sábado, 12 de abril de 2014

O Especialista em Jogo Sujo

Augusto Nunes - Especialista em jogo sujo, Lula aproveitou a reunião com empresários do Paraná para golpear Eduardo Campos abaixo da linha da cintura. "A minha grande preocupação é repetir o que aconteceu em 1989: que venha um desconhecido, que se apresente muito bem, jovem e nós vimos o que deu", disse o palanque ambulante em 14 de março, agora empenhado em reduzir o candidato à Presidência pelo PSB numa versão pernambucana de Fernando Collor.


Uma semana antes, Campos ressalvara que as críticas que faz a Dilma Rousseff não se estendem ao ex-presidente de quem foi ministro de Ciência e Tecnologia. O afago foi retribuído com o pontapé desleal. Como engoliu em silêncio a comparação ofensiva, pode-se deduzir que o governador não sabe com quem está lidando. Se não acordar a tempo, poderá repetir mesmo equívoco cometido por José Serra no início da campanha de 2010, quando procurou convencer o eleitorado de que Lula e Dilma não são uma coisa só.

O desfecho da disputa atestou que fazer oposição à criatura e, simultaneamente, tratar com reverência o criador é um equívoco desastroso. Passados quatro anos, os que enxergam mais de um palmo além do nariz sabem que o poste é inseparável de quem o instalou no Planalto. Sem Lula, não existiria Dilma Rousseff. Sem o chefe supremo, o PT seria um partido nanico. Sem seu único deus, a seita estaria condenada à morte por inanição.

Só a oposição oficial ainda não consegue enxergar no grande farsante o alvo principal. Sobram em Lula flancos expostos. O que falta é um adversário disposto a atacá-los sem clemência. Os contragolpes de Campos poderiam começar, por exemplo, pela lembrança de que Collor foi publicamente redimido por Lula, em julho de 2009, de todos os pecados que cometeu, comete e cometerá.

A foto do encontro em Palmeira dos Índios atesta que os inimigos do século passado revogaram o sentimento da honra e se tornaram-se amigos de infância. Na campanha eleitoral de 1989, o candidato do PT foi submetido ao que considera "o pior dia da vida" pela aparição no horário eleitoral de Collor da ex-namorada Miriam Cordeiro, que o acusou de tentar interromper com um aborto a gestação da filha Lurian.

Nos anos seguintes, Lula referiu-se ao algoz como "aquele canalha ladrão". Resolveu virar a página infame para  abortar também a CPI que pretendia abrir a caixa-preta da Petrobras, lembrou o post inspirado na foto. O apoio do agora senador Fernando Collor ajudou o presidente a esconder o que se passava nas catacumbas da empresa estatal. Mas o abraço obsceno foi só parte do pagamento.

O preço do acordo foi muito além do simbólico, demonstrou em outubro de 2010 o texto republicado na seção Vale Reprise. O ex-presidente despejado do gabinete que desonrou também foi autorizado a instalar o afilhado José Zonis na Diretoria de Operações e Logística da Petrobras Distribuidora. Com a nomeação do afilhado, pôde dispensar-se de designar prepostos para missões de grosso calibre na maior das estatais. O afilhado está lá para isso.

Eduardo Campos também poderia ter lembrado que os dois nasceram um para o outro. Escancarado pela grossura explícita, o primitivismo de Lula pode ser visto com nitidez por trás do falso refinamento de Collor. Denunciado pela arrogância de oligarca, o autoritarismo de Collor é perfeitamente visível por trás do paternalismo populista de Lula. Em sua essência, ambos são primitivos e autoritários. Previsivelmente, lutam lado a lado neste março. Estão juntos na ofensiva destinada a matar no berço outra CPI da Petrobras.

Os oposicionistas têm mais uma chance de dar a Lula o tratamento que todo culpado merece. De novo, ele tenta escapar de um escândalo pelo atalho do silêncio. É preciso obrigá-lo a recuperar a voz para cobrar-lhe as explicações que não há. Foi ele quem infiltrou na Petrobras os envolvidos na história malcheirosa da refinaria de Pasadena. Foi ele quem premiou José Sérgio Gabrielli com a presidência da Petrobras.

Foi ele quem transformou Dilma em ministra de Minas e Energia, chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da estatal. Foi ele quem ordenou que a refinaria Abreu e Lima fosse construída em parceria com a Venezuela de Hugo Chávez. Foi ele quem rebaixou a instrumento político a empresa hoje devastada pela necrose administrativa e pela decomposição moral.

