quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Uma Guerra Silenciosa e Cruel



Todos os dias tombam silenciosamente policiais militares em todo o Brasil. Morrem defendendo a Sociedade, cumprindo seu dever sagrado de proteger o cidadão; morrem emboscados sem chance de defesa por criminosos covardes, pelo simples fato de tentarem cumprir sua missão; morrem esquecidos, enquanto a Sociedade insiste em aumentar-lhe o jugo; enfim, morrem e no cumprimento de sua missão sagrada.
    
   Essa é a vida do policial militar, que honestamente exibe o emblema de sua corporação e o honra; que dia após dia perde suas noites de sono e seu precioso sossego no seio de sua família. Uma vida atribulada e cheia de incertezas e dificuldades. Permeada de dissabores e fadada na maioria das vezes ao esquecimento, à mutilação ou mesmo a morte.
    
   Com esta guerra declarada aos policiais militares de São Paulo – que o Governo Paulista insiste em negar -, percebemos o quanto a vida de um pai de família é insignificante para esses algozes que insistem em caçar os PM’s como se estes fossem animais que se caçam para o abate.
   
    É certo e provável que no seio da Polícia Militar existem pessoas que não merecem vestir a farda que ostentam, e desviando-se de sua missão primordial cruzam a linha que os separa de criminosos. Formam o que designam como “esquadrões da Morte”. Que matam indiscriminadamente pelo mero prazer de matar, ao contrário daqueles que matam no estrito cumprimento do dever legal.
    
   Esses últimos são infelizmente confundidos com os “maus policiais” e pagam com suas vidas pelos erros cometidos pelos companheiros que praticam a truculência e valorizam a violência gratuita como forma de auto-afirmação.
    
   Até no meio criminoso há uma regra de conduta, um código de honra. O PM que tem ciência de sua vocação como defensor da vida, sabe que não receberá nada em troca pelo serviço que presta; sabe que o bandido que prendeu mais tarde estará de volta às ruas; sabe que não deve tirar a vida daquele que se rende mesmo que tenha estado de arma em ponho instantes antes; sabe que uma vida tem valor infinito, embora seu oponente não compartilhe do mesmo ideal; sabe que depois das 24h estará de volta ao seu lar e que não há coisa melhor do que terminar o serviço de cabeça erguida e com as mãos limpas, a certeza do dever cumprido e a consciência em paz.
    
   Mas esses homens valorosos estão sendo caçados, mortos covardemente sem a mínima chance de defesa.
    
   Que a Sociedade compreenda o valor do Policial Honesto e saiba distingui-lo daquele que se deixa corromper. Que os próprios criminosos reconheçam que um dia seus familiares necessitarão dos serviços desses homens. Que os que merecerem, paguem pelos seus atos. Se tiverem derramado sangue inocente, que lhes seja cobrado àquilo que devem. E que Deus abençoe todos os que insistem em continuar lutando por um futuro onde não seja necessária a arma na cintura e as guarnições de patrulhamento.

Por Maximus Decimus Meridius

Nenhum comentário:

Postar um comentário