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Muita gente já morreu por causa das drogas, especialmente artistas famosos. Gente cheia da grana, que de tanto se enfastiar do dinheiro perderam o rumo de suas vidas e deram fim a elas.
Deixam essas pessoas algum legado? Talvez, mas não um que sirva para o bem.
Vai sair hoje no Fantástico uma matéria sensacionalista a respeito da morte de Chorão, tendo como foco a visão da esposa do falecido e os entorpecentes como pano de fundo. Na chamada televisiva dessa reportagem atribuem "um legado" a Chorão; e enquanto aguardo o desfecho das investigações e da matéria me pergunto: qual legado?
Com todo respeito aos familiares - fãs do artistas e da banda da qual era líder - mas, que legado o cantor deixa para as futuras gerações? Não sei se ele era caridoso, ajudava alguma instituição beneficente, ganhou algum Nobel ou descobriu a cura da aids ou do cancer. Pode ter sido uma pessoa maravilhosa, pode ter feito muitas pessoas felizes, pode ter ajudado milhares, pode ter deixado muitas composições. Mas falar de Chorão como alguém que deixa atrás de si um legado positivo já é demais.
O que ele deixa - além das letras que compôs - assim como todos os outros que o precederam nessa triste sina, é o lastimoso exemplo que não devia ser deixado. O exemplo de alguém que se entregou aos entorpecentes, afundou-se no submundo da cocaína, perdeu a família, a identidade e por fim tirou a própria por não suportar mais o peso que trazia nos ombros.
Esperamos que a família tenha o devido consolo diante da perda do ente querido (se é que assim o viam) e que o Bom Pastor o acolha e tenha dele misericórdia; pois por mais que alguém atente contra a própria vida, ninguém é digno de julgar esta conduta. A não ser Aquele a quem todos estamos sujeitos, na vida e na morte.
E como o cartaz que rola pelo Facebook (e que reproduzi acima) alerta: acorda juventude, drogas matam!
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Por Maximus Decimus Meridius
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