Foi Lula quem forçou a internação da Petrobras na UTI. Chegou a hora de denunciar a nudez do reizinho.
 
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Texto do Frei Clemente Rojão, OAAO retirado do seu Blog por Casey Ryback
 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Uma Lei Hedionda



Todos já ouviram falar nos chamados crimes hediondos. São aqueles crimes que por sua gravidade, crueldade e conseqüências sobre as vítimas e seus familiares despertam o repúdio de toda sociedade e que, como forma de coibi-los, impôs-se penalidades rigorosas a seus perpetradores.

O que poucos sabem é que também existem leis hediondas. As leis hediondas são aquelas criadas sobre forte emoção dos legisladores, normalmente em ocasiões de forte comoção pública e que, por este motivo, não tiveram todas suas conseqüências e extensão de seu alcance devidamente avaliadas. As principais características de uma lei hedionda são:

1) Apresentam diversas inconstitucionalidades;
2) Proíbem atos e costumes enraizados e considerados normais pela população;
3) Determinam punições extremas e descabidas;
4) Sua aplicação ampla sobre toda população seria impossível;
5) Sua aplicação quase sempre ocasiona grande injustiça;
6) Permitem sua utilização como instrumento de coação por parte de uma vasta gama de autoridades;
7) Permitem perseguições políticas, donde podemos classificá-las também como fascistas.

No Brasil, onde 40% das leis são inconstitucionais (segundo estudo do Instituto dos Advogados do Brasil - IAB), encontramos diversas leis que se enquadram na categoria de hediondas. Podemos citar, como exemplo, aquela que considera as brigas de galos como crime ambiental e inafiançável.

As rinhas foram "inventadas" pelos antigos gregos e tornaram-se tradição popular em inúmeros países do mundo, inclusive na sociedade rural brasileira. O Brasil é um dos maiores (senão o maior) produtores e exportadores de carne de frango no mundo, mas condena à prisão aqueles que se divertem com briga de galos. Recentemente, vimos a aplicação discricionária desta lei sobre o publicitário Duda Mendonça, uma figura notória da sociedade, com grandes repercussões políticas. A Polícia Federal fez uma incursão em milionária e tradicional rinha situada no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, onde ele foi autuado. Até hoje não ficou claro se o objetivo dos agentes era criar um constrangimento político para o governo - uma das principais aplicações das leis hediondas; de qualquer forma, as punições aplicadas sobre os agentes mostram que a lei não é para ser aplicada aos amigos do rei.

Neste artigo, entretanto, vamos nos deter sobre a mais recente e nefasta lei hedionda aprovada pelo Congresso Nacional, a Lei 10.826, alcunhada de Estatuto do Desarmamento.

Esta lei foi criada com o objetivo de proibir a posse e o porte de armas de fogo para a maioria da população brasileira, deixando de fora apenas alguns privilegiados. Vejamos como ela se enquadra na categoria das leis hediondas.

As inconstitucionalidades:

O Estatuto do desarmamento está eivado de inconstitucionalidades. A própria proposição da lei já foi inconstitucional, pois partiu do Senado Federal quando deveria ter partido do Presidente da República. Também é inconstitucional o fato de algumas categorias profissionais (notadamente os servidores públicos) não serem atingidos por ela, como se as armas fossem boas para uns e ruins para outros. Desta forma, o Estatuto do Desarmamento criou duas castas de cidadãos: os que podem ter e portar armas e os que devem permanecer desarmados. Outras inconstitucionalidades: A lei estabeleceu pena de prisão para crimes de conduta (crimes sem vítimas); A lei criou impostos disfarçados sobre a propriedade privada; A lei confunde porte de arma com transporte de arma e torna os dois um único crime inafiançável; A lei proíbe a liberdade provisória para todos os crimes nela tipificados; A lei aumentou de 21 para 25 anos a maioridade para a posse de arma de fogo; A lei proíbe publicidade sobre armas de fogo ou qualquer coisa que “estimule seu uso indiscriminado”; A lei considera o disparo de uma arma de fogo como crime, mesmo que seja em defesa própria; A lei considera peça de arma como a própria arma; etc. etc. etc. São tantas as inconstitucionalidades que o Estatuto do Desarmamento é considerado por promotores, advogados e juizes uma verdadeira aberração jurídica.

