Eu não seria tão ingênuo quanto Monteiro Lobato, ao afirmar que "um país se faz com homens e com livros". Não mesmo, mas afirmaria categoricamente, que se faz com professores, médicos e policiais. E depois, quem sabe, com cidadãos de carteiras profissionais assinadas e uma casa própria.
Já nem me pergunto mais porque minha Nação não vai pra frente. Eu sei que dizem por aí que o Brasil ta se desenvolvendo, ganhando chão e se destacando internacionalmente, entretanto ainda não vi essas três classes de quem falei ateriormente, terem o justo valor reconhecido. O professor público ganhando uma miséria pra formar futuros senadores, deputados e comedores de dinheiro público; os médicos, atendendo como podem e se transformando em dois pra atender o público carente e seus pacientes particulares; e por fim os policiais militares, todos os dias arriscando a vida para garantir a paz numa Sociedade que os quer ver pelas costas.
É, realmente não tenho mais o que dizer. Mas enquanto isso a farra com o dinheiro público - seu e nosso dinheiro - continua Brasil a fora. Licitações, propinas, desvios de verbas, superfaturamento de obras e uma série de escalabros vistos só nessa terra tupiniquim.
Mas, ainda esperançoso de ver o trabalho desse povo ser reconhecido, e respeitando o nobre Lobato, refaço aqui a afirmação mais correta: um país se faz com profissionais bem remunerados, valorizados e reconhecidos. Homens, honestos no poder temos poucos, quase raridade; e livros, esses além de pouco divulgados, são caros demais. Então, deixando o dito pelo não dito, profisssionais remunerados, valorizados e reconhecidos. Esse é grito de guerra, essa é a nossa bandeira.
Essa é a ponta de lança: a Educação, a Saúde e a Segurança Pública. Começando desse ponto, talvez a ironia embutida em nossa bandeira possa ter um sentido verdadeiro, e um dia - quem sabe- deixe de ser ironia e passe a ser uma realidade para o bem de todos os brasileiros.
Frank Castle