Diante de tantas desgraças que vemos
noticiadas em jornais, revistas e demais meios de comunicação,
as dúvidas ficam pairando no ar: o que está acontecendo com o ser humano
ultimamente? Por que vidas estão sendo tiradas de um modo tão banal?
Questionarmo-nos sobre a morte é algo natural. Saber que morreremos,
mais natural ainda; entretanto, nos últimos dias temos nos deparado com
mortes que simplesmente nos fazem refletir. Mais que isso, refletir
sobre o valor da vida humana na atual conjuntura da nossa sociedade, tão
maculada por mortes violentas que mancham nossa nação com o sangue de
culpados e inocentes, justos e injustos, grandes e pequenos; mas pequenos, é claro, pois os grandes estão ainda encastelados em suas fortalezas, escondidos em seus carros blindados e suas mordomias... Não se sabe até quando.
Quando paramos para pensar, chegamos a triste conclusão que hoje se
mata por brincadeira. Uma análise superficial dessa situação talvez
aponte para outras motivações como: envolvimento com drogas, acertos de
contas, roubos, desafetos, vingança ou qualquer outro motivo torpe que
leve alguém a ceifar a vida de seu semelhante.
Por trás desses crimes violentos sempre haverá uma motivação, todavia
uma coisa fica clara: poucas pessoas hoje buscam resolver suas
diferenças de modo pacífico, ao passo de que muitas, ao contrário,
preferem as armas. Preferem eliminar definitivamente aquele ou aquela
que se interpõe em seu caminho. Uma faca, um revólver, uma espingarda,
um pedaço de pau ou mesmo uma pedra. Isso é o bastante para resolver um
problema qualquer, e assim mais uma vida é ceifada.
Desde que o mundo é mundo, o homicídio sempre existiu. O que se coloca
em questão aqui, é o fato de que na sociedade atual, mais do que nunca
ele vem sendo perpetrado com frequência. E cada vez mais alarmante. A
vida humana parece ter perdido o seu valor por completo, e a banalização
desta tem se tornado algo natural.
Questiona-se onde iremos parar. Até quando as pessoas irão continuar a
tirar a vida de seus semelhantes apenas por diversão, ou simplesmente
por esporte? Olhemos para os noticiários, para as publicações, para os
meios de comunicações e veremos um rio de sangue todos os dias.
(...)
Dafoe