Atos e costumes enraizados e considerados normais pela população:

Armar-se é uma característica humana. O homem distinguiu-se dos demais primatas ao empunhar uma arma. Outros animais usam ferramentas, mas só o homem usa armas. Somos atraídos pelas armas e a indústria do entretenimento sabe que filmes e jogos eletrônicos que as apresentam são garantia de sucesso. Nossas crianças brincam de cowboys, polícia e ladrão e simulam batalhas com armas de brinquedo ou imaginárias. Quer gostemos ou não, é algo que está em nossos gens. Ao proibir o acesso e o uso de armas, a lei proibiu o meio mais eficiente de defesa, vetando, na prática, o direito à defesa própria, negando o instinto de sobrevivência que é um direito legítimo e natural de todo ser vivo. Além disso, ela tenta impedir o uso de uma tecnologia dominada desde o século XV, contrariando outra lei natural que é a evolução, dispersão e universalização das tecnologias (lei entrópica das invenções). Por esses dois motivos vemos que é uma lei fadada ao fracasso. Muito embora o Brasil seja uma nação desarmada, onde armas de fogo estão em presentes em apenas 5% dos lares, os brasileiros vêem o uso de armas como algo natural. Expressões populares como “o tiro saiu pela culatra” ou “acertei na mosca” são exemplos disso. Em algumas regiões do país a posse da arma de fogo é um rito de iniciação da maturidade de jovens rapazes, com sua arma sendo entregue pelo padrinho. Vemos, portanto, que o Estatuto do Desarmamento atende ao segundo quesito de uma lei hedionda.

Punições descabidas:

Nesse aspecto o Estatuto do Desarmamento é pródigo. Ele pune com prisão a mera posse de uma arma ou de um cartucho de munição encontrada dentro do lar. Além disso, considera como arma qualquer peça ou acessório de arma, ou seja: um parafuso pode definir se um cidadão fica livre ou se vai para a cadeia junto com outros marginais.

Aplicação impossível sobre toda a sociedade:

Diversas estimativas apontam para a existência de algo entre 8 milhões a 20 milhões de armas de fogo ilegais (sem registro) em nosso país. O Viva Rio, num estudo muito suspeito, afirmou que esse número é exatamente 8.763.649. Seja como for, está dentro das estimativas acima. Admitindo-se que a cada arma corresponda um único dono, pergunta-se: será que vamos botar todos esses milhões de brasileiros na cadeia?
Devemos observar que, se aprovado no referendo de outubro, será proibido a venda de munição em todo país. Isto significa que mesmo os três milhões de proprietários de armas legais, para tê-las funcionando, precisarão ficar na ilegalidade. Será possível prendermos este 11 milhões de brasileiros apenas porque querem garantir seu direito natural à Legítima Defesa?

Sua aplicação quase sempre ocasiona grande injustiça:

A princípio, as leis de desarmamento são criadas com vistas a atingir os criminosos. Infelizmente, porém, quase sempre elas só atingem as pessoas de bem. Por exemplo, o Estatuto do Desarmamento pune rigorosamente quem efetua um disparo em zona habitada. Desta forma, o cidadão que fez um disparo no chão ou para o alto para repelir uma injusta agressão será punido com no mínimo dois anos de prisão, enquanto o agressor sai incólume (Art. 11 §1º). Se a polícia vai atender um chamado de roubo numa residência, não encontra o ladrão mas encontra o morador armado, quem vai preso é o morador. Infelizmente os jornais vivem noticiando estes fatos lamentáveis. Mesmo que, posteriormente, a justiça o libere, o dano moral está feito.

Permite sua utilização como instrumento de coação por parte de uma vasta gama de autoridades:

Já vimos que seria impossível prender todos os brasileiros que possuem uma arma ilegal. Desta forma, o Estatuto do Desarmamento será usado de forma seletiva, de acordo com os interesses da autoridade de plantão (seja em nível federal, estadual ou municipal). Dificilmente “Seu” José, que mora lá em Boca do Mato, ou mesmo a Dona Maria de Mangue Seco, serão incomodados por causa de suas armas. As pessoas que serão objeto de investida policial serão aquelas que de alguma forma incomodam o poder, seja através de críticas, seja por almejá-lo. Assim, devemos ver jornalistas e políticos, assim como seus parentes mais próximos, serem alvos de buscas e apreensões das forças policiais, sempre devidamente acompanhadas da imprensa para dar o destaque devido ao crime. Os juizes não terão como negar estes mandados de busca e apreensão, pois a posse de uma arma ilegal é um crime. Trata-se, portanto, de um crime em andamento (mesmo sem vítimas) e não mandar apurar um flagrante delito será visto como prevaricação. Mesmo que nenhuma arma ou munição seja encontrada na residência, só o fato da busca ser realizada já é uma violência inominável contra o cidadão e sua família.

