sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Questões Pertinentes sobre Armas

"Se não é o Senhor que guarda a cidade, em vão vigia a sentinela." Salmo 127,1

    O ano está para terminar.  Em breve estaremos em 2012. Muita coisa aconteceu durante esse ano que passa. Eventos alegres, fatos tristes, tragédias, enfim, coisas que acontecem para que a vida continue seu curso do modo que deve ser. Ou isso, ou vegetaríamos.

   Mas há um fato que a muito reluto em relembrar, mas que hoje me veio a coragem para falar. O caso da escola de Realengo e a questão do desarmamento.

   Quiseram aproveitar-se do caso para reacender a polêmica do desarmamento. Muito já se bateu nessa tecla, e mesmo correndo o risco de que pensem que faço apologia às armas de fogo, o desarmamento da população ordeira não é uma solução viável para o problema da violência e da criminalidade. Políticas de segurança pública devem ir além disso. Armas são apenas a ponta do iceberg. Em suma, o cidadão deveria possuir uma arma. Não para exibir-se ou andar com ela "nos quartos" pra cima e pra baixo, mas para defender-se na ocasião em que o malfeitor invadir-lhe a casa ou ameaçar ofender-lhe a família.

   O salmo que apresentei no início é um ponto de vista que trago comigo todos as vezes que ponho a minha arma na cintura em virtude de minha função. A confiança está mais em Deus do que propriamente no monte de ferro e chumbo que trago junto ao corpo. E queira Ele - Bom Mestre e Pai Misericordioso - que eu nunca precise sacá-la  para derramar o sangue de ninguém, e que ninguém derrame o meu. Todavia, é importante que se diga que se o elemento sabe que o cidadão está desarmado, aumenta-lhe o desejo e o fogo de praticar o mal.

   Outra coisa que ainda temos que conviver, é que além do desarmamento enfrentamos a restrição de calibres e a burocracia na aquisição de uma arma. É imoral, e chega a ser uma verdadeira via crucis (para pessoas da lei, e imaginem para o cidadão comum). Enquanto que o criminoso não tem nenhuma restrição e ao seu dispor tem um verdadeiro arsenal com as armas que lhe der na teia.  Fronteiras mal vigiadas, corrupção nas alfandegas, etc...

   E assim ficamos todos reféns.

  Mais uma vez, não quero ser apologista das armas de fogo, mas já vi inúmeros casos em que o cidadão foi cruelmente trucidado dentro de sua própria casa, sem que pudesse esboçar uma única reação, a não ser esconder-se embaixo da cama ou trancar-se no quarto e aguardar a morte certa enquanto seus algozes arrombavam a porta com o poder de fogo de suas potentes armas de fogo.

  E embora não faça nenhum sentido essa reflexão a esta altura do campeonato, deixo aqui meu parecer a respeito dessa questão. Mas sempre relembrando essa sábia palavra:  "Se não é o Senhor que guarda a cidade, em vão vigia a sentinela."

   A todos os amigos, leitores, agentes intelectuais e seguidores um FELIZ ANO NOVO. Que o Bom Deus os abençõe que nesse novo ano que se inicia possamos caminhar juntos nas sendas da VERDADE e da HONRA.
 Frank Castle

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