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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Desabafo de um Leitor Decepcionado

Caros amigos leitores dos Críticos Intelectuais Reunidos,

   Esse é um desabafo pessoal que deixo hoje pensando em todos aqueles que pensam da mesma maneira que eu. Estou muito triste diante do fato de não ter as devidas condições de fazer o que mais gosto: ler bons livros. E por que? É fato notório: no Brasil, esse artigo é muito caro! Os impostos são altíssimos e fica difícil adquirir novas obras depois de lermos aquelas que com muito esforço adquirimos anteriormente. E um outro agravante, a má vontade nos descontos.

   Só pra vocês terem uma idéia, hoje levei para uma feira de livros a ínfima quantia de R$ 200,00. Tinha a expectativa de trazer de lá no máximo uns 15 livros (por já imaginar o sal dos preços. 10 era o mínimo), mas tudo o que trouxe foram apenas 8 obras. E mesmo assim, das que listei para o acervo, trouxe apenas uma. Pra "lavar a égua!"

   Outro ponto que notei, além dos altos impostos foi a má vontade e o capitalismo ferrenho de algumas lojas. Deus que me perdoe, mas tem umas editoras ditas cristãs que são as mais miseráveis. Não dão desconto em nada. Têm os preços lá em cima (cristãs.kkkkkkkk) e não dão nenhum desconto. Ô povo miseravel esse da Igreja Católica Apostólica Romana (vocês devem saber a quem me refiro) o único desconto que me deram foi de somente R$ 0,10. Aí está a prova (cupons fiscais sem o nome da Loja):

Compra de 4 obras (veja os preços) sem nenhum desconto.

                                           Compra de 2 obras (veja desconto de R$ 0,10)

   As duas obras restantes (completando as 8 obras) não tiveram cupom fiscal emitido, mas ficaram no valor de R$ 80,00 com desconto. Era uma "editora secular" e teve a coragem de dar um desconto de R$ 10,00. Ao contrário da "editora católica".

   E essa é a história e o desabafo que deixo, meus amigos. Além do livro ser caro no Brasil, por causa da carga de impostos, ainda tem loja que não quer perder nada. A grande verdade é que os amantes da leitura tiram "das guelas" por amor a leitura.

   Vou ficando por aqui e deixo meu desabafo e meu protesto. Primeiro contra esse Governo ladrão, que quer ver o brasileiro burro e sem cultura; segundo contra essas editoras cristãs que sangram os nossos bolsos e não se dignam a dar um bom desconto.(Lógico que elas pagam impostos, mas negar desconto aí é o fim da picada)

***

Texto enviado por um Leitor e postado por Casey Ryback





terça-feira, 22 de novembro de 2011

Desabafo de um Professor Brasileiro

Infelizmente não é um caso isolado e sim, a realidade que as escolas
estão se tornando...

História de um Professor
16 de julho de 2011
Caro Juremir  (CORREIO DO POVO/POA/RS)!

Meu nome é Maurício Girardi. Sou Físico. Pela manhã sou vice-diretor no Colégio Estadual Piratini, em Porto Alegre, onde à noite leciono a disciplina de Física para os três anos do Ensino Médio. Pois bem, olha só o que me aconteceu: estou eu dando aula para uma turma de segundo ano. Era 21/06/11 e talvez pela entrada do inverno, resolveu também ir à aula uma daquelas alunas “turista” que aparece uma que outra vez para “fazer uma social”. Para rever os conhecidos. Por três vezes tive que pedir licença para a mocinha para poder explicar o conteúdo que abordávamos. Parece que estão fazendo um favor em nos permitir um espaço de fala. Eis que após insistentes pedidos, estando eu no meio de uma explicação que necessitava bastante atenção de todos, toca o celular da menina, interrompendo todo um processo de desenvolvimento de uma idéia e prejudicando o andamento da aula. Mudei o tom do pedido e aconselhei aquela menina que, se objetivo dela não era o de estudar, então que procurasse outro local, que fizesse um curso à distância ou coisa do gênero, pois ali naquela sala estavam pessoas que queriam aprender''e que o Colégio é um local aonde se vai para estudar'‘. 