Permitem perseguições políticas, donde podemos classificá-la como fascista:

Os nazistas, na Alemanha de 1933, perseguiam seus desafetos taxando-os de comunistas armados. Todos os inimigos do regime recebiam a visita da polícia a procura de armas ilegais, mas mesmo se a arma possuísse registro, o cidadão era condenado a uma pena de 20 anos de prisão, dado que um comunista armado seria um terrível subversivo. A Alemanha acabara de sair da 1ª Guerra Mundial e muitos civis possuíam armas militares e/ou ilegais em casa.
 
Hitler não precisou criar uma lei anti-armas. Ela fora criada em 1928, na República de Weimar, com a melhor das boas intenções. Nesta época foram instituídos o registro obrigatório de armas e a distinção entre armas de uso civil e armas exclusivas das forças armadas (para usar um termo popular no Brasil). Logo as prisões ficaram lotadas de subversivos e foi preciso criar prisões rurais, os chamados campos de concentração Como vimos acima, todas as armas no Brasil passarão à condição de ilegais se a proposta do referendo for aprovada e a única diferença a nos separar da Alemanha nazista é o tamanho da pena. Ah, sim, - falta também criarmos nossos campos de concentração.
 
Alguns dirão: - Ah, mas isso não vai acontecer no Brasil. Ledo engano. Já está acontecendo. Os jornais trazem, amiúde, casos em que a polícia foi fazer uma “busca e apreensão” de alguma coisa ou documento na casa de um suspeito e, nada encontrando, passam a procurar por armas e munições em situação irregular. Encontrando, já há motivo para a prisão e condenação do suspeito. Se isso não é fascismo, que nome dar a isto?

Sir Robert Peel, o criador da Polícia Metropolitana de Londres - a primeira polícia profissional moderna, dizia que para as leis serem cumpridas, o poder de polícia deve derivar do apoio da população a ser policiada. Se a população vê a lei como ruim, ou arbitrária, ela não cooperará, havendo a desobediência civil através da resistência passiva. Mais ainda, desarmar o povo aumenta o cinismo da sociedade e diminui seu interesse em colaborar com outras leis mais eficientes no controle da criminalidade. O sentimento de alienação e abandono aumenta em razão direta da ineficácia patente nos resultados apresentados. Sofre a população, sofre a democracia e fica aberto o caminho para aventureiros “salvadores da pátria”.
 
Leonardo Arruda

Diretor da Associação Nacional dos Proprietários e Comerciantes de Armas - ANPCA

Texto enviado por Leitor e editado por Frank Castle
Fonte: 

terça-feira, 8 de abril de 2014

Próximo domingo, cuidado com o que você doa como Gesto Concreto da Campanha da Fraternidade

Nos quatro anos do blog do Frei Rojão, este é o artigo que mais me doeu escrever. Mas a verdade nos libertará.

Sabem o dinheiro que é doado como "Gesto Concreto da Campanha da Fraternidade"??? Este dinheiro que você coloca num envelopinho e vai doar no Domingo de Ramos, próximo 13 de abril?


Bem, ele vai para uma estrovenga chamada de Fundo Nacional de Solidariedade da Cáritas Brasil. Até ai, tudo bem. Só que 40% deste dinheiro vai para "projetos". Estou lendo a lista dos "projetos" e francamente alguns deles mais vale você enviar logo o dinheiro para o governo da Coréia do Norte ou da Venezuela, pelo menos não teria molestamento ideológico de nossa juventude. Outros são de uma etereicidade que os efeitos práticos são difíceis de ver, podem ser qualquer coisa, e não é dez mil espalhado entre eles que faz diferença. 


Todas as informações retirei do próprio site da Caritas Brasil. Não inventei nada, estão aqui print-screens em 7 de abril de 2014 como testemunho:





Por certo não tenho como saber da idoneidade destes projetos, mas a laranja não cai longe da laranjeira, temos de saber ler os sinais dos tempos. Basta ver o linguajar que detectamos esquerdopatia em altos níveis. 

Vamos selecionar o título de alguns projetos da Campanha da Fraternidade 2013. Não posso saber o teor deles, apenas o título, mas, convenhamos, se o título é assim, imagine o que vai nele. Acredito que nenhum deles seja uma campanha para a divulgação do terço dos homens, não é verdade??? 

