal e independe de terceiros, tendo de começar pela própria mulher com atitudes concretas e sadias.
Em contrapartida, a luta deveria ser travada contra as letras que estigmatizam, rebaixam e as coloca num lugar que não lhes convém nem lhes é merecido. Funks com letras agressivas à personalidade e à essência feminina deveriam ser banidos, bem como toda e qualquer manifestação musical que menospreze o ser feminino.
Talvez o que falte - não só em quesitos femininos, mas também masculinos - é o valor e a sacralidade do corpo. As roupas, embora nada digam a respeito da personalidade da pessoa, - sob o falso pretexto de moda - também contribuem bastante para agravar esse quadro. Não podemos voltar ao tempo das cavernas, nem impor os ritos mulçumanos a respeito das vestes, mas muitos trajes tem um "quê" de vulgar e depreciativo.
A verdade é que infelizmente ainda não tivemos o insight da verdadeira beleza feminina, que não se traduz em nada daquilo que a mídia apresenta: mulheres seminuas, seios a mostra, de biquini, roupas curtas e coladas ao corpo, corpos sarados (almas vazias e sedentas), belas modelos. A mulher é mais que isso. E queira Deus que elas descubram essa verdade. E mais que isso, que nós homens possamos reconhecer naquelas que estão ao nosso lado o real significado da criação mais perfeita que Deus escoheu para nossa companhia.
Saulo de Tarso
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