No mundo da concorrência e da luta por audiência, as redes de televisão são capazes de tudo o que se pode imaginar. E quem fica refém é o telespectador. Refém não, abestalhado com tanta sebozeira e enganação.
O que é mais incrível nisso tudo, é que existem pessoas que crêem piamente em tudo o que a mídia joga em suas vistas. Boa parte das informações repassadas ao mero observador não passa de engodo. Táticas de guerrilha de uma mídia fadada ao ostracismo e a banalidade da vida humana, que não tem mais valor e hoje é cada vez mais esquecida e colocada em segundo plano. E lamentavelmente, os sedentos por "novidades" e escândalos acham nisso um prato cheio.
Outra coisa que me deixa pasmado é que ninguém pára pra pensar quando uma notícia espalhafatosa surge. Sem contar que não passamos de joguetes nas mãos dos poderosos, e que servimos como arautos na divulgação de "produtos" e "formatos". Ou seja, somos nós quem promovemos essa esculhambação e essa degeneração coletiva. Discute-se mais quem estuprou quem, do que a realidade da politicagem e da falta de compromisso dos nossos governantes e a situação dos desabrigados pelo Brasil a fora. Não é a toa que vivemos numa política de pão e circo.
É preciso ter um QI muito avançado para acompanhar as programações televisivas atualmente. Além do mais, é bom também ter um nível de cognição muito apurado. Os níveis culturais são muito altos e a interação fica show de bola quando o telespectador interage com os torpedos e as ligações.
Nossos parabéns a população que valoriza e aplaude "os heróis", enquanto todo o resto do país se acaba com água e os nossos dirigentes se esbaldam com a desgraça alheia e os nossos impostos.
Casey Ryback
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