Seguem alguns exemplos que saltaram à vista:
  • MANUTENÇÃO DO SECRETARIADO E AÇÕES DA PASTORAL da Pastoral dos Nômades do Brasil - R$ 21.920,00: Poxa! Não sabia que havia nômades no Brasil!!! Seriam eles yakults siberianos? Ciganos romenos? Tártaros da Criméia? Pastores berberes? Pelas barbas de Átila, o huno, encontraram nômades no Brasil! 
  • APOIO A ASSEMBLÉIA ELETIVA DA COMISSÃO PASTORAL DA TERRA - REGIONAL  NORTE 2 - R$ 15.00,00: Vocês já conhecem a obra da Pastoral da Terra, não? Ou seja, o dinheiro foi para FINANCIAR suas eleições. Dinheiro utilíssimo como gesto concreto da Quaresma. 
  • 27ª ROMARIA DA TERRA DO PARANÁ, Comissão Pastoral da Terra Paraná - R$ 15.00,00: Romaria para onde? Aparecida? Serra da Piedade? Lourdes? Fátima? La Salette? Roma?
  • GUERREIRAS NA AUTONOMIA FINANCEIRA, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jordânia - R$10.000,00: Que mimoso! Um sindicato recebendo dinheiro da Igreja! Ora, os sindicatos já recebem o roubo que é desconto do Imposto Sindical, vindo da ditadura getulista, em que cada trabalhador é roubado em sua folha de pagamento para financiar sindicatos que na grande maioria dos casos nem se importam. Lula já baixou a regra: os sindicatos recebem este dinheiro público mas não precisam prestar contas dele aos tribunais de conta. E o dinheiro da Igreja, que não é público, muito menos obrigação de prestar contas!!! Para que sindicatos precisam do dinheiro da Campanha da Fraternidade?
  • TEATRO SOCIAL NA ESCOLA, Associação Grito dos Excluídos/as Continental: Sem comentários. Eles devem estar ensaiando Shakespeare, Molière e Gil Vicente, certamente!
  • APOIO À REALIZAÇÃO DO I ENCONTRO ENTRE POVOS INDÍGENAS E COMUNIDADES QUILOMBOLSA (SIC) NO MARANHÃO: EM DEFESA DA VIDA E DOS DIREITOS, CONSTRUINDO O BEM VIVER. Conselho Indigenista Missionário Regional Maranhão: É por isto que o Maranhão tem os melhores indicadores sociais do Brasil, não?  O mais engraçado foi o ato falho da digitação do texto original, ao invés de Quilombola, é QuilomBOLSA. De fato, o bom negócio do tungamento de terras baseados em pedidos precários e suspeitos de quilombolas garantem a bolsa de muita gente.
  • PROJETO DE FORMAÇÃO DE JOVENS EM AREAS DE REASSENTAMENTO DE FAMILIAS ATINGIDAS  POR BARRAGENS E ASSENTAMENTOS PELA REFORMA AGRARIA  DO VALE DO RIO DOCE: Sem comentários. 
  • PROJETO  "Ae jeje ukwa katu ta" Associação do Povo Indígena Ka'apor do Rio Gurupi: Quero pensar que "Ae jeje ukwa katu ta" seja algo bem cristão em tupi. Pelos cabelos brancos de São José Anchieta!
  • ENCONTRO REGIONAL DA PASTORAL DA JUVENTUDE NE3, R$ 15.000,00 
  • ARTICULAÇÃO NACIONAL DO 19º GRITO DO/AS EXCLUIDOS/AS, R$ 40.000,00: Dinheiro da Igreja usado para financiar uma passeata pró-governo. O mais interessante é a tara esquerdopata por mudar a gramática, tem de escrever "excluídos/as" como se as excluídas não estivessem incluídas nos excluídos.

A lista é longa, leitor. Eu paro aqui, após passar por uma primeira lista. Convido o leitor a ler as todas as três listas e colocar a mão na consciência antes de colocar dinheiro no malfadado envelope. 

Acompanhem também o formulário da prestação de contas, na mesma página. Vejam que basta uma nota fiscal para prestar contas do dinheiro do povo gasto. Este controle é fragilíssimo. E leiam os critérios do controle. Não vou comentar, leiam e conheçam, a informação é pública.

