Eu teria hoje muitos assuntos sobre os quais poderia escrever: tragédia de Santa Maria, fiscalização dos mototaxistas, dos itens de segurança nas boates de todo Brasil; mas nenhum deles é mais intrigante do que a matança no Estado de São Paulo.
Antigamente era apenas briga de gato e rato: o bandido assaltava, a PM ia atrás. Se pegava ou não, isso não fazia nenhuma diferença. Agora além de ter deixado de ser briga de gato e rato, a coisa tomou outros rumos: os PM's deixaram de caçar os bandidos e tornaram-se a caça.
A Corregedoria, a SSP, o DHPP e até a Mãe de Pantanha sabem: essa onda de violência nada mais é do que uma resposta a essa caça. Se são Policiais Militares, Civis ou Guardas Municipais os justiceiros da noite paulistana, só as investigações é que dirão. "A quem acusa, cabe o onus da prova", pois o calibre 40 - com a eficiente segurança das nossas fronteiras - não é exclusividade dos PM's; aliás, muitos foram assassinados friamente com esse calibre.
Vendo toda essa matança, é bem provavel pensar que estejamos nos fins dos tempos, mas não nesse sentido. O que eu entendo como mero leigo, é que enquanto Policiais Militares continuarem sendo caçados e mortos covardemente, muito sangue - talvez inocente - ainda vai correr nas calçadas e passeios da querida São Paulo. É pura burrice do PCC, CV ou de qualquer outro sindicato do crime agir dessa maneira.
Uma coisa é certa: quem optou pelo crime já fez sua escolha. A PM existe apenas com a finalidade de coibir o crime. Se algum militar age como juíz e executor está errado. E isso lhe será cobrado; mas executá-lo só vai fazer, repito, com que mais sangue jorre e dê aos telejornais mais espaço para a desgraça.
Se não houver uma trégua, ou quem sabe um momento "Tom & Jerry" entre policais e bandidos no Estado de São Paulo, só Deus sabe onde tudo isso vai acabar.
Enquanto a "paz" não chega, o senhor governador daquele Estado, ao invés de "investir em segurança" deveria encomendar mais rabecões e sacos para ensacar os presuntos. De ambos os lados.
Que o Bom Deus - Juiz ao qual nada escapa - nos proteja e livre os civis inocentes das balas desses algozes.
(...)
Frank Castle
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