Então, a “estudante” quis argumentar, quando falei que não discutiria com ela. Neste momento tocou o sinal e fui para a troca de turma. A menina resolveu ir embora e desceu as escadas chorando por ter sido repreendida na frente de colegas. De casa, a mãe da menina ligou para a Escola e falou com o vice-diretor da noite, relatando que tinha conhecidos influentes em Porto Alegre e que aquilo não iria ficar assim. Em nenhum momento procurou escutar a minha versão nem mesmo para dizer, se fosse o caso, que minha postura teria sido errada. Tampouco procurou a diretora da Escola. Qual passo dado pela mãe? Polícia Civil! Isso mesmo! Tive que comparecer no dia 13/07/11 na oitava delegacia de polícia de Porto Alegre para prestar esclarecimento por ter constrangido (?) uma adolescente (17 anos), ''que muito pouco freqüenta a aula e quando o faz é para importunar, atrapalhar seus colegas e professores''. A que ponto que chegamos?

Isso é um desabafo. Tenho 39 anos e resolvi ser professor porque sempre gostei de ensinar, de ver alguém se apropriar do conhecimento e crescer. Mas te confesso, está cada vez mais difícil. Sinceramente, acho que é mais um professor que o Estado perde. Tenho outras opções no mercado.Em situações como essa, enxergamos a nossa fragilidade frente ao sistema. Como leitor da tua coluna, e sabendo que abordas com freqüência temas relacionados à educação, ''te peço que dediques umas linhas a respeito da violência contra o professor''.


NÃO PRECISAMOS DE PROFESSORES/NÃO PRECISAMOS DE EDUCAÇÃO/AFINAL, PARA QUE SER UM PAIS DE 1° MUNDO SE ESTÁ BOM ASSIM

Ronaldinho Gaúcho: R$ 1.400.000,00 por mês.
"Homenageado na Academia Brasileira de Letras"... LETRADO ELE

Tiririca: R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias;
"Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...
COMO DIZEM OS GAUCHOS: “TCHÊ... QUE TAL?”

TRADUZINDO, O SALÁRIO DO PALHAÇO AI, PAGA SÓ 30 PROFESSORES, E PARA AQUELES QUE ACHAM QUE EDUCAÇÃO NÃO É IMPORTANTE, CONTRATA O TIRIRICA PARA DAR AULA PARA SEU FILHO.

Um funcionário da Sadia (nada contra) ganha hoje o mesmo salário de um ACT ou um professor iniciante, levando em consideração para trabalhar na empresa você precisa ter o fundamental, ou seja, de que adianta estudar, fazer pós e mestrado?

Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00…

Moral da História:
Os professores ganham pouco, porque só servem para nos ensinar coisas inúteis como: ler, escrever e pensar.

Sugestão:

Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:

Educação Física: Futebol;
Música: Sertaneja, Pagode, Axé;
História: Grandes Personagens da Corrupção Brasileira; Biografia dos Heróis do Big Brother; Evolução do Pensamento das "Celebridades"
História da Arte: De Carla Perez a Faustão;
Matemática: Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha; Cálculo Percentual de Comissões e Propinas;
Português e Literatura: ????? Para quê ?????
Biologia, Física e Química: Excluídas por excesso de complexidade

Está bom, eu quero mais!
ESSE É O NOSSO BRASIL!!!
______________________________________________________________________
Olha o absurdo no Rio de Janeiro (que não é diferente no resto do Brasil)

BOPE R$ 2.260,00........................ para Arriscar a vida;
Bombeiro R$ 960,00.....................para Salvar vidas;
Professor R$ 728,00.....................para Preparar para a vida;
Médico R$ 1.260,00.......................para Manter a vida;

E o Deputado Federal?

Ganha R$ 26.700,00 para FERRAR a vida de todo mundo!

Enviado por um Leitor e editado por Frank Castle

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Educação Rima com Democracia



A Educação em PE não vai nada bem, temos um dos piores indicadores do Nordeste e conseqüentemente do país. Já faz 18 anos que sou professor, mas, nunca passei por uma situação tão humilhante como de atualmente.
 
A estrutura educacional continua extremamente tradicional e bancária. As mudanças na educação são lentas e ineficazes e não são bem aceitas pelos professores. Ser professor neste país continua muito difícil e estressante.A escola brasileira precisa urgentemente resolver um problema crônico da na nossa educação, que é o diálogo. Este diálogo tem importância fundamental nesta relação docente entre professor e aluno. É essa participação individual e coletiva que fará a diferença na convivência dialogada nos trabalhos e projetos propostos pelo estabelecimento escolar.