Você que é pároco e está lendo este colega, convenhamos: Vendo esta montanha de dinheiro vindo das coletas, não dá uma dor no coração? Você olha o teto rachado da igreja precisando urgentemente de reformas, os bancos velhos, os vitrais esmaecidos, os paramentos rotos, a pintura caindo... e estes nababos de pastoral levam às mancheias dez, quinze, vinte, quarenta mil!!! O custo do metro quadrado construído médio no Brasil é de R$ 1089 em janeiro de 2014. Vamos dizer que dado os pés-direito das igrejas, seja R$ 1500. Ora, só com o que foi gasto na Articulação do Grito dos Excluídos (40 contos, que é apenas uma pequena fração deste dinheirão todo) poderíamos construir do zero 27m2 de capela! Depois reclamam que falta igreja! Com estes 40.000,00 pelo ralo você paga por um ano com todos os encargos trabalhistas um funcionário diocese que ganhe R$ 1398,00 por mês !!!

"A oração que não gera uma ação concreta em ajuda de nossos irmãos pobres, doentes, carentes, que precisam de nós, é uma oração estéril e incompleta. Por outro lado, quando no serviço eclesial se presta mais atenção no 'fazer', dando mais importância às funções e estruturas, corre-se o risco de servir apenas a sim mesmo e não a Deus, presente no irmão necessitado".  Papa Francisco, Angelus de 20 de julho de 2013

E se este dinheiro fosse usado comprando cestas-básicas, roupa de cama para os pobres? E se fosse usado para comprar  livros para os seminários? Ou Bíblias para as catequeses? E se financiasse orfanatos e asilos da própria igreja? Quantas crianças não poderiam ser sustentadas? Quantos velhinhos não teriam abrigo? Quantos seminaristas não teriam bolsas de estudo? Quantos frades pobres seriam mantidos? Não, não vendam o ouro do Vaticano (que não existe, aliás) para dar aos pobres, dêem aos pobres a montanha de dinheiro drenada da Igreja pelas inúteis pastorais!! E como nem só de pão vive o homem, usem este dinheiro para pagar a folha de pagamento da paróquia! Ou façam igrejas para o povo! Com o dinheiro da primeira lista (R$ 1.297.000,00) seria possível construir 844 m2 ou reformar muito mais! Seria possível comprar  25.940 cestas básicas  a R$ 50 cada.

Bons tempos em que os vendilhões do Templo só vendiam pombinhas, bezerros e trocavam moedas! Hoje em dia eles tem consciência social... e pastoral!!!

Todas as informações que publiquei aqui retirei do site da Caritas Brasil. Ah, e antes que algum bispo vermelho (e potencialmente excomungado) venha me ameaçar, leia o Código de Direito Canônico. Este meu texto está protegido pelo artigo 212 do Código de Direito Canônico. Não acusei ninguém de ser desonesto, eu acuso é a completa perversão do sentido das doações quaresmais da Campanha da Fraternidade, eu acuso a inutilidade cavalar destes projetos, eu acuso o financiamento de turismo de marmanjo de pastorais e CEBs em reuniões e assembléias, eu acuso a esquerdopatia dos temas!

E muito cuidado com a doação que vocês fazem... 

Minha sugestão é que vocês não doem nada para a Campanha da Fraternidade. Mesmo que 60% vá para a diocese, francamente, por que não doar logo 100% para a sua diocese, seja na conta dela, seja na coleta da catedral? As dioceses tem folhas de pagamento terrivelmente pesadas, e muitas despesas. Quer doar, doem lá. Que diabos de projetos são estes? Se a diocese quiser por conta financiar estas melecas ai, Deus vai cobrar cada centavo do senhor bispo, mas é problema dele. Uma vez sabendo que o dinheiro da Campanha da Fraternidade vai para estas coisas, não devemos doar. Aliás, penso que é melhor descarregar no Domingo de Ramos todas suas ofertas nas mãos do mendigo na porta da Igreja, mesmo que eventualmente ele gaste com cachaça (ou crack, infelizmente) pelo menos ele não está semeando idéias perversas na Igreja de Deus, está prejudicando apenas a si mesmo. Digo isto porque muitas pessoas dão dinheiro na coleta da Igreja porque sabem que o mendigo local não teria sabedoria para gastar.  Digo com dor no coração, pelo que podem ler da lista, parece que a coleta da Igreja também não é tão sábia assim...

Não, não dê seu suado dinheirinho para estas porcarias! Não dê o fruto de seu trabalho para ser rasgado! Não financie esquerdopatia!

PS - E dos médicos cubanos escravizados em plena Campanha da Fraternidade contra a Escravidão, ouçam o som do silêncio que clama aos Céus...

Fonte