Continuamos a postagem referente a bibliografia do Patrono da ACIR. Confira mais uma obra e se puder não deixe de lê-la e apreciá-la.
Correio do Sul (1929)
Após o lançamento de O Aviador, Saint-Exupéry volta ao
início de tudo para criar uma nova novela. Ele diz que desde que a história foi
fluindo, a saga da correspondência vai até o hemisfério sul via Espanha,
Marrocos, Mauritânia até Dakar (capital do Senegal), onde a carta toma um barco
até chegar ao outro continente.
Jacques Bernis é o piloto que trafega com Latécoère (um
pioneiro da aeronáutica) com a correspondência até a América do Sul. Solitário,
ele se refugia dentro da cabine para escapar da monotonia da vida nos anos após
a guerra. Um dia ele conhece Geneviève (Jennifer, na versão em inglês), que é
casada. Bernis decide deixar seu 'casulo' e vai com ela num tipo de aventura,
mas percebe que pode não funcionar em razão de ela viver com o marido. O livro
é cheio de narrativas fragmentadas e amor trágico.
É, ao mesmo tempo, uma autobiografia documentada por um
piloro e um conjunto de reflexões líricas no heroísmo e solidão de um aviador
no início da aviação. Devemos ainda lembrar que nesses primeiros dias o homem
está sozinho com as máquinas, onde ele se sente instável, inseguro, e é
golpeado pelos elementos quase sempre soltos e cujos comportamentos não eram
muito conhecidos, sem o rádio, sobrevoando regiões inocupadas, com mapas onde
os pontos brancos ainda eram numerosos no qual cada falha poderia significar
morte por uma aterrissagem mal feita ou uma arma/espada de alguma tribo Beduína
Sendo uma história vasta em poesia e metáforas, foi
adaptada ao cinema por Pierre Billon em 1936 numa produção de 90 minutos que
levava um gênero minimalista não muito aprovado pela crítica.
Continua...
***
Por Frank Castle
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