A escola precisa cumprir com a sua verdadeira função social: que é em primeiro lugar cuidar das pessoas humanas que nela estão contribuindo assim com a sua cidadania. E em segundo lugar como pressuposto de um bom ensino trabalhar mais a questão da pesquisa e do seu envolvimento como ser político e histórico. É importante que tenhamos a sabedoria de entender este processo de formação continuada na escola e na comunidade através da solidariedade, da amizade e da paz.

Não podemos viver mais no ambiente de violência de intrigas e brigas. Para isso mudar é importante que escola debata com todos os problemas do cotidiano da sua realidade com toda comunidade. Eu penso que ainda faltam gestores devidamente capacitados para administrar com competência uma instituição importantíssima chamada escola, que, tem uma função crucial no desenvolvimento da sociedade que se propõem a ser justa, crítica honesta e transformadora. Portanto, precisamos de uma escola transparente, amiga, ética, solidária e democrática.

Numa escola dessas todos vão ter prazer em estudar e, de realizar os seus sonhos e seus objetivos. Temos que fazer a escola, um local onde os jovens possam construir os seus sonhos e objetivos, modificando de forma substancial a história do nosso Brasil.

A direção escolar não deve criar só regras e normas, nem tão pouco policiar os professores, precisa ser mais aberta, mais fraterna e mais humanizada. Dentro deste contexto, o que devemos fazer para melhorar e transformar a nossa educação? É com atitudes baseadas na liberdade de expressão no respeito à diferença e a diversidade.

A autonomia do professor deve sempre ser respeitada pela direção da escola. Infelizmente os professores ainda não são respeitados nem pelos alunos, nem pelos pais e diretores. O que prevalece nesta relação é a truculência, o autoritarismo e obediência por parte dos professores.
 

Todos os professores precisam saber que somos funcionários do estado e não servos de ninguém.

Na escola pública definitivamente não existe unidade e nem tão pouco democracia. Não dá para ser feliz em um espaço de trabalho ameaçador, de censura. A escola precisa ser um espaço possibilitador da crítica, das mudanças constantes, da alegria, do sorriso e, sobretudo da esperança. Ultimamente vale quem grita mais alto. Os alunos são muito mal educados, não respeitam ninguém e possivelmente vivem em um ambiente muito desestruturado. Uma escola que não mantém uma interlocução com os professores, com o grêmio, com os alunos, com o conselho escolar e com toda comunidade não tem condições de funcionar bem.

A escola precisa ser um local de inclusão e não de exclusão. Onde os alunos não sejam barrados porque às vezes não vem com a farda, é importante saber que nenhum diretor tem o direito de barrar qualquer aluno no espaço público. Como podemos construir uma educação séria com todas estas questões? Uma educação de qualidade na aprendizagem requer mais harmonia, mas civilidade e mais respeito. Até que ponto nós iremos continuar assistindo tudo isso, sem tomar uma atitude, sem tomar uma posição em relação a esses fatos? Como fica a coerência e a responsabilidade desta categoria de professores?

Até quando nós vamos continuar com essa educação fracassada? Até quando vão tratar a educação como um negócio que dá lucro? O governo pensa que é através de “pacotes fechados” de monitoramento que o ensino público vai melhorar. “E agora, ele trata a educação como se fosse uma empresa privada que tem que dá resultado e “lucros”. Quem é que vai ser beneficiado com tais medidas? Os professores já são sobrecarregados e ganham muito pouco pelo o trabalho que faz.

Os professores deste país precisam se unir de uma vez por todas, para reivindicar e discutir a educação que eles fazem e pensam, juntamente com a sociedade organizada.A estrutura educacional brasileira é muito precária. A escola se preocupa ano após ano basicamente em aumentar as matrículas dos alunos, dessa forma vem mais verba, ou seja, é a troca da quantidade pela qualidade.

Ninguém pergunta como vive um professor na sala de aula atualmente. O professor ta mal. O nosso trabalho tornou-se muito burocrático. É o planejamento baseado nas seqüências didáticas que não indicam concretamente absolutamente nenhuma mudança eficaz na vida dos alunos. Eu pergunto que escola é essa?

Como fazer a e escola dos sonhos, dos seres humanos que se amam e que se solidarizam uns com os outros todo tempo? Em estabelecimento de ensino deste definitivamente não existe unidade e nem tão pouco democracia. Dessa maneira não dá para ser feliz em um espaço ameaçador. O professor vive sendo censurado e humilhado.

A escola deve ser um espaço possibilitador dá crítica, das mudanças constantes e, sobretudo da alegria e da esperança. Ultimamente a regra é quem fala mais alto. Os alunos são muito mal educados, possivelmente vivem em um ambiente desestruturado e não obedecem nem aos pais, nem professores, não obedecem ninguém. E uma escola que não mantém uma interlocução com os professores, com o grêmio, com os alunos, com o conselho escolar e com toda comunidade não tem condição de funcionar bem.

A escola deve ser um local de inclusão e não de exclusão. Onde os alunos  não sejam barrados porque às vezes não vem com farda. É importante saber que um diretor não tem o direito de barrar qualquer aluno num espaço público.Com todas essas questões como podemos construir uma educação séria, com esperança, com justiça, com dignidade para todos? Uma educação de qualidade na aprendizagem, com harmonia precisa ter civilidade e respeito.

Até que ponto iremos continuar assistindo tudo isso, sem tomar uma atitude, sem tomar uma posição diante desses fatos? Com fica a coerência dessa classe de professores? Até que ponto nós vamos continuar com essa educação tão fracassada? Até que ponto vão tratando a educação como negócio que dá lucro?

O Governo pensa que através desses pacotes fechados e monitoramento que a aprendizagem vai melhorar. O Governo está tratando a educação como uma empresa quem tem que dá resultados. Quem vai ser beneficiado com tais medidas? Os professores estão cada vez mais sobrecarregados, são mais exigidos, trabalham muito e ganham mal.

Os professores deste país têm que se unir para superarem este conjunto de problemas para discutir a educação que eles fazem e pensam, juntamente com a sociedade organizada.

A estrutura educacional é muito precária. A escola se preocupa em fazer matrículas para receber mais verba. Evidenciando a troca da qualidade pela quantidade. O professor tornou-se refém de uma estrutura que continua sem funcionar bem. O profissional de educação está sufocando com tanto planejamento, plano de aula, plano de curso, tudo isso baseado nas seqüências didáticas imposta pela secretaria de educação.

Evidentemente isso não é garantia de uma melhora acentuada na educação. De concreto mesmo isto não indica uma mudança significativa nem na educação nem na vida dos alunos. Eu pergunto que escola é essa? Como fazer uma escola dos sonhos dos seres humanos que amam que se solidarizam uns com os outros todos os tempos.

Ultimamente é assim, um dia após outro estresse, deixando-nos cada vez mais impotente. Devemos resolver os problemas  da escola , coletivamente. É necessário ser e bom justo e, sobretudo, é importante ter uma concepção de educação humanista.

A escola fracassada trata o aluno como um objeto e não como sujeito que pensa e transforma a realidade do seu país, não valorizando o seu conhecimento, seu potencial e suas habilidades. A nossa escola continua sendo conteúdista e menos humanista, é o que eu venho observando com as minhas experiências nas escolas onde eu trabalho. A ordem que o professore recebe é passar o aluno. Quem é melhor professor é o que passa ou que reprova? Nós estamos na escola para formar cidadãos críticos.

Precisamos de uma escola que tenha uma unidade sólida, que tenha harmonia, que tenha bom humor, que faça seu aluno e seu professor e todos os profissionais da área ter prazer e motivação de trabalharem nela....temos que vê  os  alunos sorrirem. Uma escola que tem alto estima e elogia os seus funcionários passa a ter uma relação de afetividade e de respeito com os outros, sem dúvida, nesta escola todos terão sucesso. Na verdade  a escola só está bem para quem nela não produz e não faz nada.

Na análise que faço como professor de história é que, temos ainda uma escola muito colonialista e atrasada. Será que esta escola está sendo capaz de fazer uma escola integral e integrada para as transformações sociais? O que os professores podem fazer para que este quadro atual da educação bancária e tradicional mude e tome uma nova direção, no caminho de uma verdadeira  educação libertária e humanitária?

Volto a repetir a condição de professor tem cada vez mais, pela contingência da profissão, tornando-se desestimulante, estressante, e especialmente no Estado de Pernambuco. Sou professor apaixonado pelo que faço e que me proponho a fazer, tentando discutir de uma forma democrática a sua realidade e condição de vida. Procurando trabalhar dentro de uma visão renascentista de ser humano.

Até quando vamos ficar imobilizados neste processo sem fazer nada, acomodados e achando que quem é culpado é o Governo e o Sindicato? Eu penso que é fundamental a gente sempre se colocar como a gente, indivíduo responsável pela construção de um novo horizonte para a educação, para que dessa forma dias melhores possam vir.

Professor de História:
Álvaro Cézar de Almeida